pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

"Earnings season" dá gás a bolsas europeias. Stoxx 600 em máximos de um ano

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

bolsa europa mercados
bolsa europa mercados Regis Duvignau / Reuters
16 de Fevereiro de 2023 às 17:24
Futuros da Europa apontam para o verde. Tecnológicas puxam praças asiáticas para ganhos

Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno positivo, à semelhança do cenário vivido esta quarta-feira em que as bolsas do Velho Continente beneficiaram de bons resultados das empresas.

As contas das cotadas na "earnings season" em curso parecem estar a sobrepor-se às perspetivas de contínuo agravamento da política monetária na Europa e nos Estados Unidos.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,4%, num dia em que os investidores vão estar atentos a vários discursos de membros da Reserva Federal norte-americana, Banco Central Europeu e Banco de Inglaterra.

Na Ásia a sessão foi também de ganhos com as tecnológicas em Hong Kong a liderarem o "rally" da região. Depois de um "bull market" em janeiro, as ações asiáticas têm registado uma queda nas últimas três semanas, com os investidores a avaliarem a política dos Estados Unidos face à reabertura da China.

"Penso que a recuperação está a ser impulsionada por investidores que estavam à espera de uma boa oportunidade para entrarem no capital das tecnológicas chinesas", explicou o analista Very-Sern Ling da Union Bancaire Privee à Bloomberg.

"Muitos perderam o 'rally' do setor desde outubro e o declínio de 10% nas últimas três semanas dão uma boa oportunidade", completou.

No Japão, o Nikkei subiu 0,7% e o Topix avançou 0,6%. Na China, Xangai somou 0,8%, enquanto o tecnológico Hang Seng pulou 2,7%. Por fim, na Coreia do Sul o Kospi valorizou 1,8%.

Petróleo avança com melhoria das perspetivas de consumo para 2023. Gás desvaloriza

O petróleo está a valorizar, interrompendo alguns dias de perdas depois da notícia de que os Estados Unidos vão colocar 26 milhões de barris da sua reserva estratégica no mercado.

O West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,53% para 79,01 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte ganha 0,36% para 85,69 dólares por barril.

Esta quinta-feira, os investidores parecem estar mais focados no aumento de consumo por parte da China, o maior importador de crude do mundo. Ainda a influenciar a negociação estão relatórios da Agência Internacional de Energia e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que revelaram perspetivas positivas de aumento do consumo para 2023.

"Todos os olhos estão agora postos no regresso da China", começou por explicar o analista Will Sungchil Yun, da SI Securities, à Bloomberg. "É provável que os preços permaneçam voláteis nas próximas semanas em antecipação do congresso do Partido Comunista Chinês", onde é esperado o anúncio de medidas para estimular a economia, completou o analista.

No mercado do gás, os futuros estão a desvalorizar, depois de dois dias de subidas, com a possibilidade de temperaturas mais quentes e com o armazenamento dos países europeus ainda acima da média para esta altura do ano.

A matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – que serve de referência para o mercado europeu – recua 1,18% para 53,41 euros.

Ouro sobe ligeiramente, com investidores à espera de dados do emprego nos EUA

O ouro está a valorizar ligeiramente, depois de ter tocado o valor mais baixo desde janeiro. O metal amarelo sobe 0,1% para 1.837,89 dólares por onça.

Os investidores aguardam esta quinta-feira dados relativos ao emprego nos Estados Unidos, numa altura em que a robustez do mercado de trabalho tem sido uma das explicações do presidente da Fed, Jerome Powell, para a contínua subida dos juros diretores.

Investidores com maior apetite pelo risco levam dólar a desvalorizar

O dólar está a desvalorizar, com os investidores a mostrarem maior apetite pelo risco, depois de dias marcados pela divulgação de várias estatísticas nos Estados Unidos que mostram que a Reserva Federal norte-americana vai ter se manter mais "hawkish" durante mais tempo.

Os investidores parecem estar mais focados num cenário de crescimento global, com a reabertura da China e a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos e na Europa a desaparecerem.

