Europa encerra mista. Investidores aguardam por BCE
Petróleo recupera com adensar das tensões no Médio Oriente
Ouro ganha mais "brilho" e negoceia perto de máximos históricos
Inflação no Reino Unido cai para 1,7% e empurra libra para mínimos de dois meses
Juros da Zona Euro aliviam. "Yield" britânica cai mais de 7 pontos com inflação abaixo do esperado
LVMH afunda mais de 6% e deixa Europa sem rumo
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
Wall Street abre sem rumo com setor da banca a devolver algum otimismo à negociação
Petróleo segue em queda enquanto incerteza no Médio Oriente persiste
Ouro em alta com o aproximar de eleições nos EUA
Dólar ganha força com Trump à frente nas sondagens
Juros da dívida no Euro alivia à espera de corte do BCE
Europa encerra mista. Investidores aguardam por BCE
- "Sell-off" tecnológico deixa Ásia incerta e atira Europa para o vermelho
- Petróleo recupera com adensar das tensões no Médio Oriente
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Depois de ter pintado a Europa e os EUA de vermelho, as consequências do tombo de quase 16% da fabricante de "chips" neerlandesa ASML alastraram-se também para a Ásia.
O MSCI Asia Pacific Index caiu pelo terceiro dia consecutivo, sob grande pressão de gigantes tecnológicas como a SK Hynix e a Samsung Eletronics. O gatilho para o "sell-off" no setor foi dado pela ASML, que revelou esta terça-feira que as encomendas no terceiro trimestre se cifraram em 2,63 mil milhões de euros – um valor bastante inferior aos 5,39 mil milhões estimado pelos analistas. A fabricante de semicondutores também reviu em baixa o "guidance" para o resto do ano.
"Este recuo liderado pelo setor tecnológico, que foi desencadeado pela queda das ações das fabricantes de ‘chips’, não só ecoa o ceticismo anterior em relação a uma recuperação impulsionada pela inteligência artificial, mas também o abrandamento deste setor sensível à economia", afirma Hebe Chen, analista da IG Makets, à Bloomberg. "Não é certamente um bom presságio para as perspetivas económicas globais", conclui.
Pela China, o CSI 300 encerrou a sessão no vermelho, mas as bolsas regionais de Hong Kong e de Xangai conseguiram contrariar esta tendência. Tanto o Hang Seng, como o Shanghai Composite foram impulsionados pelo setor imobiliário, que chegou a disparar mais de 8%, depois do ministro da Habitação e o banco central do país terem anunciado um "briefing" conjunto para quinta-feira.
As restantes principais praças asiáticas encerraram em território negativo. No Japão, tanto o Topix, como o Nikkei 225 desvalorizaram mais de 1%, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 0,79%. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com o Euro Stoxx 50 a cair 0,86%.
Os preços do petróleo estão a recuperar da queda de mais de 4% que registaram na sessão anterior, numa altura em que Israel parece ter voltado atrás no seu compromisso com a administração Biden de não atacar infraestruturas energéticas iraniana.
Esta terça-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu voltou a afirmar que o país é livre para agir da forma que quiser e para escolher os seus alvos. Já esta madrugada, as forças israelitas voltaram a atacar o sul da capital libanesa, adensando ainda mais as tensões no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, recupera 0,28% para 70,78 dólares por barril, depois de ontem ter chegado a negociar abaixo do limiar dos 70 dólares, pela primeira vez desde 2 de outubro. Também o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,22% para 74,41 dólares, após ter atingido mínimos de duas semanas.
As tensões no Médio Oriente estão a ofuscar as previsões de desaceleração da procura desta matéria-prima para 2024 e 2025. A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê agora que a procura este ano aumente em 900 mil barris por dia, enquanto para 2025 estabeleceu um crescimento de quase um milhão de barris - muito longe do crescimento de dois milhões de barris por dia registado no período pós-pandemia de 2022 e 2023.
A OPEP também já tinha cortado nas suas previsões para este ano e para o próximo, na segunda-feira. A China está na origem da desaceleração da procura, o que tem deixado os investidores bastante apreensivos nos últimos meses. De acordo com a AIE, o país vai representar 20% da procura mundial este ano – contra os 70% do ano passado.
O ouro continua a negociar em alta e está cada vez mais próximo de máximos históricos, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados económicos nos EUA para perceber que caminho a Reserva Federal (Fed) do país vai adotar no curto prazo.
O metal dourado avança, a esta hora, 0,48% para 2.675,38 dólares por onça, com as incertezas geopolíticas no Médio Oriente ainda a centrar atenções. Esta madrugada, Israel voltou a atacar o sul de Beirute, apesar de as autoridades libanesas terem afirmado que receberam garantias dos EUA que o governo de Netanyahu ia abrandar a sua ofensiva.
