Galp tomba quase 15% e coloca PSI no vermelho
Os investidores reagiram negativamente ao negócio da Galp, que vendeu parte da participação no projeto de Mopane, num dia misto a nível europeu. PSI registou o pior desempenho entre as principais praças europeias.
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A bolsa de Lisboa fechou em baixa de mais de 1% esta terça-feira, numa sessão dividida a nível europeu, fortemente pressionada pela derrocada da Galp Energia, que perdeu cerca de 15%.
O índice de referência nacional, o PSI, desceu 1,33% para 8.909,50 pontos, com nove dos seus 16 títulos no vermelho – o pior desempenho a nível europeu.
A Galp liderou as quedas a larga distância, depois de ter anunciado a venda de 40% no projeto petrolífero de Mopane, na Namíbia, à francesa Total Energies. A petrolífera portuguesa cedeu 14,68% para 14,79 euros, perdendo cerca de 1,8 mil milhões em capitalização bolsista na sessão.
A petrolífera foi ainda pressionada por um corte de recomendação pelo Citi, de comprar para neutral, com um preço-alvo de 15 euros, levando a ação a mínimos de junho e à pior sessão desde março de 2020, quando eclodiu a pandemia de Covid-19.
As cotadas do setor do papel também pressionaram o PSI, mas com quedas bastante menos expressivas. A Altri recuou 2,24% para 4,37 euros, enquanto a Semapa perdeu 1,52% para 4,37 euros. Já a Navigator perdeu 0,46% para 3,036 euros.
Ainda no capítulo das perdas, destaque para a construção. A Teixeira Duarte recuou 2,06% para 0,664 euros, enquanto a Mota-Engil perdeu 0,85% para 4,68 euros.
Do lado dos ganhos, destaque para os pesos pesados BCP e EDP Renováveis, que lideraram a tabela verde. O banco subiu 1,72% para 0,8624 euros e a elétrica ganhou 0,59% para 11,92 euros.
O retalho também impediu quedas maiores para o índice. A Jerónimo Martins subiu 0,25% para 20,02 euros, enquanto a Sonae ganhou 1,28% para 1,586 euros.
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