pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Abertura dos mercados: Ganhos expressivos na última sessão não eliminam Outubro “negro” nos mercados

Outubro será o pior mês para as bolsas desde, pelo menos, 2016. Ainda assim, a última sessão está a ser de ganhos acentuados. O petróleo prepara-se para registar a maior queda mensal em mais de dois anos.

31 de Outubro de 2018 às 09:35

Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,64% para 5.038,95 pontos

Stoxx 600 aprecia 1,58% para 361,15 pontos

Nikkei valorizou 2,16% para 21.920,46 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,3 pontos base para 1,870%

Euro sobe 0,07% para 1,1353 dólares

Petróleo sobe 0,87% para 76,58 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias sobem mais de 1%. Mas Outubro será o pior desde 2016

A sessão está a ser marcada por ganhos acentuados nas bolsas europeias. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 1,6%, o que representa o maior ganho desde Abril, a beneficiar da apresentação de resultados de várias cotadas e de um alívio de pressão, depois das quedas acentuadas nas últimas semanas.

Apesar de a sessão estar a ser bastante positiva, estes ganhos não conseguem anular as quedas acumuladas ao longo de Outubro. O Stoxx600 está a desvalorizar mais de 5,5%, o que, se se confirmar no fecho desta sessão, será o pior mês para este índice desde Janeiro de 2016.

Mas o Stoxx600 não está sozinho. Do outro lado do Atlântico, o S&P500 desliza quase 8%, o que, a confirmar-se no fim do dia, torna Outubro no pior mês para este índice desde Maio de 200.

Lisboa não é excepção. O PSI-20 também está a subir 0,64%, a beneficiar dos ganhos do BCP e da Pharol, mas não evita uma descida de 6% este mês, o pior desempenho desde Junho de 2016, mês marcado pelo Brexit.

Este mês foi assim muito agitado nas bolsas mundiais, com vários factores a condicionarem a negociação. A guerra comercial entre os EUA e a China continua marcar o passo, as contas de Itália e os receios em torno dos resultados das cotadas ajudaram a aprofundar as quedas, provocando "sell-off" que apanharam os investidores de surpresa. Muitos analistas consideram que as quedas foram excessivas, não sendo justificados pelos fundamentais.

Juros de Itália aliviam

Depois de terem subido na terça-feira, os juros associados à dívida italiana estão hoje a aliviar. A taxa a dez anos recua 6,2 pontos base para 3,414%, depois de ter tocado os 3,6% quando a Comissão Europeia chumbou o orçamento de Itália.

A tendência de alívio também se verifica nos juros da dívida portuguesa, no mesmo prazo, que recuam 1,3 pontos base para 1,870%. Em Espanha, a descida é de 0,06 pontos base para 1,560%. Já a Alemanha está a contrariar, com os juros a dez anos a subirem 2,1 pontos base para 0,390%.

Euro perde mais de 2% contra o dólar em Outubro

A moeda única está a subir 0,07% para 1,1353 dólares. Ainda assim, no acumulado do mês, o euro perde 2,3% contra a divisa norte-americana.

O dólar está a beneficiar de dados fortes para a economia dos EUA, assim como da melhoria da confiança dos consumidores norte-americanos, que aumentou para um máximo de 18 anos este mês.

Por outro lado, o euro tem sido pressionado pela incerteza política na Alemanha, depois de Angela Merkel ter anunciado que vai abandonar o cargo de chanceler em 2021.

Petróleo a caminho da maior queda mensal desde 2016

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. Enquanto o Brent, negociado em Londres e que serve de referência na Europa, está a avançar 0,87% para 76,58 dólares por barril, o WTI, em Nova Iorque, sobe 0,68% para 66,63 dólares.

Apesar dos ganhos, o Brent continua a caminho de registar a maior queda mensal desde Julho de 2016, penalizado pela perspectiva de um abrandamento da economia global e numa altura em que as reservas de petróleo nos EUA continuam a aumentar.

 

Ouro cai para mínimo de mais de duas semanas

Os preços do metal amarelo estão a cair, tendo tocado um mínimo de mais de duas semanas na sessão desta quarta-feira. O ouro está a ser penalizado pelos ganhos na sessão asiática e pela subida do dólar para máximos de vários meses.

Os preços do ouro estão a recuar 0,41% para 1.217,88 dólares por onça, apesar de continuar a caminho de travar seis meses de perdas. Já a prata desce 0,78% para 14,3597 euros.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio