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Europa no verde com tecnológicas a impulsionar. Petróleo soma e segue

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

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investidores, operadores, traders, bolsa, subida, euforia Timm Reichert/Reuters
27 de Maio de 2022 às 17:43
Washington rejeita retirar sanções para facilitar exportação de cereais

Washington rejeitou a proposta de Vladimir Putin de o Ocidente retirar parte das sanções em troca do Kremlin facilitar a exportação de cereais e fertilizantes, anunciou a assessora de imprensa da Casa Branca, Karine Jean Pierre.

 

"As sanções não impedem a exportação de produtos agrícolas ucranianos ou russos, nem impedem as transações necessária para essas exportações", justificou Karine Jean Pierre.

Casa Branca pode anunciar envio de mísseis de longo alcance para Kiev já na próxima semana

A administração Biden está a preparar-se para enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia. A CNN avança que este auxílio pode ser anunciado já na próxima semana.

 

Nas últimas semanas, o presidente Volodymyr Zelensky e seus pares pediram aos EUA e aos aliados que ajudassem Kiev com o fornecimento de um Sistema de Mísseis de Lançamento Múltiplo (na sigla inglesa MLRS). Estas ramas fabricadas pelos EUA tem o potencial de alcançar um alvo a centenas de quilómetros.

 

O assunto já foi discutido em duas reuniões na semana passada na Casa Branca, onde membros do gabinete do presidente Joe Biden levantaram questões sobre a possibilidade de Kiev passar a ter a capacidade de atingir alvos internos na Rússia, assim como a possibilidade de este envio desencadear um gesto de retaliação de Moscovo contra Washington.

 

Acredita-se que a Ucrânia já tenha realizado numerosos ataques dentro da Rússia em regiões perto das fronteiras, um rumor que as autoridades ucranianas não confirmam nem negam.

Europa à procura de tendência. Ásia fecha no verde
Europa à procura de tendência. Ásia fecha no verde

Os futuros sobre os principais índices europeus estão à procura de tendência depois de esta quinta-feira as bolsas europeias terem fechado no verde.

 

Na Ásia, a sessão encerrou no verde à boleia das tecnológicas. No Japão o Nikkei subiu 0,66% e o Topix cresceu 0,52%.

Na China, em Hong Kong, o tecnológico Hang Seng valorizou 1,98% enquanto Xangai terminou na linha de água (0,05%). Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,93%.  

Petróleo a caminho do quinto ganho semanal
Petróleo a caminho do quinto ganho semanal

O petróleo está a caminho de fechar uma quinta semana de ganhos, numa altura em que os EUA estão prestes a entrar na temporada de verão, marcada pelo consumo expressivo de combustível. A sessão desta sexta-feira está a reforçar a tendência.

 

O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, soma 0,21% para 113,85 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,17% para 117,20 dólar por barril.

 

Desde o início do ano, o petróleo já cresceu mais de 50% devido à disrupção da procura no contexto pós-pandemia e à guerra na Ucrânia. Por outro lado, os confinamentos na China para combater a covid-19 aliviaram em parte este mercado do lado da procura.

Ouro sobe. Euro ganha força contra o dólar
Ouro sobe. Euro ganha força contra o dólar

O ouro ainda pode fechar esta semana com ganhos à medida que o dólar recua. A contração do PIB norte-americano e o tom menos "hawkish" da Reserva Federal norte-americana (Fed) expresso nas minutas referentes à reunião de maio são os fatores que estão a impulsionar o metal amarelo.

 

O "rei" dos metais soma 0,41% para 1.858,19 dólares por onça. Paládio, platina e prata seguem esta tendência positiva.

 

A economia dos EUA contraiu a uma taxa homóloga negativa de 1,5% no primeiro trimestre segundo os dados divulgados pelo Governo esta quinta-feira. Os analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam uma ligeira revisão em alta para uma leitura negativa de 1,3%.

 

Por sua vez, os investidores estão a ser motivados pelo tom menos "falcão" presente nas atas da Reserva Federal norte-americana referentes à reunião de maio que apontam mesmo para a possibilidade de uma pausa na subida da taxa de juro de fundos federais, caso a inflação abrande.

