Europa fecha mista com imobiliário em alta à boleia da Castellum
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
- Europa aponta para arranque na linha d'água. Ásia fecha mista
- Petróleo valoriza com corte da Arábia Saudita e da Rússia. Gás sobe
- Ouro valoriza após dados económicos mais fracos nos EUA
- Euro desliza face ao dólar
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Dados económicos mais fracos não travam bolsas europeias
- Euribor desce a seis meses e sobe a três e 12 meses para novos máximos
- Ouro valoriza com atividade industrial nos EUA em mínimos de três anos
- Possível intervenção no mercado cambial dá impulso ao iene
- Petróleo valoriza, mas ganhos não são para ficar dizem analistas
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa fecha mista com imobiliário em alta à boleia da Castellum
As bolsas europeias apontam para um arranque de sessão na linha d'água, num dia em que os investidores assimilam os mais recentes dados económicos para perceber a possibilidade de uma recessão nas diferentes economias.
Os futuros sobre o EuroStoxx 50 estão praticamente inalterados.
Na Ásia, a sessão fechou mista após um dia de fortes ganhos, com os índices japoneses a serem os que mais deslizaram. A pesar no sentimento dos investidores estão dados económicos mais fracos nos Estados Unidos.
Dados divulgados na segunda-feira mostram que a atividade industrial nos Estados Unidos abrandou em junho para níveis registados no início da pandemia de covid-19, apesar de a pressão inflacionista ter continuado a cair.
Na China, Xangai recuou 0,16% enquanto, em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,03%, numa altura em que as tensões entre o país liderado por Xi Jinping e o Ocidente conhecem novos contornos com a imposição de novas restrições à exportação por Pequim. Já na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,33%, enquanto no Japão, o Topix caiu 0,62% e o Nikkei desvalorizou 0,98%.
 
                                    O petróleo continua a valorizar, impulsionado pelo corte de produção da matéria-prima anunciado pela Arábia Saudita e pela Rússia.
        Os sauditas anunciaram ontem a extensão do corte voluntário de um milhão de barris por dia– que vigora desde o início de junho– ao mês de agosto. Pouco depois, a Rússia anunciou uma redução de 500 mil barris por dia no mesmo mês para tentar estabilizar os preços do petróleo.  A menor oferta deu alento ao "ouro negro", uma vez que os cortes dos dois países representam cerca de 1,5% da produção mundial e elevam o total de produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (OPEP+), para os 5,16 milhões de barris por dia.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 0,63% para 70,23 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres e referência para as importações europeias – soma 0,59% para 75,09 dólares por barril.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, valoriza 0,6% para 34,12 euros por megawatt-hora.
 
                                    O ouro está a valorizar, numa altura em que os investidores analisam os mais recentes dados da atividade industrial nos Estados Unidos, que indicam um arrefecimento da economia no país.
A atividade industrial caiu em junho para o valor mais baixo em três anos, sendo que o número de novas encomendas também sinalizou um recuo. Os dados divulgados na segunda-feira seguiram-se aos da semana passada, que mostraram uma descida da inflação em maio nos EUA - situou-se nos 3,8%.
Com a inflação a descer e a economia a dar sinais de abrandamento, aumenta a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos deverá estar perto de terminar o ciclo de subidas das taxas de juro - que tendem a penalizar o ouro por não remunerar juros.
O ouro a pronto, negociado em Londres, sobe 0,30% para 1.927,46 dólares por onça, enquanto o paládio valoriza 1,10% para 1.259,53 dólares, a platina cresce 0,94% para 922,63 dólares e a prata soma 0,18% para 22,96 dólares.
Os investidores aguardam agora a divulgação de mais dados económicos - como os números do emprego norte-americano em junho - e a nova época de resultados, que vão permitir obter mais informação sobre o estado de saúde da maior economia do mundo.
 
