Notícia
Europa resiste à perspetiva de subida de juros diretores. Juros aliviam e petróleo cede
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
- 4
- ...
Europa resiste à perspetiva de subida de juros diretores
Os principais índices europeus terminaram o dia maioritariamente com ganhos, com os investidores a avaliarem as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que reiterou esta tarde, na Câmara dos Representantes, que a taxa de juro final da Fed será provavelmente mais elevada do que o esperado.
Ainda assim, Powell fez questão de deixar claro que ainda nada está decidido para a reunião de março, numa altura em que o mercado espera um aumento em 50 pontos base.
O índice de referência Stoxx 600 avançou 0,08% para 460,99 pontos, com o setor mineiro e tecnológico a registarem os maiores ganhos.
Entre os principais movimentos de mercado, a marca de pneus Continental subiu 7,62%, depois de ter revelado que espera melhores resultados este ano, devido a uma "sustentada recuperação de mercado".
Já a empresa francesa de ingredientes farmacêuticos EuroAPI tombou 22%, depois de o "guidance" para 2023 ter sido abaixo do esperado, segundo a casa de investimento Oddo BHF.
Nas principais praças europeias, o madrileno IBEX 35 ganhou 0,58%, o DAX subiu 0,46% em Frankfurt e o parisiense CAC-40 recuou 0,2%. Por sua vez, o londrino FTSE 100 avançou 0,13% e o milanês FTSEMIB valorizou 0,54%. Já em Amesterdão, o AEX ganhou 0,24%.
Petróleo continua a recuar com perspetiva de novas subidas de juros nos EUA
Os preços do "ouro negro" prosseguem hoje com a tendência de queda, pressionados pela perspetiva de uma continuação da subida dos juros diretores nos EUA – e até talvez um endurecimento no ritmo desses aumentos, depois de o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, ter hoje reiterado na Câmara dos Representantes o que disse ontem no Senado: que está tudo em aberto e que a Fed mantém o foco na redução da inflação.
Depois destas declarações, os investidores a "apostar" que a Fed irá subir as taxas de juro em 50 pontos base na reunião de 21 e 22 deste mês – se bem que Powell tenha dito hoje que ainda não está tomada qualquer decisão relativamente à dimensão da subida dos juros diretores.
O aumento dos juros diretores nos EUA tem dado força ao dólar e tem retirado alguma atratividade ao crude como investimento para quem negoceia com outras moedas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 1,65% para 76,30 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,32% para 82,19 dólares.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar, numa altura em que os investidores continuam a apostar em ativos mais seguros - como as obrigações. Contudo, o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, esta quarta-feira, na Câmara dos Representantes, está a ser visto como mais moderado, com as bolsas - tanto na Europa, como nos Estados Unidos - a negociarem mistas.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - alivia 5,3 pontos base para 2,632%, enquanto os juros da dívida italiana cedem 11,1 pontos base para 4,405%.
Os juros da dívida pública francesa perdem 5,6 pontos base para 3,127%, os juros da dívida espanhola descem 7 pontos base para 3,646% e os juros da dívida portuguesa recuam 7,7 pontos base para 3,479%.
Fora da região, os juros da dívida britânica perdem 7,2 pontos base para 3,745%.
Euro na linha de água com Powell mais moderado
O euro segue a negociar na linha d'água face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,04% para 1,0553 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da moeda face a dez rivais, cede 0,04% para 105.573 pontos.
A moeda norte-americana viu um travão nos ganhos, depois de na terça-feira ter valorizado mais de 1% à boleia do discurso mais duro do presidente da Fed, Jerome Powell. Contudo, esta quarta-feira, o responsável pela autoridade monetária salientou que não há ainda uma decisão tomada sobre os próximos passos em termos de política monetária, apresentando um discurso aparentemente mais moderado.
A subida dos juros diretores nos EUA tem sido um fator de sustentação do dólar.
