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Fecho dos mercados: Bolsas europeias sem rumo e juros em mínimos após Fed

As bolsas europeias fecharam sem uma tendência definida, numa altura em que os investidores estão a processar as perspetivas da Fed para a política monetária dos EUA. Algo que contribuiu para a queda acentuada dos juros na Europa.

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Bolsas, bolsa, Wall Street, Reuters
21 de Março de 2019 às 17:19

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,04% para 5.267,78 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,04% para 380,69 pontos

S&P 500 valoriza 0,76% para 2.845,73 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,6 pontos base para 1,281%

Euro recua 0,57% para 1,1349 dólares

Petróleo cai 0,79% para 67,96 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias fecham sem rumo

As bolsas europeias fecharam sem uma direção única. Alguns índices subiram e outros caíram, numa altura em que os investidores estão a processar os sinais deixados pela Fed e os desenvolvimentos em torno do Brexit. 

 

"Os investidores estão a digerir o anúncio da Fed. Os pontos positivos são as taxas de juro estarem baixas, a inflação baixa e os estímulos continuarem. O lado negativo é que a Fed não faria isto a não ser que percebesse que as coisas vão piorar", salientou à Reuters Thomas Martin, gestor da Globalt.

O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, cedeu 0,04% para 380,69 pontos, numa sessão em que a banca foi a mais afetada - com o índice europeu a perder mais de 1% - enquanto o retalho foi o que mais contrariou - ao subir quase 1%.

A pesar na negociação continua também o Brexit, depois de Theresa May ter pedido um adiamento do processo. Os líderes europeus estão reunidos hoje em Bruxelas e o tema da cimeira é precisamente o Brexit. Vários responsáveis já falaram à entrada da reunião, admitindo dar o aval a este cenário. Contudo, querem uma garantia. O Parlamento britânico tem de aprovar o acordo de saída na próxima semana.

Juros da Alemanha atingem mínimos de dois anos

As taxas de juro estão em queda na generalidade dos países europeus, tendo a "yield" associada à dívida a 10 anos da Alemanha atingido mesmo um mínimo de outubro de 2016, tendo negociado abaixo de 0,04%.

A contribuir para a descida generalizada está a perspetiva de que a Europa, à semelhança dos EUA, vá continuar a beneficiar de uma política monetária acomodatícias, com juros baixos e estímulos económicos.

A taxa de juro associada à dívida portuguesa cede 3,6 pontos base para 1,281%, negociando assim próxima de mínimos históricos. Já a dívida italiana, com a mesma maturidade, cede oito pontos, e a dívida espanhola quase sete pontos.

Dólar recupera

O dólar registou ontem uma forte queda, após serem conhecidas as perspetivas da Fed para a economia americana. O índice do dólar (que mede o desempenho contra as principais moedas mundiais) desvalorizou 0,5% na quarta-feira, e está hoje a subir na mesma dimensão, anulando assim a queda de ontem.

O euro, por sua vez, alivia da subida da última sessão, e segue a desvalorizar 0,57% para 1,1349 dólares.

Petróleo alivia de máximos do ano

Os preços do petróleo seguem com quedas ligeiras, depois de ontem terem tocado em máximos do ano. A contribuir para a subida da última sessão esteve o relatório das reservas de crude dos EUA, que superou as previsões, numa altura marcada por cortes de produção por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a descer 0,79% para 67,96 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, está a ceder 0,51% para 59,92 dólares, mantendo-se acima dos 60 dólares por barril.

Ouro cede com recuperação do dólar

O ouro está a cair 0,5% para 1.305,92 dólares por onça, a refletir a valorização do dólar, com os investidores a preferirem apostar na moeda.

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