Ao minuto13.10.2025

Tecnologia e recursos naturais impulsionam Europa. Ouro ultrapassa barreira dos 4.100 dólares pela primeira vez.

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta segunda-feira.
AP / Sven Hoppe
Negócios 13 de Outubro de 2025 às 17:32
Últimos eventos
13.10.2025

Tecnologia e recursos naturais impulsionam Europa. Índices somam ganhos

Os principais índices europeus fecharam a primeira sessão da semana em alta, recuperando das perdas de sexta-feira, depois de as preocupações dos investidores em torno das tensões comerciais entre Washington e Pequim . A par disso, os “traders” mantêm-se atentos a novos desenvolvimentos no que toca à instabilidade política em França.

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – ganhou 0,44%, para os 566,63 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,60%, o espanhol IBEX 35 somou 0,42%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,29%, o francês CAC-40 avançou 0,21%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,16% e o neerlandês AEX pulou 1,21%.

Os ativos de risco estão recuperaram terreno depois de o "sell-off" vivido na sexta-feira após a Administração Trump , devido aos controlos de exportação de terras raras recentemente anunciados por Pequim. Nesta linha, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse hoje que ainda espera que Trump e o seu homólogo Xi Jinping se reúnam, ao mesmo tempo que alertou que todas as opções estão em aberto para retaliar contra a medida anunciada pela China.

Por cá, , onde o reconduzido primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, procura formas de aprovar um orçamento. Os partidos França Insubmissa e União Nacional já avançaram com moções de censura, que deverão ser votadas na quinta-feira e que poderão materializar-se na queda do Governo, com Lecornu dependente dos socialistas para a sobrevivência do novo “governo de missão”. Nesta linha, o novo projeto orçamental para 2026 deverá ser aprovado amanhã em Conselho de Ministros.

Entre os setores, o dos recursos naturais (+3,05%), o tecnológico (+1,85%) e o imobiliário (+1,69%) registaram as maiores valorizações. Por outro lado, as telecom (-0,94%) e o automóvel (-0,79%), foram os únicos a devsalorizar.

Quanto aos movimentos do mercado, produtoras de “chips” beneficiaram do abrandamento das tensões comerciais entre as duas maiores economias mundiais, com a ASML Holding (+3,70%), a ASM International (+2,49%) e a Semiconductor Industries (+1,75%) entre os maiores ganhos.

Já a Exosens disparou mais de 10%, depois de a Theon International ter anunciado planos para comprar uma participação de 9,8% na fabricante francesa de óculos de visão noturna.

13.10.2025

Juros das dívidas soberanas aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram alívios, com os investidores a procurarem mais ativos seguros, como as obrigações. Os investidores parecem não ter tido grandes reações à recondução de Sébastien Lecornu como primeiro-ministro de França - e ao fim anunciado do seu Governo.

Embora a pressão esteja a aumentar para que Lecornu aprove o orçamento e evite outro colapso do Governo, os preços da dívida bancária francesa e dos títulos do governo mantiveram-se estáveis. Os bancos e as seguradoras francesas recorreram ao mercado europeu de obrigações esta segunda-feira, apesar da crise política em curso no país.

"A realidade para a França (e para os detentores de títulos franceses) é que as profundas fraturas políticas continuam sem solução", escreveram os estrategas do Rabobank, numa nota citada pela Bloomberg. "O equilíbrio de poder é frágil e o tempo está a esgotar-se - não apenas para Macron, mas para a credibilidade da política fiscal francesa de forma mais ampla", acrescentaram.

Os juros das obrigações francesas a dez anos, maturidade de referência, caíram 1 ponto-base para 3,467%, enquanto a "yield" das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade, a referência da Zona Euro, recuou 0,8 pontos para 2,635%. Em Itália, a descida foi de 2,8 pontos-base para 3,431%.

Na Península Ibérica, os juros das obrigações portuguesas a dez anos perderam 1,8 pontos base para 3,024% e os das espanholas cederam 1,6 pontos para 3,178%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas também a dez anos deslizaram 1,7 pontos base para 4,656%.

13.10.2025

Tensões entre EUA e China acalmam e dólar avança

Soeren Stache/AP Images

O dólar está a ganhar terreno face às principais divisas, com os investidores a reagirem à posição menos agressiva dos EUA sobre a China.

Esta segunda-feira, Donald Trump mostrou abertura para chegar a um acordo com a China, depois de a guerra comercial ter escalado a semana passada, com a Casa Branca a impor uma tarifa de 100% sobre os bens chineses, isto depois de o gigante asiático ter anunciado controlos das exportações.

O dólar ganha também força numa altura em que o euro continua fragilizado pela recondução de Sébastien Lecornu como primeiro-ministro de França. A pressão sobre o ainda PM e Emmanuel Macron aumenta para evitar uma nova crise política e fazer aprovar o orçamento do próximo ano no país.

