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Ao minuto27.08.2025

Juros das dívidas europeias fecham sem tendência. Em França voltam a agravar-se

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.

Abdul Saboor / AP
27 de Agosto de 2025 às 17:55
27.08.2025

Europa fecha dívidacom banca a pressionar. França no verde pela primeira vez na semana

Os principais índices europeus fecharam a sessão desta quarta-feira entre ganhos e perdas, com o setor da banca a voltar a pressionar a negociação, enquanto os investidores aguardam pelos resultados da Nvidia.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – subiu 0,10% para os 554,76 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX caiu 0,44%, o espanhol IBEX 35 cedeu 0,65%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,72%, o francês CAC-40 subiu 0,44%, o holandês AEX avançou 0,31%. Já o britânico FTSE 100 caiu 0,11%.

O subsetor da banca caiu mais de 1%, depois de uma reportagem da Bloomberg ter mostrado que o Governo de Itália estará a estudar a hipótese de avançar com uma contribuição sobre a banca que possa compensar possíveis cortes de impostos no próximo ano.

Em reação, bancos italianos como o Banca Monte dei Paschi di Siena (-2,69%), o Bper Banca (-2,69%) e o Intesa Sanpaolo (-2,53%) registaram das maiores perdas entre as cotadas do setor em Itália.

Já as ações do Deutsche Bank (-3,36%) e do Commerzbank (-4,98%) também caíram depois de o Goldman Sachs ter reduzido a classificação destas instituições financeiras. Também por França, a banca continua a ser pressionada, à medida que a crise política se parece adensar no país, com o setor a ser especialmente afetado devido ao risco de contágio face à dívida e de desaceleração da economia. Ainda assim, as perdas mostraram-se bastante menos expressivas do que as registadas nas anteriores sessões, com o BNP Paribas a cair 0,65% e o Crédit Agricole a perder 0,58%.

Por agora, as atenções estão voltadas para os resultados trimestrais da Nvidia, que serão divulgados após o fecho de Wall Street. Na Europa, as cotadas tecnológicas não têm conseguido acompanhar a recuperação do setor do outro lado do Atlântico.

“Os resultados da Nvidia serão decisivos para os mercados europeus no curto prazo”, disse à Bloomberg David Kruk, da La Financiere de l'Echiquier. O especialista alertou ainda para a incerteza persistente em relação ao futuro político e económico da segunda maior economia europeia e defendeu que a queda dos ativos de risco do país pode representar uma oportunidade para os investidores. “Para mim, a situação francesa não é um fator de mudança para a recuperação europeia em geral, pode até incentivar algumas compras em baixa”, explicou.

O primeiro-ministro francês irá submeter-se a um voto de confiança no Parlamento já no dia 8 de setembro, à medida que enfrenta resistência política e social referente ao plano orçamental para o ano de 2026. Nesta linha, a aritmética parlamentar aponta para um chumbo da votação, com os partidos de esquerda e a extrema-direita a confirmarem a rejeição da moção de confiança.

Entre algumas das cotadas com maior capitalização bolsista na Europa, a SAP ganhou 1,75%, a LVMH subiu 3,24% e a Novo Nordisk ganhou 1,59%.

27.08.2025

Juros das dívidas europeias fecham sem tendência. Em França voltam a agravar-se

Depois de fortes agravamentos influenciados pela crise política que se volta a viver em França, os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam entre subidas e descidas.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 0,1 pontos-base, para 3,145%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento seguiu a tendência inversa e caiu 0,1 pontos, para 3,318%.

Os juros da dívida soberana italiana, com a mesma maturidade, agravaram-se em 1,6 pontos, para 3,571%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa agravou-se em 2 pontos-base para 3,516%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, caíram 2,3 pontos para 2,698%.

Desta forma, o prémio de risco da dívida francesa em relação à alemã acabou por aumentar face aos valores registados nos últimos dias e já ultrapassou agora os 80 pontos-base. O prémio é agora o mais alto desde janeiro, com os investidores a mostrarem-se preocupados com o futuro político e económico do país.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 0,5 pontos-base, para 4,733%.