Ouro recupera com investidores atentos a Powell
O ouro segue a valorizar, numa altura em que os investidores seguem atentamente o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Depois de ontem ter dito que a autoridade monetária não hesitaria em acelerar o ritmo das subidas das taxas de juro - o que colocou o dólar a subir e o ouro a desvalorizar -, o responsável pela Fed assinalou hoje que não foi ainda tomada qualquer decisão final.
O metal amarelo sobe 0,43% para 1.821,16 dólares por onça, o paládio cresce 1,43% para 1.410,11 dólares e a platina soma 1,56% para 949,75 dólares. A prata, por sua vez, valoriza 0,53% para 20,18 dólares.
Na terça-feira, os mercados apressaram-se a apostar que a próxima subida das taxas de juro seria de 50 pontos base, havendo mesmo quem equacionasse um aumento de 75 pontos base.
Wall Street levanta-se depois de perder mais de 1% e atenta a Powell
Wall Street arrancou a sessão com ganhos ligeiros depois de encerrar a sessão de terça-feira a perder mais de 1%.
Os investidores estão a digerir os mais recentes os dados relativos ao mercado do trabalho nos EUA e aguardam o testemunho do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana na Câmara dos Representantes, depois de o líder do banco central ter prestado declarações ao Senado.
O industrial Dow Jones sobe 0,10% para 32.89,26 pontos enquanto o S&P 500 soma 0,12% para 3.990,98 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,15% para 11.548,10 pontos.
As empresas norte-americanas conseguiram criar mais 242 mil postos de trabalho em fevereiro, depois dos 119 mil contabilizados em janeiro, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo ADP Research Institute em parceira com a Stanford Digital Economy Lab.
Este número fica ainda bastante acima dos 200 mil estimados pelos economistas sondados pela Bloomberg.
Além dos números do emprego e do crédito à habitação, os investidores estarão atentos às palavras de Powell na câmara baixa do Congresso dos EUA.
Esta terça-feira, diante dos senadores, o presidente da Fed admitiu a possibilidade de taxa de juro de referência da Fed ficar mais elevada do que a anterior estimativa para o seu pico. Estas palavras levaram Wall Street a terminar o dia a perder mais de 1%.
Taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses renovam máximos desde dezembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses para novos máximos desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,944%, mais 0,036 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também avançou hoje, para 3,451%, mais 0,033 pontos do que na terça-feira e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,944%, mais 0,024 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa arranca mista. Ações da Adidas caem pressionadas pelo "guidance" para este ano
A Europa começou o dia mista, depois da queda desta terça-feira, após o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, ter reconhecido no Senado norte-americano que o pico das taxas de juro poderá ficar acima do esperado.
Esta quarta-feira, a história pode repetir-se, estando agendado um novo testemunho, mas na câmara dos representantes, a câmara baixa do Congresso norte-americano.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco europeu – cai 0,19% para 459,72 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, produtos químicos, imobiliários e viagens e lazer comandam as perdas.
Nas principais praças europeias, Frankfurt negoceia na linha d'água (0,02%) enquanto Madrid avança ligeiramente (0,08%) e Milão ganha 0,10%. Já Paris desliza 0,25%, enquanto Londres cai 0,29%. Lisboa acompanha a tendência e desvaloriza 0,19%.
Os investidores estão atentos às ações da Adidas, as quais caem 1,72% pressionadas pelo fraco "guidance" para este ano. Em sentido totalmente inverso, a Continental cresce 3,55% impulsionada pelas boas perspetivas para 2023.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das principais dívidas da Zona Euro agravam-se, numa altura em que decorrem os testemunhos do presidente da Fed, Jerome Powell, no Congresso norte-americano.
Depois da intervenção do líder do banco central no Senado dos EUA esta terça-feira, o mercado monetário incorporou, pela primeira vez, um aumento de 150 pontos base das taxas de juro na Zona Euro até ao final de julho.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava 1,3 pontos base para 2,698%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana com a mesma maturidade ganham também 1,3 pontos base, mas para 4,529%.
Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos agravam 1,2 pontos base para 3,568%.
A "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade soma 1,2 pontos base para 3,568%.