Esta semana, vão ser conhecidos os dados relativos às vendas a retalho, produção industrial e os habituais pedidos de subsídio de desemprego na maior economia do mundo. Os investidores já incorporaram um corte de 25 pontos base nas taxas de juro em novembro por parte da Fed, numa altura em que vários membros do banco central pedem calma no processo de alívio da política monetária.
O governador da Fed de Atalanta, Rafael Bostic, afirmou esta terça-feira que previa apenas mais um corte de 25 pontos base até ao final do ano – uma narrativa que destoa das previsões do mercado, que esperam mais duas reduções em 2024.
Apesar de se prever que o ciclo de alívio da política monetária não avance à velocidade desejada pelos investidores, delegados da London Bullion Market Association continuam a prever um caminho risonho para o ouro. Espera-se que o metal amarelo avance 10% no próximo ano e que atinja os 2.917,40 dólares por onça em finais de outubro de 2025.
A libra está a negociar em mínimos de dois meses, depois de se terem conhecido os dados da inflação no Reino Unido, que apontam para uma evolução dos preços abaixo do esperado.
Em setembro, a taxa de inflação no país caiu dos 2,2% para os 1,7%, oferecendo novos argumentos para o Banco de Inglaterra avançar com uma maior flexibilização da política monetária. A divisa britânica recua, assim, 0,58% para 1,2998 dólares – o valor mais baixo desde 20 de agosto.
"Os dados são, inequivocamente, ‘dovish’ para o Banco de Inglaterra e abrem caminho para mais dois cortes nas taxas de juro este ano", afirmou Francesco Pesole, estratega de câmbio do ING, à Reuters. "Pensamos que isto abriu a porta a um período de fraco desempenho por parte da libra", concluiu.
Já o euro negoceia perto de mínimos de 10 semanas face ao dólar, com os investidores de olhos postos na reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira. Espera-se que a autoridade monetária efetue o terceiro corte de 25 pontos base nas taxas de juro deste ano, numa altura em que a inflação encontra-se em trajetória descendente e a economia desacelera.
A moeda comum recua, a esta hora, 0,13% para 1,0879 dólares, com a divisa norte-americana a receber ímpeto de sondagens que apontam para uma ligeira vantagem de Trump em estados decisivos. Os investidores consideram que uma vitória do candidato republicano nas eleições de novembro dará força ao dólar, uma vez que o antigo presidente apresenta uma política orçamental mais flexível, política monetária mais dura e tarifas à importação.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se a aliviar em toda a linha esta manhã, com a reunião do Banco Central Europeu (BCE) cada vez mais próxima. O mercado espera que a autoridade monetária volte a cortar em 25 pontos base as taxas de juro - e vários membros do BCE estão a apontar para uma nova redução em dezembro.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, perdem 2,5 pontos base para 2,195%, enquanto os juros da dívida francesa aliviam 2,6 pontos base, para 2,928%.
Por sua vez, a "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, cai em 2,4 pontos base, para 2,656%, enquanto em Espanha os juros da dívida com o mesmo vencimento cedem 2,2 pontos, para 2,914%.
Já em Itália, a rendibilidade dos juros da dívida soberana do país a dez anos aliviam 2,3 pontos base para 3,435%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, cedem 7,2 pontos base para 4,088%, numa altura em que a inflação do país caiu para os 1,7%. Os investidores esperam, agora, que o Banco de Inglaterra corte as taxas de juro em 25 pontos na próxima reunião e apontam para uma probabilidade de 70% de uma nova redução em dezembro.
A "earnings season" continua a definir o sentimento do mercado na Europa. Depois de na terça-feira as bolsas europeias terem sido pintadas de vermelho com a queda das ações da ASML, esta quarta-feira é a vez dos resultados despontantes da LVMH pressionarem o "benchmark" para a região.
O Stoxx 600 arrancou a sessão em terreno negativo e perde, a esta hora, 0,34% para 518,78 pontos, afastando-se dos máximos de duas semanas que atingiu na segunda-feira. O setor dos artigos para o lar e o setor tecnológico são os que registam o pior desempenho do índice de referência europeu esta manhã, pressionados pelas quedas nas ações da ASML e da LVMH.
A dona da Louis Vuitton apresentou resultados trimestrais já depois do fecho da sessão desta terça-feira, que apontaram para uma queda nas vendas de 3% entre julho e setembro deste ano. Os analistas até esperavam um crescimento de 2% nas vendas da empresa, mas a queda da procura na China acabou por pressionar as receitas da LVMH.