Esta manhã, a moeda norte-americana recua uns ligeiros 0,08% para 0,9345 euros. O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força do dólar face a dez moedas rivais - desce 0,27% para os 103,639 pontos.

"Se dermos um passo atrás, os dados melhores que o esperado nos Estados Unidos devem apoiar uma fotografia de crescimento global. Adicionalmente, a história da reabertura da China ainda tem muito para desenvolver e os dados nas próximas semanas vão começar a mostrar um aumento da atividade económica, e isto deve contribuir para o crescimento global", explicou o analista Cristopher Wong, da OCBC, à Bloomberg.

Juros aliviam, com investidores a aguardar comentários de membros do BCE

Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão a aliviar ligeiramente, com os investidores a aguardarem discursos de vários membros do Banco Central Europeu para tentarem compreender o caminho a seguir pela autoridade monetária.

Os juros das "Bunds" alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - recuam 1,7 pontos base para 2,452%, enquanto os juros da dívida italiana descem 1,1 pontos base para 4,315%.

Já a "yield" da dívida francesa alivia 1,3 pontos base para 2,919% e os juros da dívida espanhola decrescem 1,1 pontos base para 3,418%.

Por cá, os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1 ponto base para 3,325%.

Fora da Zona Euro, os juros do Reino Unido recuam 1,5 pontos base para 3,467%.

Europa negoceia com ganhos pelo quarto dia consecutivo

As principais praças europeias estão a valorizar pela quarta sessão consecutiva e a caminho do maior número de dias de ganhos seguidos num mês, numa altura em que os investidores avaliam bons resultados das empresas que estão a dar um impulso às bolsas do Velho Continente.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,43% para 166,36 pontos, com o setor de media, telecomunicações e banca a registarem as maiores subidas acima de 1%. De todos os setores do "benchmark" apenas o petróleo e o gás perdem, embora com uma queda ligeira de 0,07%.

Uma época de resultados resiliente, bem como o otimismo dos investidores sobre a situação económica dos países da Europa têm dado força às bolsas europeias.

A exposição da região à Ásia está também a dar força a uma melhor performance na Europa do que nos Estados Unidos, à medida que a segunda maior economia do mundo vai reabrindo, indicam analistas à Bloomberg.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax ganha 0,45%, o francês CAC-40 valoriza 0,71%, o italiano FTSEMIB soma 0,52%, o britânico FTSE 100 sobe 0,31% e o espanhol IBEX 35 pula 0,52%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,63%.

Euribor sobe para novos máximos a 3, 6 e 12 meses pela 4.ª sessão consecutiva

A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses, pela quarta sessão consecutiva para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas, respetivamente, em 2,703%, 3,192% e 3,567%.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,567%, mais 0,025 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também avançou hoje, para 3,192%, mais 0,026 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,703%, mais 0,021 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Preços no produtor mais altos atiram Wall Street para o vermelho

As bolsas norte-americanas abriram com perdas, num dia em que foi divulgado que o índice de preços no produtor subiu mais do que o esperado em janeiro.

Os mais recentes dados económicos somam-se aos restantes conhecidos durante a semana, entre os quais a inflação - que abrandou menos do que o esperado em janeiro, - e aumentam a pressão sobre a continuação de uma política monetária mais "hawkish", ou seja, mais agressiva.

O "benchmark" S&P 500 cede 1,12% para 4.101,14 pontos, o industrial Dow Jones recua 1,05% para 33.768,21 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perde 1,10% para 11,937.27 pontos. 

Após a divulgação dos dados, a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que há razões económicas para "um aumento das taxas de juro em 50 pontos base".

No início de fevereiro, a autoridade monetária norte-americana avançou com uma subida de 25 pontos base, que representou o segundo abrandamento consecutivo no ritmo de aumentos e lançou a expectativa de que poderia estar para breve um alívio da política monetária.

Após a divulgação dos dados, a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que há razões económicas para "um aumento das taxas de juro em 50 pontos base".