O euro perde 0,46% para 1,1565 dólares, enquanto a "nota verde" sobe 0,74 para 152,31 ienes. Já a libra perde 0,22% para 1,333 dólares. O índice do dólar da DXY soma 0,3% para 99,268 pontos.

"Se olharmos para os EUA e para a China, parece que Trump fez TACO novamente ("Trump always chickens out") e suavizou o tom", afirmou Tim Kelleher, do Commonwealth Bank, à Reuters. 

Além disso, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mostrou-se hoje confiante de que o impasse poderia ser "acalmado", o que restringiu parte dos ganhos do dólar.

13.10.2025

Petróleo salta com aliviar de tensões entre EUA e China

AP / Eric Gay

Os preços do petróleo estão a saltar mais de 1%, isto numa altura em que a Casa Branca sinaliza uma abertura para chegar a um acordo com a China para deitar água na fervura na tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo e os dois maiores consumidores de crude no mundo. 

Após na última sessão terem perdido perto de 4%, caindo para mínimos de maio, o West Texas Intermediate (WTI) avança 1,56%, para 59,84 dólares por barril, enquanto o Brent valoriza 1,43% para 63,61 dólares.

Na sexta-feira, os EUA anunciaram que ia impor uma tarifa de 100% sobre produtos importados da China, isto depois de o gigante asiático ter anunciado controlos sob a exportação que desagradaram Donald Trump. Mas, este domingo, o Presidente dos EUA e o vice-presidente JD Vance adotaram um tom mais conciliador em relação à China. "Ficaremos bem com a China", disse Trump na madrugada desta segunda-feira, embora as tarifas a serem cobradas a partir de 1 de novembro continuem em vigor. 

A Casa Branca admitiu ainda que poderia reforçar o envio de equipamento militar à Ucrânia, com o objetivo de atacar a Rússia, o que pode pôr em causa o fornecimento de "ouro negro" russo, membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). 

Entretanto,no Médio Oriente - fonte de um terço do petróleo bruto mundial. O Hamas libertou todos os reféns israelitas que ainda se encontravam vivos esta segunda-feira.

A animar o sentimento de mercado está ainda o mais recente relatório do cartel, que indica que a oferta mundial de petróleo deve ficar próxima da procura no próximo ano, à medida que o grupo aumenta a sua produção. Os dados marcam uma mudança em relação à perspetiva do mês passado, que projetava um défice de oferta em 2026. A OPEP mantém ainda as previsões de procura inalteradas para 2025 e 2026. 

13.10.2025

Ouro ultrapassa barreira dos 4.100 dólares pela primeira vez. Prata negoceia em máximos históricos

Uli Deck/AP

O ouro segue a negociar em máximos históricos, com as renovadas tensões comerciais entre os EUA e a China a atrair os investidores para os ativos-refúgio, à medida que se mantêm as expectativas de cortes nas taxas de juros dos EUA, que contribuem igualmente para a valorização do metal amarelo, que não rende juros. A par do ouro, também a prata segue a atingir novos recordes.

O metal amarelo avança agora 2,11%, para os 4.112,44 dólares por onça, um novo máximo histórico.

“Os aumentos nos preços do ouro e da prata ocorrem quando os investidores estão preocupados com a situação mundial, seja económica ou política”, explica à Reuters Jeffrey Christian, do CPM Group, acrescentando que as expectativas de cortes nas taxas de juro dos EUA também estão a sustentar os preços dos metais preciosos.

Nesta linha, o Presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu as tensões comerciais com a China na sexta-feira, pondo fim a uma trégua instável entre as duas maiores economias mundiais. Entretanto, depois de ter ameaçado impor tarifas de 100% à China, após Pequim ter anunciado controlos na exportação de terras raras, ambas as partes já sinalizaram estar dispostas a negociar.

No que toca à política monetária, os “traders” estão agora a prever uma probabilidade de 97% de um corte de 25 pontos base nas taxas de juro da Reserva Federal em outubro e uma probabilidade de 100% para dezembro.

O ouro já subiu cerca de 56% este ano e ultrapassou a marca dos 4 mil dólares por onça pela primeira vez na semana passada.

A prata, por sua vez, segue a avançar 3,67% para os 51,998 dólares por onça, tendo chegado a negociar acima dos 52 dólares por onça, fixando um novo máximo histórico.

13.10.2025

Wall Street negoceia em alta com diminuição das tensões entre Washington e Pequim

Richard Drew / AP

Wall Street negoceia nesta segunda-feira com ganhos, com os principais índices a conseguirem recuperar algumas das perdas da , depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, e altos funcionários da sua Administração terem atenuado as suas ameaças de imposição de tarifas à China, sinalizando alguma disposição para negociar com Pequim.