27.08.2025

Dólar valoriza com "traders" atentos a novos dados económicos

Libra e iene ganham força contra o dólar americano

O dólar está a ganhar terreno esta tarde, recuperando da queda de ontem, à medida que os investidores voltam a sua atenção para a divulgação de importantes dados económicos do lado de lá do Atlântico, incluindo o PIB, conhecido na sexta-feira, e o índice de despesas de consumo pessoal durante o dia de amanhã, em busca de pistas sobre o rumo da política monetária no país.

O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – sobe 0,21% para os 98,428 pontos.

“Se a Fed começar a mexer nas taxas de juro, a economia dos EUA ganhará força, o que acabará por apoiar o dólar”, disse à Reuters Joseph Trevisani, da FX Street.

Desde o seu regresso à Casa Branca este ano, Trump tem pressionado incessantemente o banco central para baixar as taxas diretoras, num ano em que a Fed ainda não mexeu nos juros de referência. E a recente desvalorização do dólar levou a que alguns “traders” aproveitassem para reforçar posições na “nota verde”.

A esta hora o dólar valoriza 0,24% para os 147,750 ienes.

Por cá, os desenvolvimentos políticos em França são o foco, com o primeiro-ministro François Bayrou a lutar para salvar o seu governo minoritário antes de uma votação de confiança, marcada para 8 de setembro, determinar se o país entrará de novo numa crise política - situação que parece ser a mais provável dada a intenção de voto já partilhada pelos partidos com representação no Parlamento francês.

A moeda única desvaloriza 0,27% para os 1,161 dólares. Já a libra perde 0,10% para os 1,1347 dólares.

27.08.2025

Petróleo ganha terreno com diminuição dos "stocks" de crude nos EUA

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo seguem a estabilizar esta tarde, à medida que registam ligeiros ganhos, invertendo a tendência de perdas vivida na sessão anterior e que ainda se estendeu para esta manhã.

A influenciar a movimentação do crude nos mercados internacionais está um relatório que mostra que os inventários de “ouro negro” nos Estados Unidos (EUA) caíram acima das expectativas do mercado, mas também os potenciais impactos das tarifas de 50% impostas à Índia pela Administração Trump.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança a esta hora 0,65% para os 63,36 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,61% para os 67,63 dólares por barril.

Os "stocks” de petróleo bruto nos EUA caíram em mais de 6 milhões de barris na semana terminada a 15 de agosto, valor que ficou muito acima das expectativas do mercado, que apontavam para uma queda de 1,3 milhões de barris, de acordo com dados da Administração de Informação em Energia norte-americana.

No plano comercial, a duplicação das tarifas sobre as importações da Índia para até 50% pelo presidente dos EUA, Donald Trump, também está a centrar as atenções dos “traders”. Embora não haja sinais de interrupção no abastecimento de crude até ao momento, a incerteza sobre se os EUA irão visar os fluxos de petróleo entre a Rússia e o país asiático está a impedir alguns investidores de assumirem novas posições, disse à Reuters o analista do UBS Giovanni Staunovo.

“Essa incerteza, na minha opinião, mantém alguns investidores à margem até que haja mais clareza sobre os próximos passos do Presidente Trump”, referiu o especialista.

Noutros desenvolvimentos recentes, refinarias russas foram atingidas por ataques com drones ucranianos, forçando-as a exportar o petróleo bruto que não podem, neste momento, processar.

Nesta linha, a Rússia terá feito uma revisão em alta do seu plano de exportação de petróleo bruto dos portos ocidentais em cerca de 200 mil barris por dia em agosto, após os ataques às suas refinarias.

27.08.2025

Ouro desvaloriza com dólar mais forte a pressionar

ouro

O ouro segue a negociar com perdas esta quarta-feira, influenciado por um dólar mais forte. Ainda assim, a queda do metal amarelo segue contida, à medida que preocupações em relação à independência do banco central norte-americano levam a um aumento da procura por ouro enquanto ativo-refúgio.

O metal amarelo cede agora 0,17%, para os 3.387,820 dólares por onça.

