Mercado põe as fichas em Biden e ações dão maior salto desde junho
Acompanhe aqui o dia dos mercados.
- Bolsas mostram vigor de olho nas eleições dos Estados Unidos
- OPEP não consegue segurar petróleo
- Euro avança pela primeira sessão em sete
- Juros de Portugal corrigem de mínimos
- Bolsas europeias mantêm otimismo à beira das eleições
- Ouro vacila com otimismo das eleições
- Wall Street em alta no ensaio para as eleições
- Juro das obrigações portuguesas a 30 anos cai para mínimo histórico
- Ouro volta a cotar acima dos 1.900 dólares
- Petróleo avança em dia de eleições nos EUA
- Euro recupera terreno perdido em seis sessões
- Bolsas europeias descontam vitória de Biden e sobem mais de 2%
As bolsas asiáticas mostraram fortes subidas, na mesma tendência que é agora apresentada pelos futuros norte-americanos e europeus, mostrando um otimismo generalizado no dia das eleições para o próximo presidente dos Estados Unidos.
O Compósito de Xangai subiu 1,2%, o sul-coreano Kospi avançou 1,7%, o australiano S&P/AASX 200 ganhou 1,9% e o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 2,2%. Do outro lado do Pacífico os futuros marcam uma subida de 1,2% e, saltando também o Atlântico, chega-se à Europa e a uma valorização de 1% do Euro Stoxx 50.
As sondagens continuam a mostrar Joe Biden como o candidato vencedor nas eleições norte-americanas, apesar de os Estados mais disputados continuarem renhidos. Os investidores consideram ainda a possibilidade de o resultado ser contestado, o que poria em dúvida, durante mais tempo, quem será o verdadeiro vencedor.
"A incerteza deverá manter-se até quarta-feira de manhã, quando deveremos ter clareza em quem fica com a presidência e o Senado, assumindo, e isto é um grande se, que as sondagens estão corretas", escreve o Nordea Investment Funds numa nota, citada pela Bloomberg. Na Prudential Financial, levantam a questão: "Estará o mercado agora a olhar para uma vitória de Biden? E ficará desapontado se não a tivermos?".