 

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força do "green cash" com 10 divisas rivais – recua 0,17% para 101,65 pontos. Já o euro aproveita esta fraqueza e valoriza 0,22% para 1,0749 dólares.

Juros aliviam na Zona Euro
Juros aliviam na Zona Euro

Os juros estão a aliviar na Zona Euro, num dia marcado pela subida do ouro e em que os investidores estão virados para o mercado de risco.

 

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – desce 2 pontos base para 0,973%.

 

Pela Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,1 pontos base, mantendo-se, no entanto, acima da linha dos 2% alcançada no passado dia 29 de abril, mais concretamente em 2,072%.

 

Por sua vez, a yield das obrigações espanholas com a mesma maturidade desce 1 ponto base para 2,039%.

 

Os juros das obrigações italianas são os únicos que contrariam a tendência na região, estando a agravar 1 ponto base para 2,898%.

Stoxx 600 a caminho da melhor semana desde março. Lisboa lidera perdas numa Europa mista
Stoxx 600 a caminho da melhor semana desde março. Lisboa lidera perdas numa Europa mista

Os "dip buyers", investidores que compram ações baratas na esperança de vender os títulos mais caros mais tarde, dominaram o arranque de sessão colocando o Stoxx 600 em marcha até aquela que promete ser a melhor semana desde meados de março.

Pela Europa a tendência vivida nas principais praças é mista. O Stoxx 600 – benchmark para o bloco – valoriza 0,22% para 438,66 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, financeiras e consumo lideram os ganhos.

 

Os "dip buyers" regressaram em peso esta semana ao mercado europeu, vendo o seu sentimento reforçado por várias casas de investimento como o Citigroup que numa numa nota de "research" divulgada esta semana aconselhou os investidores a aplicarem dinheiro nos "saldos" europeus.

 

A sessão está ainda a ser contagiada pelo ânimo vivido na sessão asiática, depois de várias tecnológicas chinesas terem reportado vendas no primeiro trimestre mais elevado que as estimativas dos analistas. Por esta altura, o setor tecnológico europeu soma mais de 1%, mais concretamente 1,08%.

 

Nas restantes praças europeias a tendência é mista. O espanhol IBEX perde 0,13%, enquanto Londres e Milão desvalorizam cada uma 0,20%. Lisboa sofre a queda mais expressiva, estando a cair 0,23%. Por outro lado, Frankfurt valoriza 0,18%, Amesterdão soma 0,195 e Paris ganha 0,40%.

 

"Esta foi uma semana positiva, durante a qual os mercados começaram a dar sinais de estabilidade, à medida que as ações vão sendo reavaliadas", defende Nieves Benito, responsável pelo departamento de "research" do Santander Asset Management, em declarações à Bloomberg. "Existe mais certeza no mercado [face à volatilidade registada nas últimas semanas]. O mercado parece ter já incorporado no preço das ações as políticas monetárias restritivas dos bancos centrais, enquanto que a China começa também a demonstrar mais apoio à economia", acrescenta o analista.

Rússia paga pela primeira vez juro sem poder abrir torneira das reservas norte-americanas
Rússia paga pela primeira vez juro sem poder abrir torneira das reservas norte-americanas

A Rússia pode estar a caminho do primeiro incumprimento relativo à dívida externa desde a revolução "Bolchevique" em 1917. Moscovo tem de pagar esta sexta-feira cerca de 100 milhões de dólares em juros adstritos a duas linhas de obrigações. Caso não pague, o Kremlin goza ainda de um período de moratória de 30 dias.

Até agora a Rússia conseguiu sempre pagar o que devia aos investidores de dívida denominada em moeda estrangeira, no entanto o fim de uma licença especial concedida pelos EUA pode acabar com a fama de "boa pagadora".