Trump disse no início desta semana que iria destituir a governadora da Reserva Federal (Fed) Lisa Cook. Entretanto, o advogado da decisora de política monetária disse que iria avançar com uma ação judicial com o obetivo de impedir a demissão de Cook, dando início a uma batalha judicial que poderá ser prolongada.

Os preços do ouro chegaram a subir para o nível mais alto em mais de duas semanas na terça-feira, após as declarações do Presidente norte-americano.

O banco central manteve a política monetária inalterada até agora em 2025, entre preocupações de que as tarifas de Trump possam alimentar a inflação, embora na passada sexta-feira o presidente da Fed, Jerome Powell, tenha sinalizado uma possível flexibilização dos juros diretores em setembro, o que beneficiaria o ouro, que não rende juros.

Os "traders" aguardam agora pela divulgação dos dados do PIB dos EUA na quinta-feira e as despesas de consumo pessoal na sexta-feira – o indicador de inflação preferido da Fed – para obter pistas sobre a trajetória das taxas de juro.

Nesta linha, os mercados estão atualmente a antecipar uma probabilidade superior a 90% de a Fed avançar com um corte de 25 pontos base nos juros diretores na reunião do banco central no próximo mês, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

27.08.2025

Wall Street negoceia sem tendência definida antes dos resultados da Nvidia

Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam sem tendência antes da divulgação dos resultados trimestrais da Nvidia, conhecidos após o fecho da sessão desta quarta-feira, com os investidores à espera para perceber se o “boom” da inteligência artificial (IA) que tem impulsionado a valorização das ações este ano se mantém - sendo a empresa um “barómetro” para a saúde do mercado em geral.

O S&P 500 desvaloriza 0,04% para os 6.463,67, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,10% para os 21.521,83 e o Dow Jones avança 0,06% para 45.444,52 pontos.

Nos últimos dias, houve vários fatores a pressionar as negociações, incluindo a turbulência política que se vive em França e os ataques da Administração Trump à independência da Fed, assim como novas ameaças de tarifas. Ainda assim, os investidores concentram-se agora nos resultados da Nvidia – empresa com maior capitalização bolsista ao nível mundial e com o maior peso no S&P 500 e no Nasdaq 100.

Espera-se que a fabricante de semicondutores forneça pistas sobre a sustentabilidade dos avultados gastos em IA e .

“A Nvidia é a história da semana. Vimos alguma erosão do prémio da IA, por isso este é um número importante para determinar se a história da IA ainda tem muito para avançar”, disse à Bloomberg Guy Miller, do Zurich Insurance Group. “Isto pode permitir que o ciclo tecnológico, o sonho da IA, continue, ou pode ser significativamente prejudicado”, defende.

Dados divulgados pela Bloomberg apontam para uma oscilação de 6,1% nas ações da Nvidia após os resultados. Ainda assim, o movimento implícito é a menor oscilação pós-lucros prevista para a Nvidia desde o primeiro trimestre fiscal de 2024.

O governo dos EUA restringiu o acesso da China aos produtos da Nvidia por motivos de segurança nacional. E embora a Administração norte-americana tenha recentemente flexibilizado algumas dessas restrições, Pequim tem vindo a pressionar os clientes domésticos a procurarem fornecedores alternativos.

Nesta linha, “um resultado abaixo do esperado poderia provocar uma volatilidade significativa, enquanto uma surpresa positiva provavelmente levaria os principais índices a atingirem máximos históricos”, revelou à agência de notícias financeiras Tom Essaye, da The Sevens Report.

No plano comercial, a sobre a maioria das importações norte-americanas de produtos do país asiático entrou hoje em vigor. O objetivo será penalizar Nova Deli pelas contínuas compras de petróleo russo. Já pela Europa, a União Europeia  – uma exigência feita por Trump para que Washington reduza as taxas alfandegárias sobre as exportações de automóveis do bloco.

Entre os movimentos, a empresa de vestuário Abercrombie & Fitch segue a ceder mais de 4%, apesar de ter aumentado a sua previsão de vendas para o ano inteiro, após um trimestre com resultados acima do esperado para a marca Hollister, detida pela Abercrombie.

Entre as “big tech”, a Nvidia cede 0,46%, a Alphabet cai 0,19%, a Microsoft cede 0,034%, a Meta recua 0,13%, a Apple avança 0,048% e a Amazon negoceia inalterada.

