Abertura dos mercados: Bolsas continuam em alta e petróleo regressa às quedas
Dia de fracas oscilações nas bolsas europeias, com o setor automóvel em destaque devido a fusões e alianças. A libra continua a perder terreno e o petróleo regressa a terreno negativo.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,22% para os 5.230,08 pontos
Stoxx 600 avança 0,11% para 415,39 pontos
Nikkei desvalorizou 0,55% para 23.934,43 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1 ponto base para 0,337%
Euro desvaloriza 0,13% para 1,1135 dólares
Petróleo em Londres perde 0,42% para os 65,82 dólares por barril
Setor automóvel em destaque nas bolsas europeias
As praças europeias arrancaram a sessão de quarta-feira sem uma tendência definida, numa altura em que o acordo parcial entre os Estados Unidos e a China, ainda por assinar, perde força como catalisador dos mercados. Ainda assim, no fecho da última sessão em Nova Iorque, o índice de referência S&P500 atingiu um novo recorde, apoiado por dados económicos animadores: a produção nas fábricas norte-americanas aumentou mais do que o esperado em novembro, e a construção de novas casas nos EUA também superou as estimativas, além de que as licenças para construir subiram para máximos de 12 anos.
Apesar de alguns índices nacionais estarem em terreno negativo (como o DAX que perde 0,11%), o pan-europeu Stoxx600 soma 0,11% para 415,39 pontos. Este índice tocou em máximos históricos na segunda-feira e ontem perdeu terreno devido a renovados receios sobre o Brexit.
Nas bolsas europeias a sueca Volvo destaca-se pela positiva, com um ganho de 4,7%, depois de ter chegado a acordo com japonesa Isuzu para uma aliança estratégica entre as duas companhias para os veículos comerciais. Ainda no setor automóvel a PSA sobe 1,27% e a Fiat ganha 0,25% depois de ambas as empresas terem fechado o acordo para uma fusão entre iguais.
A bolsa nacional abriu em alta, com o principal índice, o PSI-20, a somar 0,22% para os 5.230,08 pontos. A EDP Renováveis é a segunda cotada que mais soma, ao subir 0,98% para os 10,30 euros, sendo que o peso pesado EDP também alinha na tendência e avança 0,24% para os 3,82 euros, tendo voltado a cotar num máximo de junho de 2008.
Juros da dívida portuguesa recuam pela segunda sessão
As obrigações portuguesas negoceiam em alta pela segunda sessão, em linha com o desempenho da restante dívida soberana europeia, que tem registado sessões de acalmia nos últimos dias. A taxa genérica das obrigações do Tesouro a 10 anos cede 1 ponto base para 0,337% e na dívida espanhola a queda é de 0,5 pontos base para 0,382%. O prémio de risco da dívida portuguesa baixa para 63 pontos base uma vez que a "yield" das obrigações alemãs segue estável em -0,298%.
Libra volta a perder terreno
A libra registou fortes valorizações depois da vitória dos conservadores nas eleições, mas já anulou essa subida. A moeda britânica registou uma queda pronunciada na sessão de terça-feira e hoje cede 0,14% para 1,3113 dólares. No cambio do euro face ao dólar a moeda norte-americana ganha vantagem, com a moeda única a desvalorizar 0,13% para 1,1135 dólares.
A tendência negativa da libra surgiu depois de se saber que o primeiro-ministro britânico quer fazer uma alteração na lei do país para garantir que o período de transição do Brexit, após o dia 31 de janeiro, não se prolongue por mais de 11 meses, reavivando desta forma os receios de que o Reino Unido abandone a Europa sem se chegar a um acordo.
Reservas arrebatam ciclo de ganhos do petróleo
O barril de Brent, referência para a Europa, vinha a subir há quatro sessões consecutivas, na sequência do anúncio do acordo parcial comercial entre Washington e Pequim, que vem permitir uma maior aceleração da economia mundial e, consequentemente, do consumo de petróleo. Hoje, o barril segue a perder 0,42% para os 65,82 dólares, pressionado pelas notícias de que as reservas de petróleo nos Estados Unidos terão aumentado, a par das de gasolina, sendo que estas segundas deverão mostrar o maior aumento desde janeiro.
Cobre afasta-se de pico de sete meses
O cobre segue a quebrar 0,6% para os 6.164 dólares por tonelada depois de a China ter mostrado um aumento de 20% na produção deste metal em novembro e de 11% se comparado o conjunto dos últimos 11 meses com o período homólogo. Na sessão anterior, o metal laranja tocou a cotação máxima dos últimos sete meses, impulsionado pelo otimismo quanto à procura mundial depois de o acordo comercial entre Estados Unidos e China ter espalhado o entusiasmo quanto à economia mundial.
Mais lidas