Powell atira euro para perto do nível mais baixo alcançado este ano
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais - sobe 0,10% para 105,716 pontos, depois de esta terça-feira ter arrecadado mais de 1% depois do discurso "hawkish" do presidente da Fed, Jerome Powell, no senado norte-americano.
Esta quarta-feira, os investidores vão estar atentos ao regresso do líder da autoridade monetária ao Congresso, mas desta vez para testemunhar diante da câmara dos representantes, onde poderá dar ainda mais sinais sobre o futuro da política monetária nos EUA.
Já o euro amplia as perdas da última sessão, estando a desvalorizar 0,11% para 1,0537 dólares, perto do nível mais baixo alcançado desde o início do ano (1,0522 dólares a 5 de janeiro).
Ouro na linha d'água dividido entre China e Powell
O ouro negoceia na linha d'água (0,03%) para 1.814,08 dólares por onça, depois de esta terça-feira ter alcançado mínimos de uma semana, devido ao facto de o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, ter dito no senado dos EUA que o pico das taxas de juro poderia ficar acima do esperado.
As palavras de Powell fizeram aumentar a procura pelo dólar e pelo mercado de dívida, o que penalizou o ouro, que não remunera juros e que, uma vez denominado na nota verde, se torna menos atrativo com a subida do dólar, para quem negoceia com outras moedas.
A contrabalançar este efeito poderá estar o facto de a China ter aumentado as reservas de metal amarelo pelo quarto mês em fevereiro, juntando-se ao movimento de procura dinâmica pelo ouro que se assiste no mercado asiático.
OPEP pressiona petróleo. Descida das temperaturas e greves em França impulsionam gás
O petróleo dá continuidade às perdas da última sessão, quer no mercado londrino quer na negociação nova-iorquina. Além da intervenção "hawkish" do presidente da Fed, Jerome Powell, no senado norte-americano, o ouro negro está a ser pressionado pela visão pessimista do secretário-geral da OPEP, Haitham-Ghais.
O desequilíbrio entre procura e oferta parece começar a inverter-se para o lado dos compradores. Haitham-Ghais alertou, citado pela Bloomberg, que a desaceleração do consumo de petróleo por parte dos EUA e Europa é uma preocupação para o mercado, apesar de a Ásia estar a registar um crescimento "fenomenal" da procura.
Também o Citigroup já avisou que a procura continua em baixo, face à dimensão da oferta.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – cai 0,59% para 77,12 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desvaloriza 0,44% para 82,92 dólares por barril.
No mercado do gás, as greves em França e as previsões sobre a continuação das temperaturas frias na Europa estão a impulsionar os preços. A matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – ganha 2,3% para 44,37 euros por megawatt-hora.
Quatro terminais de gás natural liquefeito estão paralisados por greves em França, de acordo com um sindicato local. Três destas infraestruturas podem manter-se bloqueadas até à próxima assembleia de sindicalistas marcada para 14 de março, segundo a operadora de gás Elengy.
Efeito Powell faz Hong Kong derrapar mais de 2% e aponta Europa para o vermelho
A Europa deve arrancar a sessão no vermelho, uma cor que também marcou o fim do dia nas bolsas asiáticas, à exceção do Japão, depois do discurso "hawkish" do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, esta terça-feira no Senado norte-americano.
O presidente da Fed volta esta quarta-feira a tomar a palavra no Congresso dos EUA.
"Apesar de o comité ter baixado o ritmo dos aumentos das taxas de juro nas duas últimas reuniões, estamos preparados para subir novamente o ritmo se necessário", revelou Jerome Powell, acrescentando que espera que o pico da taxa diretora seja mais elevado do que se antecipava.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,2%.
Na Ásia, Hong Kong derrapou 2,2%, enquanto Xangai caiu 0,3%. Pela Coreia do Sul, o Kospi perdeu 1,28%. Já no Japão, o Topix valorizou 0,30% e o Nikkei somou 0,48%.
As ações asiáticas dos setores da mineração e energia foram especialmente penalizadas pelo efeito das palavras de Powell e ainda pela meta modesta de 5% colocada por Pequim para o crescimento económico chinês este ano.