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Abertura dos mercados: China faz petróleo e acções caírem

É o primeiro dia de quedas no preço do petróleo nos mercados internacionais em quatro dias. Um movimento suficiente para arrastar o mercado accionista. A China é um dos motores, com a contracção da actividade industrial.

Bloomberg
02 de Novembro de 2015 às 08:40

Os mercados em números

PSI-20 cai 0,22% para 5.456,66 pontos

Stoxx 600 cede 0,51% para 373,55 pontos

Nikkei perde 2,1% para 18.683,23 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos ganham 4,5 pontos base para 2,585%

Euro soma 0,13% para 1,1020 dólares

Petróleo recua 0,22% para 49,45 dólares

Bolsas europeias caem com China

As bolsas europeias iniciaram a semana em queda, com Lisboa a acompanhar a tendência. O PSI-20 cede 0,22% para 5.456,66 pontos. A Jerónimo Martins cai 0,98% para 12,66 euros e contribui para o comportamento.

Em sentido inverso encontra-se a Altri. A empresa de pasta e papel (que partilha a base da estrutura accionista com a Cofina, dona do Negócios) ganha 2,3% para 4,40 euros depois de ter anunciado um dividendo extraordinário de 25 cêntimos.

Ainda assim, o comportamento de Lisboa é idêntico ao dos pares europeus. O espanhol IBEX-35 perde 0,68% para 10.290,10 pontos.

O sector industrial chinês parece estar a viver uma contracção. O índice de gestores de compra (que mostra a força da actividade industrial) fixou-se em 49,8 pontos, continuando abaixo da leitura de 50, o valor esperado e abaixo do qual se sinaliza uma contracção.

É nesse sentido que se enquadra, igualmente, a descida das bolsas asiáticas. O MSCI Ásia Pacífico desceu 0,5% para 133,77 pontos.

Juros da dívida sobem ligeiramente

Os juros da dívida portuguesa estão em ligeira subida, a seguir aquele que é o desempenho dos restantes mercados obrigacionistas europeus.

A subida das "yields" associadas aos títulos de dívida nacionais é ligeira. A dez anos, o ganho é de 4,5 pontos-base para 2,585%.

Em Espanha, Itália, França e Alemanha, o comportamento é semelhante, depois de Mario Draghi ter sinalizado que não precisa de mais instrumentos, pelo menos em Dezembro.

Euro ganha pelo terceiro dia

O euro está a valorizar-se pelo terceiro dia seguido, o que a agência Bloomberg atribui precisamente à indicação, por parte do presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi, de que não serão necessários, em Dezembro, novos estímulos à economia.

O euro está a somar 0,13% para 1,1020 dólares.

Destaque ainda para a valorização da moeda turca, já que a maioria absoluta de Erdogan pode retirar alguma da incerteza política (de que os investidores não gostam) de cima da mesa. A lira turca está a valorizar-se 3,82%. Cada dólar vale 2,876 liras.

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão em queda nos mercados internacionais. A China é o principal factor de tensão para a matéria-prima, que perde terreno pela primeira vez em quatro sessões.

A justificação para o desempenho do petróleo é a contracção da actividade industrial na China, a terceira consecutiva. Um dado negativo quando se tem em conta que a segunda maioria economia do mundo é, também, a segunda maior consumidora de petróleo. Com receios de uma procura mais tímida, os preços tendem a ceder. É isso que está a acontecer.

Em Londres, o mercado de referência para as importações nacionais, a desvalorização do preço do barril de Brent do Mar do Norte é de 0,22%, o que o está a levar a cotar nos 49,45 dólares.

A descida é de 0,49% em Nova Iorque, com o barril de West Texas Intermediate a ser negociado por 46,36 dólares.

 

Ouro em queda com Fed

A cotação do ouro está no valor mais baixo das últimas quatro semanas. Os contratos para entrega imediata estão a cair 0,7% para 1.134,39 dólares por onça. É necessário recuar até 5 de Outubro para encontrar um preço tão reduzido, de acordo com a Bloomberg.

A justificação para a descida do preço do metal precioso é a subida das taxas de juro nos Estados Unidos. Continua a especulação de que as taxas de juro de referência da maior economia do mundo vão ser aumentadas, pela Reserva Federal, em Dezembro. O que penaliza a procura pelo ouro e conduz, assim, à sua descida no arranque da semana.

Destaques do dia

Lei permite vender Banif com perda para o Estado. O contrato de ajuda ao Banif prevê que o Estado recupere os 700 milhões que injectou em acções do banco, em 2013, mas a lei dá margem ao Governo para vender abaixo daquele valor. Possíveis interessados apostam no preço de mercado.

Erdogan consegue maioria absoluta na Turquia. O Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do presidente turco, Recep Erdogan, venceu as eleições legislativas deste domingo na Turquia e já garantiu, com mais de 90% dos votos contados, a maioria absoluta no Parlamento.

Avaliação sobre práticas de gestão do BES e PT na mira da CMVM. No papel, PT e BES cumpriam recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades. Na prática, houve falhas. Supervisor está a investigar prestação de informação falsa ao mercado nesta matéria.

"Não está em cima da mesa" entrada imediata de novos accionistas no Montepio. O Montepio pode vir a ter novos accionistas com o novo regime das caixas económicas. Mas José Félix Morgado, que elogia os efeitos do diploma, defende que a existência da possibilidade, por si só, já é positiva.

O que vai acontecer hoje

Resultados do BCP - O BCP, que revela na segunda-feira os resultados do trimestre, deverá apresentar lucros de 28,1 milhões de euros, o que compara com os prejuízos de 36 milhões de euros no período homólogo, estima o CaixaBI.

Resultados do Banif – Depois de ter revelado que está a preparar medidas de reforço de capital à espera de novo accionista, o Banif vai revelar na segunda-feira as contas referentes ao terceiro trimestre.

Compras do BCE – O Banco Central Europeu vai revelar os dados semanais sobre o programa de compra de activos. São conhecidos também os dados referentes ao mês de Outubro, ficando a saber-se o montante aplicado em activos de Portugal.

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