                                    O euro está a desvalorizar perante a moeda norte-americana, estando a ceder 0,06% para 1,0905 dólares.
O dólar segue a crescer face à maior parte das divisas rivais, num dia em que as bolsas estão encerradas nos Estados Unidos, devido ao feriado do Dia da Independência. O dólar australiano, contudo, passou a valorizar face à moeda norte-americana depois de o banco central da Austrália ter mantido a taxa de juro inalterada, apesar de deixar a porta aberta a mais subidas caso a inflação não abrande.
O dólar australiano sobe 0,15% para 0,6683 dólares. A moeda da Austrália valoriza também face a o euro e à libra, estando a somar 0,28% para 0,6132 euros e 0,14% para 0,52651 libras.
A Reserva Federal norte-americana divulga na quarta-feira as atas do último encontro de política monetária, realizado a 13 e 14 de junho, quando decidiu fazer uma pausa na subida da taxa dos fundos federais, que se manteve no intervalo entre 5% e 5,25%. O documento poderá fornecer apoio ao dólar, que tende a beneficiar de uma política monetária mais agressiva.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que se traduz numa menor aposta na dívida soberana. Isto numa altura em que os investidores assistem a dados económicos mais fracos tanto na Europa, como nos Estados Unidos.
Mas apesar de a economia estar a dar sinais de abrandamento, os investidores mantêm o otimismo, mantendo a aposta em ativos de maior risco - como as ações, que estão a negociar no verde.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 2,9 pontos base para 2,461%, enquanto os juros da dívida pública italiana sobem 4,5 pontos base para 4,172%.
Os juros da dívida soberana portuguesa, por sua vez, aumentam 2,9 pontos base para 3,179%, os juros da dívida espanhola crescem 3 pontos base para 3,462% e os juros da dívida francesa somam 2,8 pontos base para 3,000%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se 1,9 pontos base para 4,450%.
As bolsas europeias abriram maioritariamente no verde, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes dados económicos e se preparam para mais uma época de resultados.
Dados divulgados na segunda-feira mostram que a atividade industrial está a abrandar, tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos. Esta terça-feira foram também conhecidos dados na Alemanha, que viu as exportações recuarem em maio, contudo, os investidores parecem manter o otimismo, com as bolsas a negociarem com ganhos - embora mais moderados.
O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,17% para 461,77 pontos, com o setor do imobiliário a ser o que mais sobe (1,09%). Já o setor dos recursos naturais é o que mais cede.
Entre as principais movimentações, a ASML é a que mais contribui para os ganhos do índice, com uma subida de 1,02%. A fabricante de semicondutores valoriza num dia em que a China anunciou que a partir de 1 de agosto não será possível exportar gálio ou germânio ou mais de uma dezena de derivados dos dois metais - fundamentais para o fabrico de semicondutores - sem pedir uma autorização específica às autoridades. Nas principais praças europeias, o alemão Dax sobe 0,10%, o francês CAC-40 cresce 0,15%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,16%, o britânica FTSE 100 avança 0,03% e o Aex, em Amesterdão, soma 0,47%. Já o espanhol Ibex 35 cede 0,09%.
As bolsas norte-americanas estão hoje encerradas, devido ao feriado do Dia da Independência, o que deverá levar a um menor volume de negociação nos mercados.
As taxas Euribor desceram hoje a seis meses e subiram a três e 12 meses, face a segunda-feira, para novos máximos nestes dois prazos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 4,164%, mais 0,019 pontos, face a segunda-feira, superando o máximo anterior que tinha sido fixado em 23 de junho deste ano.
Nesse dia, a Euribor a 12 meses bateu um novo máximo desde novembro de 2008 fixando-se em 4,147%.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, caiu hoje, ao ser fixada em 3,888%, menos 0,025 pontos que na segunda-feira, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
A Euribor a três meses, por sua vez, subiu hoje para 3,613%, mais 0,016 pontos, face ao dia anterior, superando também o máximo fixado em 23 de junho deste ano.
Neste dia, a Euribor a três meses fixou-se em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 04 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
 
                                    O ouro está a valorizar, com os investidores a avaliarem dados da atividade industrial nos Estados Unidos divulgados ontem, que mostraram uma desaceleração e caíram para o nível mais baixo em três anos.
A produção e as novas encomendas também registaram um decréscimo, o que poderá indicar uma desaceleração económica em território norte-americano.
O ouro sobe 0,35% para 1.928,42 dólares por onça. O metal amarelo tem sido penalizado por taxas de juro mais elevadas, uma vez que não é remunerado. A possibilidade de um arrefecimento da economia deverá fomentar expectativas de que a Reserva Federal poderá estar perto do fim do ciclo de aperto da política monetária e dar assim impulso ao ouro.
 
                                    O dólar está a inverter a tendência dos últimos dias face ao iene e a desvalorizar contra a moeda nipónica, numa altura em que os investidores se encontram atentos a uma possível intervenção das autoridades japonesas no mercado cambial.
O iene soma assim 0,25% para 0,0069 dólares, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - negoceia praticamente inalterado, a ceder 0,04% para 102,951 pontos.
Na negociação face à divisa norte-americana, a moeda única europeia desce 0,12% para 1,0899 dólares.
A ação no mercado permanece reduzida porque devido ao feriado do Dia da Independência as bolsas norte-americanas estão encerradas.
A Reserva Federal norte-americana divulga esta quarta-feira as atas do último encontro de política monetária em junho, quando decidiu fazer uma pausa na subida da taxa dos fundos federais.
 