27.08.2025

Euribor desce a seis e a 12 meses e sobe no prazo mais curto

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A taxa Euribor desceu hoje a seis e a 12 meses em relação a terça-feira, e subiu a três meses, mantendo-se acima de 2% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,032%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,062%) e a 12 meses (2,101%).

A taxa Euribor a seis meses, que em janeiro do ano passado passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje 0,002 pontos, para 2,062%, contra 2,064% na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.

Já a taxa a três meses subiu 0,010 pontos, para 2,032%, e a Euribor a 12 meses recuou 0,015%, para 2,101%.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.

A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.

Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

27.08.2025

França com dificuldade em recuperar de "sell-off". Europa dividida entre ganhos e perdas

As principais praças europeias estão a negociar entre ganhos e perdas esta quarta-feira, num dia marcado pela grande antecipação em torno dos resultados da Nvidia – a empresa com maior capitalização de mercado do mundo – e por um ajuste de posições depois do "sell-off" registado no início da semana. A iminente crise política em França levou os investidores a afastarem-se dos ativos gauleses e adensou as perdas no mercado acionista europeu, numa altura em que as investidas de Donald Trump contra a Reserva Federal (Fed) norte-americana e a perceção de erosão da independência das instituições do país levou os "traders" a procurarem refúgio. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avança uns ligeiros 0,07% esta manhã para 554,57 pontos, após duas sessões consecutivas em território negativo. Já o francês CAC-40 valoriza 0,17%, reduzindo de forma bastante modesta o saldo negativo semanal, depois da apresentação de uma moção de confiança por parte do Executivo de François Bayrou ter apanhado os mercados de surpresa e pressionado as ações do país - com a banca na linha da frente das perdas. 

Com esta crise política como pano de fundo, os investidores olham agora para os resultados da Nvidia para avaliar a sustentabilidade do "rally" das empresas ligadas à inteligência artificial. Além de um barómetro do setor, as contas da tecnológica vão ainda servir para medir o impacto da rivalidade dos EUA e da China nas fabricante de semicondutores - um dos principais pontos de colisão entre os dois países. 

"Os resultados da Nvidia vão ser decisivos para os mercados europeus no curto prazo", explica David Kruk, diretor de negociação da La Financière de l'Echiquier, à Bloomberg. Para o analista, "a situação francesa não é um fator determinante para a recuperação europeia em geral, podendo até incentivar algumas compras em baixa", acrescentou.

Entre as principais movimentações de mercado, a Givaudan chegou a cair mais de 3% esta manhã, tendo, entretanto, reduzido as perdas para apenas 0,56%, depois de a empresa ter informado que o seu CEO, Gilles Andrier, iria abandonar as rédeas da fabricante de cosméticos. Por sua vez, tanto o Deutsche Bank como o Commerzbank caem, com perdas respetivas de 2,58% e de 2,65%, após o Goldman Sachs ter revisto em baixa as suas expectativas para a valorização das duas instituições financeiras em bolsa. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,23% enquanto o espanhol IBEX 35 cede 0,55% e o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,75%. O neerlandês AEX avança 0,07% e o britânico FTSE 100 acelera 0,19%.

27.08.2025

Juros continuam a aliviar na Zona Euro após disparo no início da semana

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, num movimento de correção das grandes movimentações registadas no início da semana - quando a crise política em França fez o cupão das obrigações europeias disparar. O dia vai ser marcado pelo retorno da Alemanha ao mercado da dívida, com a maior economia do Velho Continente a procurar financiar-se em 4 mil milhões de euros a 7 sete anos. 

Neste contexto, os juros das "Bunds" germânicas a dez anos, que servem de referência para a região, recuam 1,7 pontos base para 2,704%, enquanto o cupão das obrigações francesas com a mesma maturidade caem 0,8 pontos base para 3,488%. O "spread" entre as duas dívidas encontra-se agora nos 78,4 pontos base - um dos valores mais elevados desde março deste ano, mês em que o prémio de risco atingiu máximos desde a crise financeira. 