 

Até há pouco tempo, apesar das sanções a Rússia tinha uma licença especial do Tesouro norte-americano para aceder às reservas em dólares nos EUA para pagar o que devia aos subscritores de dívida russa denominada em dólares, no entanto esta semana e em linha com o esperado, a secretária de Estado do Tesouro, Janet Yellen anunciou que esta licença não seria renovada, o que pode limitar a capacidade de pagamento de dívida externa de Moscovo.

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Alívio de receios de recessão dão gás a Wall Street
Alívio de receios de recessão dão gás a Wall Street

Os dados revelados esta sexta-feira mostrando resiliência na despesa dos consumidores norte-americanos e indícios de que a inflação terá atingido um pico aliviaram os receios dos investidores quanto a uma recessão na maior economia mundial.

Cerca de meia hora após a abertura, o Dow Jones ganhava 0,80%, para os 32.897,06 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 avançava 1,55%, para os 4.120,53 pontos.

Mas o maior brilho era mesmo nas tecnológicas, com o Nasdaq Composite a ganhar 2,26%, até aos 12.006,24 pontos.

Petróleo sobe pela quinta semana com aperto da oferta
Petróleo sobe pela quinta semana com aperto da oferta

Os preços do "ouro negro" continuam a negociar em alta, nesta sexta-feira, impulsionados pela perspetiva de um mercado mais apertado devido ao aumento do consumo de gasolina nos EUA durante o verão e também devido à possibilidade de um embargo da União Europeia ao petróleo russo.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,41% para 117,88 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,01% para 114,10 dólares por barril.

 

Os stocks norte-americanos de gasolina estão no nível mais baixo, para esta altura do ano, em quase uma década. Já as refinarias do país estão a operar ao ritmo mais elevado desde janeiro de 2020 – o que contribui para intensificar o aperto da oferta.

 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+) reúnem-se na próxima quinta-feira, 2 de junho, para definirem o plafond de produção de julho, mas as fontes ouvidas pela Reuters dizem que o plano delineado deve manter-se – ou seja, deverão entrar no mercado mais 432.000 barris de crude por dia no arranque do segundo semestre do ano.

 

As cotações do petróleo já sobem cerca de 50% no acumulado de 2022 e estão a caminho da quinta semana consecutiva de ganhos.

 

Os ministros do G7 já vieram hoje pedir à OPEP para agir de forma responsável e aliviar a crise energética global agravada pela invasão russa da Ucrânia. No entanto, mesmo que os membros da OPEP+ queiram abrir mais as suas torneiras, de momento poucos países têm capacidade disponível para o fazer devido ao desinvestimento feito durante a pandemia – e que demora a retomar (além de que os incentivos à energia verde são uma forte barreira a uma maior aposta nos combustíveis fósseis).

Juros aliviam na Zona Euro e nos EUA
Juros aliviam na Zona Euro e nos EUA

Os juros seguem a tendência do arranque da sessão e estão a aliviar de forma expressiva na Zona Euro e nos EUA, numa altura em que os dados macroeconómicos apontam para que a Reserva Federal não restrinja ainda mais a política monetária. 

 

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – desce 4,9 pontos base para 0,944%, mantendo-se assim abaixo da linha psicológica de 1% alcançada no passado dia 5 de maio.

 

Por sua vez os juros das obrigações italianas a dez anos  descem 2,6 pontos base para 2,862%, enquanto a yield da dívida francesa com a mesma maturidade alivia 5,2 pontos base para 1,458%

 

Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 5,3 pontos base, mantendo-se, no entanto, acima da linha dos 2% alcançada no passado dia 29 de abril, mais concretamente em 2,040%. Já yield das obrigações espanholas com a mesma maturidade desce 3,8 pontos base para 2,010%.

 

Do outro lado do Atlântico, os juros da dívida dos EUA  a dez anos aliviam 3,1 pontos base para 2,716%, depois de ser divulgado o índice de despesas do consumo privado.

O indicador preferido da Reserva Federal norte-americana (Fed),  como é conhecido nos EUA, subiu 6,3% em abril em termos homólogos, um abrandamento face aos 6,6% contabilizados em março, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento de Comércio dos EUA.

