Ao minutoAtualizado há 9 min10h39

Europa soma quarto dia no vermelho. Bitcoin cai para mínimos de abril

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.
Thomas Trutschel / AP Images
Negócios 10:38
Últimos eventos
há 10 min.10h38

Dólar chega a máximos de nove meses face ao iene

O dólar atingiu máximos de nove meses e meio em relação ao iene esta manhã, antes de recuar nos ganhos - chegou a atingir 155,37 ienes, com a divisa nipónica no nível mais baixo desde 4 de fevereiro. 

A divisa japonesa levanta preocupações numa altura em que a ministra das Finanças do Japão, Satsuki Katayama, afirma estar "alarmada" com as oscilações unilaterais do câmbio, ao mesmo tempo que a política orçamental do país faz soar os alarmes. 

Embora o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, tenha sinalizado a possibilidade de aumento das taxas de juros já no próximo mês, a primeira-ministra, Sanae Takaichi, manifestou o seu descontentamento com esta ideia, instando o Banco do Japão a cooperar com os esforços do Governo para "reativar" a economia. O Barclays recomendou manter as posições compradas em dólar americano contra o iene.

O euro recua 0,03% para 1,1589 dólares e, face à divisa nipónica, a "nota verde" avança 0,01% para 155,24 ienes. Já o índice do dólar da DXY cede 0,03% para 99,558 pontos. 

Os investidores aguardam pelos dados económicos dos EUA após a paralisação mais longa da história, que terminou a semana passada, mas os serviços federais estão ainda a retomar os trabalhos. O relatório de criação de emprego de setembro está previsto para esta quinta-feira. Estes dados deverão definir melhor qual a trajetória a seguir pela Reserva Federal na reunião de dezembro. 

“Esses dados são retrospetivos, mas continuam muito relevantes”, disse Paul Mackel, do HSBC. "Isto abrange o período em que o banco central retomou o ciclo de flexibilização monetária e sucede o momento em que o presidente, Jerome Powell, adotou um tom mais moderado em Jackson Hole em relação às condições do mercado de trabalho americano", acrescentou.

há 12 min.10h36

Europa soma quarto dia no vermelho com todos os setores em queda

As bolsas europeias negoceiam no vermelho pela quarta sessão consecutiva, com os investidores a fugirem do risco numa altura em que aguardam os resultados trimestrais da Nvidia e a divulgação de dados macroeconómicos nos EUA, nomeadamente do emprego.

O índice paneuropeu Stoxx 600 perde 1,24%, até aos 564,61 pontos, com todos os setores a serem penalizados. As maiores quedas registam-se no setor mineiro, pressionado pela descida nos preços do alumínio e cobre. Também a tecnologia e a banca são dos setores com pior desempenho. O índice tocou um máximo histórico em meados da semana passada.

O atual nervosismo que domina os investidores "torna os resultados da Nvidia ainda mais importantes", diz Stephan Kemper, estratega-chefe de investimento no BNP Paribas Wealth Management, citado pela Bloomberg. "Este será o momento decisivo para o mercado", reforça.

Com as elevadas avaliações e as fortes apostas dos investidores na inteligência artificial (IA), "este setor tem de corresponder e alguns interrogam-se se houve demasiado otimismo", indica, por seu lado, Stephane Ekolo, estratega da TFS Derivatives.

As preocupações com a política monetária dos EUA também paira sobre o mercado, com os investidores a verem com menos convicção a possibilidade de a Reserva Federal (Fed) cortar as taxas federais em dezembro.

O alemão DAX recua 1,26%, enquanto o parisiense CAC cai 1,1% e o londrino FTSE100 perde 0,96%.

Em Espanha, o IBEX35 cede 1,74% apenas superado pela quebra de 1,81% do italiano FTSEMib. Por cá, o PSI recua 1,19%, agravando as perdas da abertura.

há 37 min.10h11

Juros na Europa aliviam com fuga ao risco dos investidores

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira com os investidores a procurarem refúgio perante as quedas nas bolsas do Velho Continente.

A "yield" das "Bunds" alemãs, referência para a Europa, desce 2,2 pontos base, para 2,689%, enquanto a rendibilidade da dívida francesa cai um ponto, para 3,441%.

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos cedem 1,4 pontos base, para 3,025%, enquanto no país vizinho o alívio é de 1,3 pontos, para os 3,193%. Já em Itália, a "yield" desce 0,9 pontos, para 3,436%.

Fora do bloco da moeda única, os juros das "Gilts" britânicas recuam 1,6 pontos base, para 4,518%.

09h27

Petróleo recua ligeiramente com perspetiva de excesso de oferta

AP / Eric Gay

Os preços do petróleo cedem ligeiramente pressionados pelas perspetivas de que o mercado esteja com excesso de procura, mas com as sanções dos EUA ao petróleo russo a diminuirem o impacto na cotação do "ouro negro".

O barril de Brent, referência para a Europa, recua 0,67%, para os 63,77 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,78%, negociando nos 59,52 dólares por barril.

Já o preço do crude russo caiu para mínimos de mais de dois anos quando estão prestes a entrar em vigor sanções de Washington às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil.

"O mercado está a pesar as pressões 'bearish' das previsões da oferta contra os riscos 'bullish' de disrupções na oferta por razões geopolíticas, da Rússia e de outras geografias", disse à Bloomberg Saul Kavonic, analista senior de energia na MST Marquee.