Nos países da Europa do sul, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos aliviam em um ponto base para 3,133%, enquanto as espanholas cedem 1,3 pontos para 3,306%. Na Itália, os juros da dívida do país com a mesma maturidade recuam 0,9 pontos para 3,545%. 

Fora da Zona Euro, a tendência de alívio mantém-se com o cupão das "Gilts" britânicas a registar um decréscimo de 1,6 pontos base para 4,723%.

27.08.2025

Moeda chinesa atinge máximos de novembro. Euro em queda

O yuan "onshore" atingiu máximos de novembro face ao dólar esta quarta-feira, numa altura em que a divisa norte-americana mostra sinais de fragilidade (apesar de até estar a recuperar nesta sessão) e o mercado acionista do país revela-se bastante resiliente face ao contexto internacional. Por sua vez, o euro regista as maiores perdas em relação à "nota verde" entre os pares europeus, com a crise política em França a diminuir a confiança dos investidores na moeda única europeia. 

A moeda chinesa chegou a avançar 0,1% esta madrugada para 7,1447 dólares, o valor mais elevado desde novembro, elevando o saldo anual da divisa para 2%. Os analistas estão a justificar este bom momento do yuan com as expectativas de um "rally" sustentável nos mercados chineses, com novos dados a apontarem para uma redução nas quedas dos lucros das empresas do país.

“Nas últimas semanas, também temos observado uma grande entrada de capital estrangeiro na China”, afirma Christopher Wong, estratega cambial da Oversea-Chinese Banking, à Bloomberg. “Estes fatores e a iminente retomada dos cortes nas taxas de juros pela Reserva Federal (Fed) devem continuar a ser um bom presságio para o yuan", adicionou ainda. 

Por sua vez, o euro desvaloriza 0,41% para 1,1594 dólares, tendo chegado a atingir o nível mais baixo desde inícios de agosto. A moeda única está a ser pressionada pela iminente queda do Governo em França, depois do primeiro ministro do país ter apresentado uma moção de confiança que vai a votos já a 8 de setembro - e que, segundo a aritmética parlamentar, deve levar ao fim do Executivo, lançando a nação para uma nova crise política. 

Mesmo assim, as perdas do euro estão a ser limitadas pela erosão da confiança na independência da Fed e das instituições norte-americanas, após nova investida de Donald Trump contra o banco central. A tentativa de despedir uma governadora da autoridade monetária é só o mais recente desenvolvimento que mostra que a Fed está a "tornar-se cada vez mais politizada", afirmou Neil Wilson, estratega de investimentos do Saxo Bank, à Reuters. 

27.08.2025

Ouro corrige de ganhos com dólar a mostrar mais força

ouro

O ouro está a perder terreno esta quarta-feira, pressionado pela recuperação do dólar, embora as investidas de Donald Trump contra o banco central norte-americano estejam a limitar as perdas do metal precioso. Na terça-feira, o Presidente dos EUA decidiu "despedir" Lisa Cook, uma governadora da Reserva Federal (Fed), lançando o pânico nos mercados e afastando os investidores das ações de risco. 

Em resposta, a economista decidiu não acatar as ordens de Trump, que, diz, "não tem autoridade" para se intrometer no banco central, numa altura em que o republicano tem pressionado incessantemente a Fed a cortar nas taxas de juro. A decisão de Cook acabou por acalmar, de certa forma, os ânimos, limitando as perdas do dólar e, por conseguinte, os ganhos do ouro, cuja compra se torna mais apetecível para os mercados internacionais neste contexto. 

A esta hora, o metal amarelo recua 0,47% para 3.377,79 dólares por onça. "Os especuladores de curto prazo estão a proceder com a retirada de mais-valias neste momento. No entanto, o ouro continua estável, especialmente agora que começamos a ver uma postura muito mais 'dovish' por parte da Fed», explica Kelvin Wong, analista sénior de mercados da OANDA, à Reuters. Wong acredita que, no curto prazo, a matéria-prima vai aproximar-se ainda mais de máximos históricos.

O mercado de "swaps" está a apontar para uma probabilidade de 87% do banco central norte-americano cortar as taxas de juro em 25 pontos base já na próxima reunião de setembro. Estas certezas têm, no entanto, de passar o teste da inflação, com o indicador favorito da Fed para medir a evolução dos preços a ser divulgado na sexta-feira. 