Os investidores não ficaram alheios a estes resultados e as ações da dona da Louis Vuitton chegaram a cair mais de 6% esta manhã. Entretanto, a empresa conseguiu reduzir as quedas e encontra-se a desvalorizar 4,06% para 600 euros por ação.
Por sua vez, a fabricante de semicondutores neerlandesa ASML continua a cair em bolsa. Na sessão de terça-feira, a tecnológica encerrou a negociação com um tombo de mais de 15%, depois de ter revisto em baixa o "guidance" para 2025. Esta manhã, a ASML continua a ser bastante pressionada e cai quase 5%.
As principais praças da Europa Ocidental dividem-se entre ganhos e perdas. Londres valoriza 0,58%, numa altura em que a inflação no país caiu dos 2,2% registados em agosto para 1,7% em setembro, dando mais argumentos ao Banco de Inglaterra para continuar a cortar nas taxas de juro.
Ainda do lado dos ganhos estão as praças de Madrid (+0,07%), de Milão (+0,05%) e de Lisboa (+0,10%). Por sua vez, Paris perde 0,67% (pressionda pela LVMH), Frankfurt cai 0,17% e Amesterdão desvaloriza 0,69% (onde se encontra cotada a ASML).
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 3,208%, continuou acima da taxa a seis meses (3,047%) e da taxa a 12 meses (2,743%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 3,047%, menos 0,010 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,743%, menos 0,023 pontos do que na terça-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 3,208%, menos 0,007 pontos.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira na Eslovénia.
Os analistas esperam que a instituição desça de novo as taxas de juro em 25 pontos base.
Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
MC // CSJ
Lusa/Fim
Wall Street arrancou a sessão desta quarta-feira em terreno misto, a recuperar do mais recente "sell-off" no setor tecnológico, que levou empresas como a Nvidia a afundarem em bolsa.
O S&P 500 arrancou a sessão praticamente inalterado, a avançar 0,02% para 5.816,58 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average estende as perdas de terça-feira e cai 0,08% para 42.706,49 pontos. Já o índice tecnológico Nasdaq negoceia em alta e valoriza 0,10% para 18.333,293 pontos.
Os bons resultados trimestrais da banca estão a devolver algum otimismo aos investidores. Antes da abertura da bolsa, o Morgan Stanley divulgou ao mercado um crescimento nos lucros de 32% para 3,18 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano – um valor superior às expectativas dos analistas.
A margem financeira fixou-se nos 2,20 mil milhões de dólares – acima dos 1,87 mil milhões projetados pelo mercado. Os investidores estão a reagir com entusiasmo a estes resultados, com as ações do Morgan Stanley a dispararem 4,22% para 116,96 dólares.
Os investidores também estão atentos às ações da United Airlines Holding, que catapulta mais de 7%, depois de a empresa ter apresentado resultados trimestrais ao mercado que também superaram as estimativas dos analistas. Entre julho e setembro de 2024, a United Airlines Holding registou receitas de 14,84 mil milhões de dólares – o mercado esperava 14,77 mil milhões.
Por sua vez, a Nvidia recupera da queda de quase 5% em bolsa esta manhã, depois de a neerlandesa ASML ter espoletado um "sell-off" no setor tecnológico – principalmente nas fabricantes de semicondutores – com a diminuição do seu "guidance" para 2025. A gigante tecnológica norte-americana avança agora 0,51% para 132,27 dólares.
Os preços do petróleo continuam a perder terreno nos principais mercados internacionais, enquanto a incerteza em relação ao conflito no Médio Oriente aumenta. Também a previsão de "stock" em excesso no próximo ano continua a pressionar as cotações de crude.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, desce 0,43% para 70,28 dólares por barril. Também o Brent – de referência para o continente europeu – cai 0,24% para 74,07 dólares.
Na sessão anterior, os índices recuaram 4%, para mínimos de quase duas semanas, prejudicados pelo anúncio de que os israelitas não atacariam as instalações nucleares e petrolíferas do Irão, o que aliviou receios de interrupções na exportação.
Os preços do ouro estão a recuperar e a caminho de negociar perto do máximo histórico de 2.685,42 dólares, atingido a 26 de setembro.
Os "traders" preveem uma probabilidade de 96% de um corte de juros de 25 pontos base pela Reserva Federal na reunião do próximo mês. Este fator, aliado ao adensar do conflito no Médio Oriente, tem suportado a alta de preços nas últimas semanas.
Mas, o foco dos investidores volta-se agora para mais um fator: as eleições norte-americanas, que se realizam em menos de três semanas. As sondagens apontam para uma disputa renhida entre Donald Trump e Kamala Harris. Dada a incerteza do resultado, os compradores parecem estar a ajustar as carteiras em favor do metal amarelo como ativo-refúgio.