No início de fevereiro, a autoridade monetária norte-americana avançou com uma subida de 25 pontos base, que representou o segundo abrandamento consecutivo no ritmo de aumentos e lançou a expectativa de que poderia estar para breve um alívio da política monetária.

Ouro atinge o nível mais baixo este ano após dados da inflação

O ouro alcançou o valor por onça mais baixo este ano, pressionado pelos números da inflação na ótica do produtor.

 

O metal amarelo recua ligeiramente (-0,06%) para 1.834,93 dólares por onça, depois de ter caído para 1.833,54 dólares a onça, como não era visto desde o passado dia 30 de dezembro. Prata e platina seguem esta tendência negativa, enquanto o paládio sobe.

 

O índice de preços no produtor cresceu 0,7% em janeiro como não era visto desde junho, dando sustento para que a Reserva Federal norte-americana (Fed) mantenha o ritmo da sua política monetária restritiva.

 

O dia está ainda a servir para os investidores digerirem os mais recentes números sobre o mercado e trabalho norte-americano. O número de pedidos de subsídio de desemprego caíram para 194 mil, acima das expectativas dos economistas que apontavam para os 200 mil.

 

Euro recua após declarações "dovish" de Panetta e dólar ganha força

O euro recua 0,10% para 1,0678 dólares, no mesmo dia em que o membro do conselho do BCE, Fabio Panetta, salientou a necessidade de "aumentos mais pequenos" das taxas de juro na Zona euro.

 

"Ao suavizar as nossas subidas das taxas de juro, ou seja, ao movermo-nos a passos mais pequenos, podemos garantir que calibramos os elementos com mais precisão à medida das informações que são recebidas", referiu o membro do BCE.

 

Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – soma para 0,14% para 104,066 pontos, impulsionado pela subida do índice de preços no produtor (na sigla inglesa PPI) em janeiro.

Petróleo negoceia com ganhos após manhã volátil
Petróleo negoceia com ganhos após manhã volátil

Os preços do petróleo seguem a valorizar, depois de estarem a negociar entre ganhos e perdas ao longo do dia. Isto numa altura em que os investidores avaliam dados relativos à procura por parte da China, assim como o aumento do inventário de crude nos Estados Unidos.

Dados hoje divulgados apontam para um aumento de passageiros nas três principais companhias aéreas chinesas, dando sinais de que a mobilidade e o consumo de energia no país está a aumentar. Contudo, o aumento das reservas do "ouro negro" nos EUA - em mais de 16 milhões de barris - parecem ter prevalecido, tendo travado maiores ganhos do petróleo.

O West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,14% para 78,70 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte ganha 0,13% para 85,49 dólares por barril.

"A força total da reabertura da economia chinesa será sentida na segunda metade do ano", estimou Tamas Varga, analista na PVM, em declarações à Bloomberg. 

"Earnings season" dá gás a bolsas europeias. Stoxx 600 em máximos de um ano

As bolsas europeias fecharam em terreno positivo, impulsionadas por mais uma onda de resultados de empresas na região. 

O Stoxx 600, referência para a Europa, somou 0,19% para 465,24 pontos, renovando máximos desde 16 de fevereiro de 2022, quando fechou nos 467,77 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da banca e o dos recursos naturais foram os que maior contributo deram (2,08% e 1,05%, respetivamente).

Entre as empresas que esta quinta-feira apresentaram resultados está a Airbus, que registou um lucro líquido recorde de 4,2 mil milhões de euros em 2022, mais 1% do que em 2021, apesar das dificuldades em aumentar a produção de aeronaves, e o Commerzbank. O banco alemão teve um lucro líquido atribuído de 1.435 milhões de euros em 2022, o resultado mais elevado em mais de 10 anos e 233,7% acima de 2021.

Nas restantes praças europeias, o alemão Dax subiu 0,18%, o francês CAC-40 cresceu 0,89%, o espanhol Ibex somou 0,35% e o britânico FTSE 100 valorizou 0,18%. Já o Aex, em Amesterdão, avançou 0,25% e o italiano FTSE Mib aumentou 1,16%. 

Ver comentários
Publicidade
C•Studio