27.08.2025

Petróleo continua em queda depois de ter desvalorizado 2% na sessão anterior

petroleo combustiveis

Com a , o barril de petróleo está a negociar com perdas ligeiras esta quarta-feira. O movimento de Washington surge numa altura em que e procura castigar os aliados de Moscovo para aumentar a pressão sobre Vladimir Putin. A Índia tem ignorado as sanções internacionais ao país e apostado na compra de crude russo - algo que o Presidente norte-americano quer mudar, mas sem grande sucesso até agora. 

"Não há nenhuma diretiva do governo indiano para suspender as compras de petróleo russo e não faz muito sentido que as refinarias indianas tomem decisões individuais para reduzir as compras, uma vez que não há nenhuma indicação clara de que isso ajudaria Nova Deli nas negociações", afirmou Vandana Hari, fundadora da empresa de análise de mercados Vanda Insights, à Bloomberg. 

Neste contexto, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,30% para os 63,06 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,27% para os 67,04 dólares por barril. As desvalorizações desta quarta-feira seguem-se a uma sessão que já foi bastante negativa para a matéria-prima, com o Brent a cair mais de 2% na terça-feira. 

Só este ano, o "benchmark" de referência para a Europa já caiu 10%, pressionado pela guerra comercial começada pelos EUA contra os seus parceiros e que está a alimentar receios de uma desaceleração acentuada do consumo mundial desta matéria-prima. O cenário só tem sido agravado pela introdução de mais petróleo no mercado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), com o "cartel" determinado a reconquistar quota de mercado, mas a contribuir para um excedente que se avizinha recorde no próximo ano. 

27.08.2025

Ásia dividida e Europa em recuperação antes dos resultados da Nvidia

Após um dia de grande agitação nos mercados, com a iminente crise política em França e a investida de Donald Trump contra o banco central norte-americano a centrarem atenções, os principais índices asiáticos encerraram a sessão desta quarta-feira divididos entre ganhos e perdas. Isto apesar de as ações tecnológicas terem acelerado, com os investidores a ajustarem as carteiras antes da divulgação dos resultados da Nvidia – a empresa com maior capitalização de mercado do mundo –, que vão servir de teste à vitalidade do "rally" das ações ligadas à inteligência artificial. 

"Os resultados da Nvidia já transcendem a empresa, tornando-se num barómetro da atividade macroeconómica, um talismã para a negociação de [ações ligadas à] inteligência artificial e um ponto de pressão crítico para a geopolítica global", escreveu Kyle Rodda, analista de mercados da Capital.com, à Bloomberg. As contas da fabricante de semicondutores vão ser dissecadas pelos investidores, que, além de pistas sobre o estado do setor, vão estar ainda à procura de saber como a rivalidade entre os EUA e a China está a limitar o crescimento da empresa.

Neste contexto, os chineses Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite encerraram a sessão em território negativo, com perdas substanciais de 1,25% e 1,06%, respetivamente. No entanto, e com o setor tecnológico em foco, a fabricante de "chips" Cambricon Technologies disparou 7,43% em bolsa, depois de ter registado lucros recorde no primeiro semestre do ano, refletindo uma onda crescente de uso doméstico de semicondutores por parte das empresas - incentivado por Pequim. 

Pelo Japão, o Topix e o Nikkei 225 conseguiram terminar a negociação em alta ligeira, com ganhos de 0,01% e 0,37%, respetivamente. A fabricante de câmaras fotográficas Nikon saltou mais de 20% em bolsa para 1.746 ienes por ação, isto depois de ter sido noticiado que a EssilorLuxottica está a considerar aumentar a sua participação na empresa. 

Nas restantes praças asiáticas, a tendência também foi mista, com o S&P/ASX 200 a acelerar 0,20% e o sul-coreano Kospi a ceder 0,17%. Pela Europa, avizinha-se uma sessão de ligeira recuperação, depois de a crise política em França ter afastado os investidores dos ativos do país - numa sessão que foi marcada por grande aversão ao risco. 

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