O S&P 500 avança 1,25%, para os 6.634,29, o tecnológico Nasdaq Composite soma 1,76% para os 22.594,18. Já o Dow Jones ganha 0,94% para os 45.904,87.

Os ativos de risco estão a recuperar terreno depois de o "sell-off" vivido na sexta-feira após a devido aos controlos de .

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse esta segunda-feira que ainda espera que Trump e Xi Jinping se encontrem, ao mesmo tempo que alertou que todas as opções estão em aberto para retaliar contra a medida anunciada pela China.

Já do lado da China, expressou a esperança de que "as preocupações possam ser resolvidas através de um diálogo baseado na igualdade, no respeito mútuo e no benefício recíproco", defendendo uma gestão "adequada das diferenças" e o desenvolvimento "estável, saudável e sustentável" das relações bilaterais.

“Há uma crença emergente de que se trata principalmente de táticas de negociação de ambos os lados”, escreveu à Bloomberg Jim Reid, do Deutsche Bank. “O mercado começará a precificar uma probabilidade razoável de um acordo assim que o choque inicial passar”, acrescentou o mesmo especialista.

E à medida que a “earnings season” do terceiro trimestre se inicia, sendo que a banca norte-americana começa amanhã a apresentar contas, os investidores preparam-se para avaliar os resultados das cotadas, especialmente as ligadas ao desenvolvimento da inteligência artificial – isto numa altura em que se fala de uma possível sobrevalorização dos ativos de risco dos EUA.

Nesta linha, a divulgação dos dados económicos oficiais do lado de lá do Atlântico continua atrasada devido à e os resultados trimestrais poderão servir de catalisador para o mercado, métrica que os investidores irão seguir de perto para avaliar, inclusive, o impacto que as tarifas estarão a ter sobre os lucros empresariais.

Entre os movimentos do mercado, o JP Morgan segue a avançar 2,42%, depois de ter prometido investir cerca de 1,5 biliões de dólares em setores que reforçam a segurança e a resiliência económica dos EUA nos próximos 10 anos.

Entre as “big tech”, a Nvidia ganha 3,08%, a Alphabet sobe 1,69%, a Microsoft avança 0,57%, a Meta soma 0,91%, a Apple valoriza 0,96% e a Amazon pula 0,86%.

13.10.2025

Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a sexta-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,026%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,103%) e a 12 meses (2,201%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,103%, mais 0,004 pontos do que na sexta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,201%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior.

A Euribor a três meses avançou para 2,026%, mais 0,017 pontos do que na sexta-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

13.10.2025

Europa recupera após perdas superiores a 1%. Crise política em França passa despercebida

Os principais índices europeus abriram a sessão desta segunda-feira em alta, recuperando parcialmente das quedas do final da semana passada, depois de a mais recente escalada nas tensões comerciais entre EUA e China ter arrastado o mercado acionista para o vermelho. A correção a que se está a assistir está a ser motivada pela abertura demonstrada no fim de semana por Pequim e Washington para negociarem, com Donald Trump a afirmar que "vai ficar tudo bem" nas relações comerciais dos dois países. 

A esta hora, o Stoxx 600 avança 0,44% para 566,65 pontos, depois de ter caído mais de 1% na sexta-feira. O "benchmark" está a ser impulsionado pelo setor tecnológico e das matérias primas - os dois setores que foram mais afetados pelas ameaças da administração Trump à segunda maior economia do mundo. Pela França, o CAC-40 valoriza 0,63%, apesar de o país estar novamente à beira de um impasse político, após Emmanuel Macron ter reconduzido Sébastien Lecornu como primeiro-ministro - uma decisão que a oposição promete contestar com uma moção de censura. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avança 0,53%, o espanhol IBEX 35 acelera 0,78%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,58%, enquanto o britânico FTSE 100 ganha 0,17% e o neerlandês AEX salta 1%.

"Mesmo que, o que é muito improvável, Lecornu permaneça no cargo por mais tempo do que na sua primeira tentativa, enfrentará uma batalha difícil para aprovar o orçamento de 2026 num parlamento dividido", explica Holger Schmieding, economista-chefe da Berenberg, à Reuters. No domingo, Macron apresentou a nova lista de ministros que vão compor o Executivo de Lecornu, onde se destaca a recondução de Roland Lescure como ministro das Finanças.

Entre as principais movimentações de mercado, a Exosens dispara 5,98% para 46,05 euros, depois de a cipriota Theon ter revelado que vai comprar uma posição na empresa francesa dedicada à produção de tecnologias eletro-ópticas avançadas. 

13.10.2025

Juros com pequenas subidas na Zona Euro. França em possível novo impasse

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro arrancaram a negociação desta segunda-feira maioritariamente com agravamentos, embora com movimentações muito reduzidas, num dia em que o mercado acionista corrige das perdas do final da semana passada e os investidores parecem não estar a ter grandes reações à recondução de Sébastien Lecornu como primeiro-ministro de França - e ao fim anunciado do seu Governo. 

A esta hora, os juros das obrigações francesas a dez anos, maturidade de referência, avançam apenas 0,3 pontos base para 3,480%, enquanto a "yield" das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade, a referência da Zona Euro, acelera 0,5 pontos para 2,648%. O novo capítulo na crise política gaulesa levou o "spread" entre as duas dívidas a máximos deste ano no rescaldo da demissão de Lecornu, ultrapassando os 89 pontos base, tendo entretanto corrigido para 83,2 pontos. 

Na Península Ibérica, os juros das obrigações portuguesas a dez anos ganham 0,1 pontos base para 3,042% e os das espanholas aceleram 0,2 pontos para 3,196%. Já Itália contraria esta tendência e vê a "yield" da dívida com a mesma maturidade a cair 0,4 pontos para 3,455%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas também a dez anos desliza 0,2 pontos base para 4,671%, num dia em que o mercado obrigacionista norte-americano vai estar encerrado devido a um feriado local. 

13.10.2025

Petróleo corrige após afundar quase 4% na sexta-feira

Charlie Riedel/AP

O barril de petróleo está a recuperar das quedas avultadas registadas na sexta-feira, quando a nova ameaça de tarifas de grande magnitude por parte dos EUA à China levantou mais uma vez novas preocupações em relação à vitalidade das duas economias - e, consequentemente, em torno do consumo de crude. Também os mais recentes desenvolvimentos no Médio Oriente pressionaram os preços no final da semana passada. 

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) recupera das quedas e avança 1,46%, para 59,76 dólares por barril, enquanto o Brent valoriza 1,48% para 63,64 dólares, depois de terem afundado quase 4% na sexta-feira e tocado nos níveis mais baixos desde junho. A recuperação está ser motivada, em parte, pelos sinais de abertura dados por Pequim e por Washington para encetarem novas negociações, com Donald Trump a indicar que "vai ficar tudo bem com a China". 

"O mercado tinha incorporado o pior cenário possível, então mesmo um tom mais suave de Trump dá espaço para o petróleo respirar", explica Haris Khurshid, diretor de investimentos da Karobaar Capital, à Bloomberg. "Mas isto parece mais uma recuperação de posicionamento do que uma mudança real. Os investidores estão apenas a cobrir as posições após a liquidação da semana passada. A menos que vejamos um progresso real nas negociações comerciais, a tendência altista provavelmente desaparecerá rapidamente", acrescenta. 

Na sexta-feira, e em resposta às restrições impostas pela China em torno da exportação de terras raras, os EUA ameaçaram a nação liderada por Xi Jinping com tarifas adicionais de 100%, levando novamente a uma escalada das tensões comerciais e afastando os investidores de ativos de risco. O petróleo acabou por sair ainda mais penalizado, depois de ter passado as duas últimas semanas a ser pressionado pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) de abrir ainda mais as torneiras. 

13.10.2025

Dólar com fraca recuperação. Euro resiste a crise política em França

Ao contrário de outros ativos que estão a registar grandes recuperações, o dólar está a negociar com bastante cautela esta segunda-feira, após o recrudescimento das tensões comerciais entre EUA e China ter atirado a "nota verde" para território negativo. O "sell-off" do final da semana passada está a ser apenas parcialmente corrigido, numa altura em que os investidores têm ainda os olhos postos em França e na crise política que está a assombrar o país. 

Depois de ter anunciado tarifas de 100% sobre os produtos chineses na sexta-feira, este fim de semana Donald Trump pareceu dar um passo atrás - ou pelo menos mostrou mais espaço para diálogo do que inicialmente. Na rede social Truth Social, o Presidente norte-americano afirmou que "os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la", acrescentando ainda que "tudo vai ficar bem", depois de a nação liderada por Xi Jinping ter anunciado que estava disposta a negociar. 

A esta hora, o euro recua 0,08% para 1,1610 dólares, enquanto a libra cai 0,15% para 1,3340 dólares. Já a "nota verde" consegue avançar 0,75% para 152,32 ienes, numa altura em que o Japão aproxima-se de uma crise política, com o partido político Komeito a sair da coligação que tem assumido as rédeas do país - colocando Sanae Takaichi, líder do Partido Liberal Democrata, numa posição de fragilidade.

Já o euro parece estar a sair imune da crise política em França. A queda pouco expressiva da moeda única europeia esta segunda-feira acontece apesar de Emmanuel Macron ter decidido reconduzir Sébastien Lecornu como primeiro-ministro, apesar de o seu primeiro Governo ter durado apenas algumas horas. A decisão apanhou a oposição de surpresa, com a França Insubmissa a anunciar que vai apresentar uma moção de censura, que promete deixar a nação europeia novamente num impasse. 

Pub
Pub
Pub