 

Ainda durante este mês, o consumo subiu 0,9% enquanto  a taxa de poupança caiu para 4,4%, o nível mais baixo em 14 anos, sugerindo que muitos norte-americanos estão a utilizar as poupanças para mitigarem os aumentos dos custos.

Estes dados dão assim um sinal ao mercado de que possivelmente a Fed não precisará de endurecer ainda mais a sua política monetária restritiva e ainda que a economia está resiliente, face ao medo do possível advento de uma recessão.

Ouro a caminho da segunda semana no verde
Ouro a caminho da segunda semana no verde

Depois de dois dias no vermelho, o ouro está novamente a subir esta sexta-feira, a caminho da segunda semana consecutiva no verde.

O metal precioso está a ser alavancado pela queda do dólar e dos juros da dívida norte-americana. Isto depois de terem sido revelados os dados do índice de despesas do consumo privado nos Estados Unidos, que indicam um aumento dos preços de apenas 0,2% face a abril, quando o anterior valor tinha sido de 0,9% - e uma diminuição em 0,3% da inflação no país.

Estas são notícias que retiram alguma pressão ao banco central norte-americano (Fed) para endurecer a política monetária.

O ouro está a crescer 0,24% para 1854,9 dólares por onça, à semelhança do paládio, que valoriza 2,05%. Ainda a subir está a prata com 0,73% e a platina com 0,49%.

Dólar a caminho da segunda semana de quedas
Dólar a caminho da segunda semana de quedas

A nota verde segue a desvalorizar face a algumas das principais congéneres, a caminho da segunda semana consecutiva com saldo negativo, devido à postura da Fed, que se antevê mais flexível em finais do ano.

 

Com a melhoria dos dados da inflação e dos gastos dos consumidores, os receios de recessão atenuaram-se, o que contribuiu para uma depreciação do dólar.

 

Face ao euro, o dólar está a conseguir resistir, com a moeda única a ceder 0,12% para 1,0712 dólares.

Europa no verde com tecnológicas a impulsionar
Europa no verde com tecnológicas a impulsionar

As principais bolsas europeias terminaram a semana no verde, com apenas uma praça no vermelho - a lisboeta.

Apesar de as principais praças do Velho Continente terem estado sob pressão até agora, com a guerra na Ucrânia e o aumento da inflação, os analistas do Citigroup recomendam a compra de ações europeias em detrimento das norte-americanas, uma vez que estas têm avaliações mais baixas.

O índice de referência europeu Stoxx 600 encerrou esta sexta-feira a valorizar 1,43% para 443,99 pontos. Registou também o melhor avanço semanal (2,98%) desde meados de março, numa altura em que os investidores estão a regressar aos ativos de risco, convencidos por avaliações mais baratas.

O setor que registou maiores ganhos foi o tecnológico, que somou 3,19%, depois de algumas das maiores tecnológicas chinesas terem revelado resultados que bateram as estimativas de vendas. Ainda entre os maiores ganhos, acima de 2,5%, estiveram setores como viagens, serviços financeiros ou artigos para o lar.

O setor que registou maiores ganhos foi o tecnológico, que somou 3,19%, depois de algumas das maiores tecnológicas chinesas terem revelado resultados que bateram as estimativas de vendas. Ainda entre os maiores ganhos, acima de 2,5%, estiveram setores como viagens, serviços financeiros ou artigos para o lar.

A cair estiveram os setores do petróleo e das "utilities" (água, luz, gás), que foram abalados pela proposta do ministro das Finanças britânico - que anunciou quinta-feira uma taxa sobre os lucros excessivos das empresas de petróleo e gás.

Nas principais praças da Europa Ocidental registou-se uma tendência generalizadamente positiva. O índice francês CAC 40 cresceu 1,64%, seguido do vizinho alemão DAX - a somar 1,60%. Já em Amesterdão, o AEX valorizou 1,37%. Ainda a subir esteve o madrileno IBEX e o londrino Footsie, ambos a somarem 0,36%, bem como o milanês FootsieMIB, que avançou 0,35%.

Em contraciclo esteve a bolsa de Lisboa, que desvalorizou 1,02%.

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