Petróleo negoceia estável. Investidores fazem contas ao excedente para 2026
Acompanhe, ao minuto, a evolução dos mercados nesta terça-feira.
Petróleo estabiliza após pior sessão em três semanas. Previsões para 2026 em foco
Os preços do petróleo estão a negociar sem grandes movimentações esta terça-feira, embora pendam para território negativo, depois de terem registado a maior queda em três semanas na sessão anterior. Os mercados continuam de "olhos postos" nas negociações para a paz na Ucrânia, que podem vir a levantar as sanções enfrentadas pelo crude russo, numa altura em que o final do ano se aproxima e os investidores fazem contas a um provável excedente da matéria-prima a nível global.
A esta hora, o WTI - de referência para os EUA – cai 0,15% para 58,81 dólares por barril, enquanto o Brent – de referência para o continente europeu – negoceia praticamente inalterado, com perdas de 0,05% para os 62,44 dólares por barril. Os dois contratos arrancaram a semana com perdas avultadas, tendo ambos desvalorizado mais de 2% na segunda-feira.
Com um excedente à vista, os investidores vão estar atentos ao relatório da EIA - Energy Information Administration, o gabinete da Administração norte-americana de estatísticas de energia, divulgado esta terça-feira e que contém as previsões a curto prazo para os preços do crude. Ainda em foco estarão os relatórios Agência Internacional de Energia e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que vão ser lançados esta quarta-feira e vão permitir antecipar com mais clareza a procura pela matéria-prima em 2026.
"O excedente no mercado petrolífero deverá crescer em 2026", com a oferta a exceder a procura em mais de dois milhões de barris por dia, prevê Warren Patterson, diretor de estratégia de "commodities" do ING Groep, à Bloomberg. "Prevemos que o Brent negociará em torno dos 57 dólares por barril ao longo do ano, com a principal premissa de que o fluxo de petróleo russo continuará inalterado, apesar das sanções dos EUA", acrescenta.
Ásia tropeça com política monetária em foco. Europa aponta para ganhos
As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta segunda-feira maioritariamente em baixa, com o nervosismo dos investidores a fazer-se sentir em antecipação de mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana. É esperado um corte de 25 pontos-base nas taxas de juro esta quarta-feira, mas o cenário complica-se para 2026, com os mercados bastante divididos em relação aos próximos passos do banco central.
"Os investidores estão a retirar as fichas da mesa, à espera da decisão da Fed", explica Frederic Neumann, economista-chefe do banco HSBC, à Bloomberg. "Com a incerteza persistente sobre o caminho do banco central em 2026, os investidores vão analisar as projeções do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) com especial atenção", acrescenta.
Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,3% e o Shanghai Composite cedeu 0,4%. As perdas dos dois índices acabaram por adensar-se após Donald Trump, Presidente dos EUA, ter afirmado que a Nvidia vai voltar a poder exportar os "chips" H200 - os segundos mais potentes do seu reportório - para o país asiático. No entanto, e como contrapartida, Washington vai receber uma tarifa de 25% sobre as receitas.
Já pelo Japão, o Topix conseguiu terminar à tona, embora com ganhos pouco expressivos de 0,02%, enquanto o Nikkei 225 acelerou 0,14% - numa sessão marcada por grande volatilidade. O setor tecnológico deu força aos índices nipónicos para contrariar a tendência do continente, com a Konica Minolta e a Disco Corp a acelerarem cerca de 5% e a registarem os melhores desempenhos entre as mais de duas centenas de cotadas que compõe o seleto Nikkei 225.
Entre as restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi caiu 0,27%, enquanto o indiano Nifty 50 cede, a esta hora, cerca de 0,3%. Já pela Austrália, o S&P/ASX 200 deslizou 0,45%, depois de o banco central do país ter decidido manter as taxas de juro inalteradas nos 3,6% e ter adotado uma narrativa mais agressiva para o futuro, ao afirmar que "vai ser preciso mais tempo para avaliar a persistência das pressões inflacionárias".
Na Europa, antecipa-se uma sessão de ligeiros ganhos, com os futuros do Euro Stoxx 50 a acelerarem 0,1%, após uma sessão turbulenta, marcada pelas declarações do membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel, que mostra-se "confortável" com as expectativas do mercado de que a próxima decisão de mexer nos juros diretores seja para os aumentar.
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