08h52

Ouro cede pelo quarto dia mas mantém-se acima dos 4 mil dólares

Matthias Schrader / AP

Os preços do ouro recuam hoje pela quarta sessão consecutiva, mas o metal amarelo mantém-se acima da fasquia dos quatro mil dólares por onça, apesar de ter caído abaixo desse patamar durante a madrugada.

O ouro está sob pressão pelas expectativas cada vez mais reduzidas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana decida cortar as taxas diretoras na reunião de dezembro.

O ouro cede neste momento 0,41%, negociando nos 4.028,45 dólares por onça.

A ausência de dados económicos devido ao "shutdown" do Governo federal deixou os investidores sem indicadores para avaliar qual será a decisão da Fed em dezembro, com vários membros do banco central dos EUA a pronunciarem-se de forma cautelosa quanto a um novo corte nas taxas.

Os swaps apontam agora para uma probabilidade inferior a 50% de que a Fed reduza o preço do dinheiro em dezembro, quando há um mês essa decisão era dada como adquirida.

Na quinta-feira serão conhecidos os dados do emprego relativos a setembro, o que poderá ajudar a dar umas "luzes" sobre o sentido da decisão da instituição liderada por Jerome Powell.

Apesar do recuo recente, o ouro acumula uma valorização de mais de 50% este ano, a caminho do melhor desempenho anual desde 1979.

07h42

Bitcoin cai mais de 2% para o nível mais baixo desde abril

Pablo Gianinazzi / EPA

A bitcoin, a criptomoeda mais conhecida e negociada do mercado, caiu mais de 2% hoje, para menos de 90 mil dólares, o nível mais baixo desde abril.

De acordo com dados da agência de notícias financeiras Bloomberg, às 6:00 (hora de Lisboa) a bitcoin estava a cair 2,41%, nos 89.901,94 dólares (77.536 euros).

A criptomoeda chegou mesmo a cair para 89.231,50 dólares (76.958 euros), por volta das 04:47.

No último mês, a bitcoin acumulou uma queda de cerca de 20%, depois de atingir um máximo histórico de 126.251 dólares (108.883 euros) em 06 de outubro.

Simon Peters, analista da eToro especializado em criptomoedas, explicou que "a perda de confiança dos investidores em novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA está a enfraquecer o preço" da bitcoin.

"A probabilidade de um corte de 25 pontos base na reunião de dezembro é agora inferior a 50%, o que evidencia a contínua aversão ao risco do mercado", acrescentou o analista.

07h39

Tecnológicas e bitcoin arrastam Ásia para perdas significativas

Eugene Hoshiko / AP

As bolsas asiáticas terminaram a sessão desta terça-feira mergulhadas no vermelho, pressionadas pelas vendas de ações de tecnológicas e pela queda da bitcoin - um indicador do sentimento de mercado -, abaixo dos 90 mil dólares, em mínimos de sete meses. A fraqueza da criptomoeda, que apagou os ganhos deste ano, alimenta a perceção da aversão ao risco.

"A sensação é de que a convicção dos investidores nos níveis atuais está a diminuir", disse Tareck Horchani, da Maybank Securities, à Reuters. "Não se trata tanto de um catalisador forte, mas sim da fadiga de posicionamento, sensibilidade à avaliação e uma crescente sensação de que o 'rally' precisa de uma pausa", acrescentou. 

O MSCI para ações da região Ásia-Pacífico caiu 1,8%, para o valor mais baixo desde meados de outubro. No Japão, o Topix mergulhou 2,88% e o Nikkei 225 tombou 3,22%, perto da sua maior queda em apenas um dia desde abril, numa altura em que também os juros da dívida soberana japonesa com maturidade a 40 anos se agravou em 8 pontos-base para 3,68%, o nível mais elevado de sempre; as dívidas a 20 e 30 anos saltaram também 4 pontos cada. 

Há ainda preocupações com a disputa diplomática entre Tóquio e Pequim, bem como com a saúde das finanças do Japão, devido ao pacote de medidas da primeira-ministra Sanae Takaichi, que está a colocar pressão nas contas públicas, alimentando o sentimento pessimista para aquilo a que os investidores chamam de "sell Japan movement".

Na China, o Shanghai Composite recuou 0,81% e o Hang Seng, em Hong Kong, derrapou 1,91%. Na Coreia do Sul, o Kospi tombou 3,32%. As ações de tecnologia foram as mais afetadas, com a SK Hynix e a Samsung Electronics entre as maiores perdedoras, ao caírem 5,94% e 2,78%, respetivamente. 

Os resultados trimestrais da fabricante de semicondutores americana, Nvidia, serão divulgados esta quarta-feira. Estes dados são os mais aguardados do mercado, com grande expectativa, já que os investidores procuram por sinais de enfraquecimento do setor que impulsionou o "rally" do mercado acionista nos últimos meses.

"Muitas das empresas de tecnologia asiáticas fazem parte da cadeia de abastecimento global de inteligência artificial", disse Jason Lui, do BNP Paribas. "À medida que os investidores analisam mais detalhadamente os gastos, a sustentabilidade e a magnitude dessa aposta (em IA), isso levará a investimentos mais seletivos nos EUA e em toda a Ásia", acrescentou. 

As bolsas europeias devem também abrir em baixa, com os futuros do Euro Stoxx 50 a recuarem 1,3%. O novo catalisador para as ações europeias, americanas e asiáticas deverá ainda ser o relatório da criação de emprego norte-americano em setembro, que deverá ser divulgado esta quinta-feira. 

Saber mais sobre...
Saber mais Criptomoeda Ásia
Pub
Pub
Pub