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Ao minutoAtualizado há 9 min11h17

Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.

Euribor subiu a seis meses
Euribor subiu a seis meses João Cortesão
11:16
há 11 min.11h16

Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e a 12 meses e subiu a seis meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,021%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,106%) e a 12 meses (2,182%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,106%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,182%, menos 0,019 pontos do que na sessão anterior.

A Euribor a três meses caiu para 2,021%, menos 0,005 pontos do que na segunda-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

09h55

Tensões comerciais pesam sobre Europa. Setores automóvel e tecnológico pressionam

Os principais índices europeus arrancaram a negociação pintados de vermelho, pressionados - mais uma vez - por uma escalada das tensões comerciais entre a China e os EUA. Apesar da retórica conciliadora adotada pelas duas partes durante o fim de semana, com os dois lados a mostrarem abertura para continuarem a negociar após Donald Trump ter ameaçado com tarifas adicionais de 100%, Pequim decidiu dar um passo atrás e introduzir sanções contra cinco subsidiárias da Hanwha Ocean com grandes ligações aos norte-americanos. 

"O nervosismo nos mercados foi exacerbado pelas recorrentes divergências em torno das tarifas, que mostram como a segurança é frágil", explica Guillermo Hernandez Sampere, diretor de negociação da gestora de ativos MPPM, à Bloomberg. "Será necessário um acordo rápido para não comprometer os ganhos anteriores do mercado", acrescenta. 

Sem um novo acordo no horizonte, e com a escalada da retórica das duas partes, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, recua 0,76% para 562,32 pontos. O índice está a ser pressionado principalmente pelo setor automóvel, tecnológico e industrial, num dia em que as ações ligadas às telecomunicações estão em alta. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 1,12%, o espanhol IBEX 35 retrai 0,33%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 1,20%, o francês CAC-40 recua 0,75%, o britânico FTSE 100 desliza 0,32% e o neerlandês AEX cai 0,62%.

Com as atenções viradas para os EUA e a China, os investidores vão ter ainda a oportunidade de examinar os resultados da banca norte-americana, que dá o pontapé de saída para a "earnings season" referente ao terceiro trimestre do ano. Entre os nomes de peso, contam-se o JPMorgan, BlackRock, Wells Fargo, Citi Group e Goldman Sachs, que irão divulgar contas hoje, seguindo-se o Bank of America e o Morgan Stanley na quarta-feira.

Entre as principais movimentações de mercado, a Ericsson salta 14,43% para 89,14 coroas suecas, após a cotada do setor das telecomunicações ter conseguido duplicar os lucros no terceiro trimestre do ano. Já a Michelin afunda 8,34% para 26,28 euros, após a empresa ter informado os investidores que o resultado líquido referente aos meses de julho a setembro deve ser inferior ao esperado, devido a um desempenho mais fraco no mercado norte-americano. 

09h23

Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" portuguesa abaixo dos 3%

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a negociar com alívios substanciais esta manhã, num dia marcado pelo renovar das tensões comerciais entre EUA e China, que está a afastar os investidores do risco e a levá-los a apostarem em ativos mais seguros - como é o caso do ouro e da prata, além das obrigações. 

A esta hora, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, recuam 4,3 pontos base para 2,591%, enquanto a "yield" da dívida francesa com a mesma maturidade cede 3,4 pontos para 3,433%. O prémio de risco de deter dívida gaulesa em relação à alemã continua estável perto dos 84 pontos, depois de ter atingido máximos deste ano no rescaldo da demissão de Sébastien Lecornu de primeiro-ministro - tendo sido, entretanto, reconduzido no cargo, preparando-se para entregar um novo orçamento esta terça-feira.

Pela Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa também a dez anos caem do patamar dos 3%, deslizando 3,1 pontos base para 2,993%, enquanto a "yield" das obrigações espanholas perde 3 pontos para 3,148%. Por Itália, os juros da dívida a dez anos aliviam 2,3 pontos para 3,408%. 

Fora da Zona Euro, mantém-se a tendência de alívio com os juros das "Gilts" britânicas a ceder 5,3 pontos base para 4,603%. 