O ouro valoriza 0,40% para 2.673,30 dólares por onça.
"Há até uma hipótese remota de vermos o ouro próximo de 3.000 dólares, e essa é uma meta para o primeiro trimestre de 2025", disse Peter A. Grant, da Zaner Metals, citado pela Reuters.
Os delegados da London Bullion Market Association apontaram que o metal precioso atinja os 2.917,40 dólares por onça nos próximos 12 meses. Quanto à prata, as previsões é de que toquem os 45 dólares por onça.
A esta hora, a prata avança 0,90% para 31,78 dólares.
O dólar ganhou força esta quarta-feira e o índice que compara a moeda norte-americana com 10 divisas tocou em máximos de dez semanas, num momento em que Donald Trump parece ganhar terreno para a vitória das eleições nos EUA, de acordo com as sondagens.
O plano do candidato republicano de implementar descidas de impostos, flexibilizar a regulamentação financeira é visto como positivo para o dólar. Por exemplo, tarifas mais altas seriam negativas para as moedas asiáticas, sobretudo o yuan chinês, assim como levavam a maior volatilidade nos mercados financeiros - o que beneficiaria, em última análise, a nota verde.
Ainda assim, segue firme com a perspetiva de corte de juros em 25 pontos base pela Reserva Federal.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da "nota verde" contra dez moedas - ganha 0,21% para 103,48 pontos.
O dólar avança 0,17% para 0,92 euros, e, face à divisa nipónica, ganha 0,34% para 149,70 ienes.
Por outro lado, o euro caiu para mínimos de dez semanas um dia antes da nova reunião de política monetária do Banco Cnetral Europeu.
Destaque ainda para a libra, que cede 0,56% para 1,30 dólares, depois de dados mais fracos da inflação britânica deram ao Banco da Inglaterra margem de manobra para cortar as taxas de juro.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quarta-feira, em vésperas da reunião do Banco Central Europeu (BCE) em que se espera que a instituição liderada por Christine Lagarde corte as taxas diretoras em 25 pontos base.
A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos recuou 3,8 pontos base, para os 2,641%, enquanto a do país vizinho aliviou 3,7 pontos, para 2,900%, mantendo-se abaixo dos juros da dívida francesa, que desceram 3,4 pontos para 2,920%.
Nas "bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, a descida na "yield" foi de 3,8 pontos base, até aos 2,182%.
Os maiores alívios registaram-se nos países do sul: os juros da Grécia recuaram 5,5 pontos para 3,056% e os de Itália cederam 5,2 pontos, até aos 3,407%.
Fora do espaço da moeda única, os juros da dívida britânica desceram 9,7 pontos base, para os 4,063%.
As principais praças europeias fecharam mistas esta quarta-feira, numa sessão marcada pela temporada de resultados, em vésperas de uma nova reunião de política monetária do Banco Central Europeu.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, fechou em baixa de 0,19% nos 519,60 pontos, enquanto o francês CAC perdeu 0,40%, o alemão DAX recuou 0,18% e o neerlandês AEX desceu 0,74%.
Já o britânico FTSE acelerou 0,98%, depois de a inflação do Reino Unido ter abrandado fortemente para 1,7% em setembro, o que pode levar o Banco de Inglaterra a acelerar a flexibilização da política monetária.
Nos mercados do Sul da Europa, o cenário também foi positivo, com o italiano FTSE MIB a subir 0,24% e o espanhol IBEX a ganhar 0,56%.
Por setores, as utilities e a banca foram os que mais valorizaram, enquanto o setor tecnológico registou as principais perdas.
A "earnings season" do terceiro trimestre, que está em curso em ambos os lados do Atlântico, continua a direcionar o mercado. Depois de a tecnológica neerlandesa ASML ter pressionado os índices com um "guidance" dececionante, esta quarta-feira foi a vez da LVMH registar um desempenho negativo.
A empresa de artigos de luxo francesa reportou no final de terça-feira uma queda de 3% das vendas, contrariando as previsões de uma subida das receitas. A fraca procura do mercado chinês foi decisiva para a queda. A LVMH desceu 3,68% esta quarta-feira.
Ainda na atualidade empresarial, a Airbus ganhou 0,15% depois ter anunciado que vai cortar 2.500 postos de trabalho na divisão de Defesa e Espaço, o que constitui o mais recente sinal das dificuldades que a indústria aeroespacial europeia enfrenta.
A política monetária também esteve em foco para os investidores, antes da decisão do BCE que será anunciada na quinta-feira. Após a inflação da Zona Euro ter abrandado para o alvo de 2% do banco central, os analistas esperam um novo corte das taxas de juro, o que pode impulsionar os ativos mais arriscados.
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