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, desce 0,36% para os 38,84 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, cai 0,22% para os 36,73 dólares.
A matéria-prima chegou a exibir subidas depois de a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter sinalizado que irá adiar o alívio nos cortes à produção. Contudo, as valorizações foram sol de pouca dura, e a matéria-prima já voltou à trajetória descendente.
O "ouro negro" tem vindo a ser pressionado por um decréscimo da procura, decorrente das resrições impostas para controlar a pandemia de covid.19, assim como um crescendo da produção da Líbia, que quer retomar a produção à medida que se ergue do recém-resolvido conflito armado de que foi palco. Esta segunda-feira, as quebras nas cotações chegaram mesmo a ser de 6% em Nova Iorque.
A moeda europeia está ganhar parte do terreno perdido face à divisa norte-americana nas últimas seis sessões, aproveitando a incerteza relacionada com o desfecho das eleições desta terça-feira nos Estados Unidos.
O euro valoriza 0,35% para 1,1682 dólares e o índice que mede a evolução da divisa norte-americana face às principais divisas mundiais segue a descer 0,1%.
Segundo o Saxo Bank, o desfecho mais positivo para o dólar seria a vitória do candidato democrata Joe Biden mas sem controlo do Senado, disse o Saxo Bank. "A maioria republicana iria impedir uma enorme quantidade de estímulo de ser aprovado, tendo em conta as expectativas, e iria reduzir a narrativa reflacionista por algum tempo", disse o estratega cambial do Saxo Bank John Hardy, citado pela Dow Jones.
Os investidores estão a realizar mais mais-valias nas obrigações numa sessão positiva para os mercados acionistas devido à menor probabilidade de impasse nas eleições nos Estados Unidos, uma vez que o democrata Joe Biden surge com uma vantagem considerável nas sondagens.
A "yield" das obrigações portuguesas a 10 anos sobe 1,4 pontos base para 0,101%, depois de ontem ter tocado em mínimos de agosto de 2019. Na dívida espanhola a taxa dos títulos com a mesma maturidade sobe 1,5 pontos base para 0,132% e nas bunds a "yield" avança 1,7 pontos base para -0,625%.
As praças europeias prolongam o sentimento positivo que é comum aos mercados mundiais desde o início da semana.
O Stoxx 600, que é o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 1,37% para os 352,65 pontos, numa tendência semelhantes às restantes praças. Madrid, Frankfurt, Paris e Londres somam todas mais de 1%. Lisboa e Amesterdão ficam depois abaixo.
Os investidores mostram-se otimistas no dia em que se realizam as eleições presidenciais norte-americanas, sendo que o democrata Joe Biden segue com vantagem.
No mundo empresarial, o BNP Paribas avança mais de 5% depois de se ter juntado ao grupo de bancos que divulgou provisões para combater o malparado abaixo do esperado. O setor bancário segue com os maiores ganhos entre as cotadas que compõem o Stoxx600.
O metal amarelo está a cair 0,02% para os 1.895,15 dólares por onça numa altura em que os mercados se mostram confiantes face ao evento das eleições presidenciais norte-americanas, que se desenrolam hoje.
O apetite ao risco está a retirar as atenções do ouro, conhecido ativo refúgio. Ainda assim, a quebra é ligeira, dada a incerteza que envolve o processo eleitoral. Apesar de Biden ser para já o preferido, a memória das últimas eleições, nas quais a vitória de Trump surpreendeu, deixa espaço a dúvidas.
Com o aproximar do momento em que se vai saber o candidato vencedor nas presidenciais dos Estados Unidos, Wall Street segue confiante no verde.
O generalista S&P500 soma 1% para 3.344,18 pontos, o industrial Dow Jones avança 1,22% para os 27.253,84 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,73% para os 11.034,71 pontos.
Os investidores parecem estar a redirecionar os seus investimentos para setores que poderão beneficiar dos estímulos, como a energia e a indústria, em oposição às empresas que beneficiam da situação de trabalho remoto e confinamento. A Amazon desce 0,63% para os 2.985,01 dólares, enquanto a Caterpillar avança 0,39% para os 163,94 dólares.
Apesar das subidas, "os investidores estão um pouco trémulos", considera a Allianz Investment Management, em declarações à Bloomberg. Segundo esta casa de investimento, os mercados estão bem lembrados dos efeitos que a pandemia ainda pode ter nas ações. O índice de volatilidade da Chicago Board Options Exchange, que mede os receios dos investidores, está em níveis elevados.
O democrata Joe Biden posiciona-se à frente nas sondagens, mas ainda há Estados que levantam dúvidas sobre o seu sentido de voto e que podem baralhar as contas. Na frente do coronavírus, houve umm abrandamento geral durante o fim de semana em território norte-americano, mas ainda há Estados a bater recordes de infeções.

Numa sessão marcada pela maior aposta dos ativos de risco com os investidores a reforçarem a expectativa que o vencedor das eleições dos Estados Unidos vão ter um vencedor esta noite, as obrigações dos países periféricos também beneficiam deste movimento.
Enquanto as bolsas europeias marcam ganhos em torno de 2%, as taxas de juro das obrigações portuguesas estão a cair para mínimos históricos no prazo a 30 anos e muito perto disso na maturidade de referência a 10 anos.
A taxa genérica das Obrigações do Tesouro com maturidade mais longa cede 1,6 pontos base para 0,775%, o que representa o valor mais baixo de sempre. No prazo a 10 anos a "yield" cede 1,5 pontos para 0,073%, muito perto do mínimo histórico de 0,055% que foi atingido a 16 de agosto do ano passado.
Na dívida de outros periféricos europeus o movimento é semelhante, com a taxa das obrigações espanholas a 10 anos a ceder 1,2 pontos base para 0,106%.
Já na dívida de referência europeia a tendência é inversa, com as bunds a serem penalizadas por este movimento de fuga para os ativos de maior risco. A taxa das obrigações alemãs sobe 1,6 pontos base para -0,624%, pelo que o risco da dívida portuguesa está hoje a estreitar-se para cerca de 70 pontos base.
A incerteza sobre os resultados das eleições dos EUA é o cenário que mais atemoriza os mercados, mas as últimas sondagens apontam para um vitória de Joe Biden. Daí que a sessão esteja a ser marcada por um movimento para os ativos de maior risco, como é o caso das ações, matérias-primas e obrigações de países mais arriscados.
A dívida europeia tem beneficiado sobretudo com a atuação do Banco Central Europeu, que já prometeu o reforço das medidas de estímulo na reunião agendada para dezembro.