09h05

Dólar resiste ao novo capítulo da guerra comercial. Euro em queda

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O dólar está a negociar no verde contra a maioria dos seus principais concorrentes, continuando numa trajetória de recuperação face às perdas do final da semana passada. Os avanços acontecem apesar das renovadas tensões comerciais entre EUA e China, além das expectativas em torno de dois cortes de 25 pontos base nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. 

Depois de as duas nações terem optado por um tom conciliatório durante o fim de semana, com Donald Trump, Presidente dos EUA, a afirmar que iria "ficar tudo bem" com a China, as tensões voltaram a escalar com uma nova investida de Pequim sobre cinco subsidiárias de uma empresa sul-coreana que tem grande peso no fabrico de navios norte-americanos. O novo capítulo da guerra comercial ainda chegou a atirar o dólar para terreno negativo face à maioria das divisas, mas a "nota verde" já está a conseguir recuperar. 

A esta hora, o euro recua 0,13% para 1,1556 dólares, enquanto a libra cai 0,55% para 1,3260 dólares. Por sua vez, a divisa norte-americana perde terreno contra a japonesa, ao cair 0,22% para 151,95 ienes, ao mesmo tempo que permanece quase inalterada face ao franco suíço, considerado uma moeda de refúgio por parte dos investidores.

"Há um argumento claro a favor de que isto não vai acabar só porque as partes [EUA e China] se reuniram para conversar, já que a fonte das tensões não pode ser resolvida até que alguém ceda muito mais do que está disposto a ceder", explica Vishnu Varathan, analista da Mizuho, à Reuters, que acrescenta que a relação entre os dois países já não é algo "cíclico", mas sim "um novo fator estrutural da realidade geoeconómica". 

No mercado dos criptoativos, e depois de uma grande liquidação de posições no fim de semana, as principais moedas digitais continuam a perder terreno, com a bitcoin a cair 3,04% para 111.761,10 dólares e a ether a ceder 6,21% para 3.981,16 dólares. 

08h51

Petróleo em queda com tensões comerciais e OPEP em foco

petroleo combustiveis

O barril de petróleo está novamente a negociar no vermelho, depois de na segunda-feira ter conseguido respirar de alívio e avançar mais de 1%. As tensões comerciais entre EUA e China estão de volta ao palco principal das preocupações dos investidores, isto depois de Pequim ter apostado numa nova investida, embora indireta, conta Washington, que teve como alvo a capacidade norte-americana de produção de navios. 

“Se quiserem lutar, lutaremos até ao fim; se quiserem falar, a porta está aberta”, dramatizou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado. As novas restrições contra cinco subsidiárias de uma empresa sul-coreana, a Hanwha Ocean, dona de um estaleiro na Filadélfia, acontecem em resposta às ameaças da Casa Branca de aplicação de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e outras medidas restritivas.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, cai 0,76%, para 59,04 dólares por barril, enquanto o Brent, referência para as importações europeias, desvaloriza 0,76% para 62,84 dólares.

"Enquanto as negociações entre as duas partes continuam, a China prometeu uma 'luta até ao fim', caso acabe por existir uma disputa [com os EUA}. O mercado petrolífero está bastante sensível a esta retórica proveniente de ambos os lados, embora esperemos que os movimentos dos preços permaneçam estáveis no curto prazo", antecipa Suvro Sarkar, líder da equipa do setor energético do DBS Bank, à Reuters.

A pressionar ainda os preços da matéria-prima está o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O grupo voltou a cortar as perspetivas de consumo de crude em 210 mil barris por dia em 2025 e 90 mil em 2026, esperando agora que o consumo se fique pelos 104,3 milhões de barris por dia até final do ano e 105,5 milhões de barris no próximo. 

08h48

Ouro e prata recuam após atingirem novos máximos à boleia da guerra comercial

Depois de ter conseguido ultrapassar a barreira dos 4.100 dólares por onça pela primeira vez na segunda-feira, o "rally" do ouro e da prata parece não conhecer travões, com os metais preciosos a atingirem novos máximos históricos durante a madrugada. As renovadas tensões comerciais, com Pequim a atingir Washington indiretamente, bem como as expectativas em torno de um novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana estão a dar "gás" às duas matérias-primas.

A esta hora, o ouro até recua 0,29% para 4.119,80 dólares por onça, depois de ter chegado a acelerar 1,7% para 4.179,48 dólares - um novo máximo histórico. Já a prata cai 1,01% para 51,89 dólares, corrigindo do recorde que atingiu durante a madrugada e que viu o seu preço crescer 2,2% para 53,60 dólares - apoiado ainda pela escassez do metal precioso no mercado. 