                                    Os preços do petróleo estão a valorizar fortemente nos mercados internacionais, com os investidores ainda a avaliarem o impacto da extensão de um corte da produção por parte da Arábia Saudita, bem como da Rússia e da Argélia, embora de menor dimensão, face a um cenário económico global de menor crescimento.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 2,03% para 71,21 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres e referência para as importações europeias – soma 1,96% para 76,11 dólares por barril.
Apesar dos ganhos ao longo desta segunda-feira, o final da sessão acabou por dar perdas aos dois índices, com as perspetivas de fraco crescimento económico a sobreporem-se aos cortes na produção.
Riade anunciou na segunda-feira que iria manter um corte voluntário de um milhão de barris por dia em agosto, que já se encontra em vigor para este mês de julho. Entretanto, também Moscovo e Argel acompanharam os sauditas com reduções na produção respetivas de 500 mil e 20 mil barris diários.
Se forem totalmente implementadas estas supressões podem vir a retirar 5,36 milhões de barris por dia ao mercado, face a valores de agosto de 2022 e eventualmente até valores superiores dado que vários países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) ainda estão longe de atingir as suas quotas de produção, indicou o analista da PVM, Tamas Varga, à Reuters.
Ainda assim, os ganhos desta terça-feira não mostram uma mudança de tendência dos preços petrolíferos nos mercados, uma vez que "apenas uma quebra significativa acima dos 77 dólares irá mostrar que algo mudou, caso contrário a negociação vai continuar a ser contida", afirmou o analista Carig Erlam da OANDA, também à Reuters.
A divulgação dos resultados de alguns inquéritos às empresas têm mostrado uma descida na atividade industrial devido a fraca procura na China e na Europa. Nos Estados Unidos os dados mostram também que a atividade industrial caiu em junho para mínimos de três anos, valores anteriores à pandemia de covid-19.
 
                                    Os juros agravaram-se na Zona Euro, num dia em que os investidores estiveram a digerir os mais recentes dados económicos da região e se prepararam para a divulgação dos números mensais sobre o mercado de trabalho nos EUA, que pode dar pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agravou-se 2 pontos base para 2,452%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 cresceram 2,6 pontos base para 3,177%.
A "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade somaram 3,2 pontos base para 3,464%.
Os juros da dívida a dez anos da Itália aumentaram 6,5 pontos base para 4,192%.
 
                                    A Europa fechou a sessão de forma mista, tendo os setores do imobiliário e saúde comandado os ganhos. Os investidores aguardam com expectativa os números mensais do emprego nos EUA, enquanto digerem os mais recentes dados sobre a economia europeia.
O Stoxx 600 – índice de referência para o mercado europeu – avançou 0,07% para 461,30 pontos.
Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do Velho Continente, as ações do imobiliário lideraram os ganhos, num dia em que as ações da Castellum dispararam 18,07%, depois de o DNB Bank ter voltado a cobrir o desempenho em bolsa da empresa a recomendar a "compra" dos títulos.
Também as ações da Enel subiram 1,59%, após o El Confidencial ter dado conta da reunião entre o presidente da Repsol, Antonio Brufau, e o investidor e ex-chairman da Endesa até 2019, Borja Prado, com vista a alegadamente discutirem a compra "total ou parcial" da Endesa pela Repsol. A Enel desmentiu a notícia.
Do lado das perdas, destacaram-se o setor automóvel e dos semicondutores. A contribuir para a queda deste segundo setor esteve o anúncio por parte do Ministério do Comércio chinês de colocar entraves às exportações de gálio, germânio e mais de uma dezena de derivados dos dois metais, o que levou muitas empresas europeias a correr para assegurar o fornecimento destas matérias-primas necessárias para construção de semicondutores e de veículos elétricos, noticia a Reuters.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt desvalorizou 0,26%, Paris recuou 0,23% e Madrid cedeu 0,58%. Por cá, o PSI caiu 0,36%.
Londres deslizou 0,10% e Milão perdeu 0,21%. Já Amesterdão subiu 0,29%.
O dia foi marcado por um volume de negociação morno, num dia em que os EUA comemoram o dia de independência.
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