O preço do ouro segue em alta esta terça-feira, dia marcado pelas eleições presidenciais nos EUA.
O metal amarelo avança 0,64%, para os 1.907,60 dólares por onça nos contratos a pronto (spot) no mercado londrino, beneficiando da desvalorização da moeda norte-americana, sob pressão devido às eleições.
Os restantes metais preciosos e de uso industrial também seguem em alta, com a prata a ganhar 1,09% nos contratos para dezembro, cotando nos 24,30 dólares por onça. A maior subida pertence à platina, que sobe 1,80% nos contratos a pronto (spot), para os 877,83 dólares por onça.
Já o cobre ganha 1,78%, para os 6.814,48 dólares por tonelada.

Os preços do petróleo prosseguem esta terça-feira o rally da véspera, quando ganharam cerca de 3%.
Em dia de eleições presidenciais nos Estados Unidos, o crude avança acima de 1%. "Este salto nos preços tem todas as marcas de uma cobertura massiva, lógica e até inevitável das posições curtas antes das eleições presidenciais dos EUA" refere Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM, em declarações à Reuters.
O barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em dezembro sobe 1,96%, para os 37,53 dólares.
Já os contratos de janeiro do Brent, petróleo do Mar do Norte de referência para o mercado europeu, avançam 1,51%, cotando nos 39,56 dólares por barril.

O euro também está a beneficiar com a tendência negativa dos ativos mais defensivos, aproveitando o apetite pela risco para recuperar parte do terreno perdido ao longo das últimas seis sessões em que fechou sempre no vermelho. A moeda europeia soma 0,76% para 1,1729 dólares, numa sessão em que o índice do dólar cede 0,5%, o que representa uma variação pouco habitual na moeda norte-americana contra o cabaz das divisas mais relevantes do mundo.
"O mercado está um pouco estreito e os investidores não querem deixar posições em aberto durante a noite, o que justifica as variações mais acentuadas do que o habitual", comentou Steven Barrow, especialista de mercado cambial do Standard Bank.
Segundo a Bloomberg, depois da incerteza das últimas semanas, o mercado está agora confiante de que haverá um resultado claro após a votação, e que o democrata Joe Biden ocupará o lugar de Donald Trump na Casa Branca.
As bolsas europeias viveram esta terça-feira o seu melhor dia dos últimos cinco meses, apoiadas no otimismo dos investidores em relação às eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Depois de várias semanas de especulação de que o resultado poderia ser contestado e levar a um período alargado de incerteza quanto à próxima liderança dos Estados Unidos, o mercado está agora confiante de que haverá um resultado decisivo, e que será o democrata Joe Biden o próximo chefe da Casa Branca.
"É um reflexo da crença do mercado de que não haverá muita incerteza após o dia das eleições", disse Matt Stucky, gestor de investimentos da Northwestern Mutual Wealth Management, em declarações à Bloomberg.
"O pior resultado para o dia das eleições é realmente um cenário incerto quanto ao vencedor".
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, subiu 2,34% para 356,01 pontos, a maior valorização desde 16 de junho.
O índice foi impulsionado sobretudo pela valorização de mais de 4% da banca, depois de o BNP Paribas se ter juntado aos pares europeus e ter apresentado provisões para o malparado inferiores ao esperado.
A par da banca, também o setor automóvel contribui para os ganhos, com um avanço de 3,5%.
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