Com recordes consecutivos e com um saldo positivo anual de 57%, o Bank of America e o Société Générale antecipam agora que o ouro ultrapasse a barreira dos 5 mil dólares já em 2026, numa altura em que os bancos centrais continuam a apostar num reforço das suas reservas e o mercado de "swaps" praticamente já incorporou dois novos cortes de 25 pontos base nas taxas de juro por parte da Fed até ao final do ano.

"As tensões comerciais não são o único motor da recuperação, uma vez que as apostas crescentes de que a Reserva Federal continuará a sua trajetória de redução das taxas de juro, reduzindo os custos de financiamento a longo prazo e, eventualmente, diminuindo o custo de oportunidade, também estão a apoiar o ouro", explica Kelvin Wong, analista sénior de mercado da OANDA, à Reuters. 

08h00

Tensões comerciais voltam a atirar Ásia ao tapete. Europa e Wall Street apontam para quedas

As relações comerciais entre China e EUA continuam a dominar o mercado acionista. A nova investida de Pequim sobre a administração Trump, que ataca Washington indiretamente através de cinco subsidiárias da sul-coreana Hanwha Ocean com grandes ligações aos EUA, está a agitar os mercados e pintou as bolsas asiáticas de vermelho, numa altura em que os investidores receiam que as tensões entre as duas superpotências possam voltar a escalar. Europa e Wall Street apontam para o mesmo caminho

Esta madrugada, o ministro chinês do Comércio anunciou sanções contra a fabricante de navios Hanwha Ocean. Na visão das autoridades chinesas, a empresa "auxiliou e apoiou as atividades investigativas relevantes do governo dos EUA, comprometendo assim a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China", proibindo ainda qualquer transação ou cooperação com a mesma. Ainda em agosto, a Hanwha comprometeu-se a investir mais 5 mil milhões de dólares num estaleiro da Filadélfia, no estado da Pensilvânia, que comprou por 100 milhões em 2024. 

A decisão das autoridades chinesas fez com que as ações da Hanwha afundassem em bolsa, o que, por sua vez, pressionou ainda o principal índice coreano. A fabricante de navios caiu 5,76% para 103.100 wons, destacando-se pela negativa entre as várias cotadas que compõe o Kospi, que terminou a sessão com perdas de 0,62%. 

Além disso, a China advertiu esta terça-feira os Estados Unidos de que está disposta a “lutar até ao fim” se Washington insistir na imposição de novas tarifas e restrições comerciais, embora tenha reiterado a abertura ao diálogo.

“Se quiserem lutar, lutaremos até ao fim; se quiserem falar, a porta está aberta”, declarou o ministério do Comércio chinês, em comunicado, em resposta ao anúncio da Casa Branca de aplicação de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e outras medidas restritivas.

"O sentimento de risco continua bastante frágil, com o ressurgimento de fissuras nos mercados de ações e das criptomoedas", começa por explicar Hebe Chen, analista de mercado da Vantage Markets, à Bloomberg. "A incessante sequência de recordes nos metais preciosos envia uma mensagem clara: os investidores estão a preparar-se para a próxima tempestade", avisa o analista. 

Ainda do lado das ações, o MSCI Asia Pacific, índice que agrupa uma série de mercados asiáticos, atingiu mínimos de mais de duas semanas com o ressurgimento das tensões comerciais entre China e EUA. As quedas foram especialmente acentuadas no Japão, com o Topix a ceder 2,2%, numa altura em que a indecisão política no país, com um dos partidos emblemáticos da coligação que sustenta o Governo do Partido Liberal Democrata, tem deixado os investidores apreensivos. 

Já pela China, tanto o Hang Seng, de Hong Kong, como o Shanghai Composite terminaram no vermelho, com perdas respetivas de 1,6% e 0,5%. O primeiro índice já tinha encerrado a sessão anterior com quedas expressivas, num dia em que os mercados asiáticos estiveram a reagir às ameaças de Donald Trump, Presidente dos EUA, de impor tarifas adicionais de 100% à segunda maior economia do mundo, depois de Pequim ter restringido a exportação de terras raras. 

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