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Europa fecha dividida. Stoxx 600 toca recorde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

bolsas mercados Europa Frankfurt
bolsas mercados Europa Frankfurt Bloomberg
22 de Janeiro de 2025 às 17:53
Investimento em IA nos EUA anima futuros da Europa. China penalizada por tarifas
Investimento em IA nos EUA anima futuros da Europa. China penalizada por tarifas

Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos na abertura, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,15%.

Os investidores estão otimistas com o maior investimento em inteligência artificial (IA) na segunda administração Trump, depois de esta terça-feira o Presidente norte-americano ter apresentado uma "joint-venture", denominada Stargate, que junta a OpenAI, Oracle e SoftBank para investirem até 500 mil milhões de dólares em infraestrutura de IA nos Estados Unidos.

O anúncio levou a uma escalada de mais de 10% das ações do japonês SoftBank e colocou o Nikkei a avançar 1,58%.

Ainda a centrar atenções está o cenário futuro relativamente à imposição de tarifas, depois de Donald Trump ter reiterado que está a avaliar taxas de 10% sobre a China, bastante inferiores aos 60% defendidos durante a campanha. Ainda assim, os índices chineses foram penalizados, com Shanghai Composite a recuar 0,89% e, em Hong Kong, o Hang Seng perde 1,58%.

No entanto, Trump ainda necessita de negociar com Pequim a venda de parte da rede social TikTok, o que está a amparar as perdas. Elon Musk, CEO da Tesla, e Larry Ellison, CEO da Oracle, são dois compradores sugeridos pelo presidente norte-americano.

O líder norte-americano também voltou a ameaçar a União Europeia com tarifas sem concretizar mais detalhes.

Petróleo em queda com investidores a avaliarem tarifas e possível aumento da produção nos EUA
Petróleo em queda com investidores a avaliarem tarifas e possível aumento da produção nos EUA

Os preços do petróleo seguem a negociar em baixa, aprofundando as perdas das últimas sessões, com os investidores a incorporarem nos preços o impacto de uma guerra comercial dos Estados Unidos com várias frentes, que incluem o Canadá e o México e também a China.

O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,65% para 75,34 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,5% para os 78,89 dólares.

Ainda a centrar atenções estão as promessas, logo no primeiro dia do seu mandato, por parte do novo Presidente de aumentar a produção de petróleo e gás, incluindo uma declaração de emergência para acelerar as licenças de construção, reduzir as leis de proteção ambiental e retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

"A atenção do mercado petrolífero está a virar-se lentamente das sanções dos EUA contra a Rússia para a potencial política comercial do Presidente Trump", referem os analistas do ING numa nota.

Incerteza em torno de Trump impulsiona ouro

Os ouro está a negociar perto de máximos de quase três meses, à boleia de maior procura por ativos-refúgio derivado da incerteza em torno das políticas comerciais do novo Presidente dos Estados Unidos, mesmo com o dólar a recuperar das mais recentes perdas.

O metal amarelo soma 0,13% para 2.748,29 dólares por onça, após ter tocado máximos de novembro ainda na sessão desta quarta-feira.

"Há ainda alguma incerteza sobre quando Trump quer implementar tarifas aos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, causando muita incerteza na direção do dólar, que é o principal catalisador de curto prazo que impulsiona os preços do ouro", explicou à Reuters Kelvin Wong, analista da OANDA.

Tarifas a importações da China dão força ao dólar
Tarifas a importações da China dão força ao dólar

O dólar está a negociar em alta e a recuperar das mais recentes perdas, com os investidores a avaliarem a imposição de tarifas às importações para os Estados Unidos. Donald Trump reiterou ontem que está a avaliar taxas de 10% sobre a China.

O novo Presidente dos EUA já tinha revelado, logo no primeiro dia de mandato, que está em cima da mesa a implementação de tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir do dia 1 de fevereiro e prometeu também tarifas sobre a União Europeia sem concretizar mais detalhes.

O índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra outras divisas rivais - soma 0,08% para 108,152 dólares, enquanto o euro perde 0,16 para 1,0411 dólares.

A decisão de impor tarifas é "um exemplo da política intencional de incerteza da administração Trump", o que deverá "deixar o mercado e os parceiros comerciais a adivinhar o que vai acontecer, aumentado a incerteza", afirmou à Bloomberg Rodrigo Catril, analista do National Australia Bank.

Juros aliviam na Zona Euro centrados em Lagarde

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, com os investidores centrados na participação da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, num painel no Fórum Económico Mundial, dedicado ao tema "Para além da crise: desbloquear o potencial da Europa".

Será uma oportunidade para a responsável abordar o previsto rumo de descida das taxas de juro e a forma como a nova administração Trump poderá influenciar a política monetária em ambos os lados do Atlântico.

Ainda esta quarta-feira o governador do banco central dos Países Baixos e membro do conselho do BCE, Klaas Knot, afirmou que a expectativa dos investidores de cortes de juros em janeiro e março são razoáveis, mas que para os próximos encontros reina a incerteza.

As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, aliviam 1,9 pontos base para 2,488%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, desce 3,1 pontos base para 3,241%.

Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro também a dez anos recuam 2,5 pontos base para 2,892%, enquanto os juros da dívida espanhola cedem 2,1 pontos base para 3,115%. Já as "yields" da dívida italiana estão descem 2,5 pontos base para 3,562%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas aliviam para 4,577%. 

Tarifas de Trump menos agressivas levam Stoxx 600 a máximos históricos
Tarifas de Trump menos agressivas levam Stoxx 600 a máximos históricos

Os principais índices europeus estão a negociar em alta, com o índice de referência europeu, Stoxx 600, em máximos históricos, com os investidores animados por tarifas por parte da nova administração norte-americana menos agressivas do que o esperado.

O novo Presidente dos EUA já tinha revelado, logo no primeiro dia de mandato, que esperava implementar tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir do dia 1 de fevereiro e prometeu tarifas sobre a União Europeia sem concretizar mais detalhes. Ontem reiterou que está a avaliar taxas de 10% sobre as importações da China.

A narrativa negativa das tarifas parece estar a desvanecer-se a ser substituída por uma crescente expectativa de que qualquer impacto das tarifas poderá ainda demorar semanas ou meses, o que daria às empresas ou países tempo para se ajustarem

O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,71% para 529,7 pontos - o valor mais elevado de sempre, superando o anterior máximo histórico alcançado em setembro.

Entre os maiores ganhos estão os setores industrial e de tecnologia que ganham em torno de 1%, depois de esta terça-feira o Presidente norte-americano ter apresentado uma "joint-venture", denominada Stargate, que junta a OpenAI, Oracle e SoftBank para investirem até 500 mil milhões de dólares em infraestrutura de IA nos Estados Unidos. Ainda a impulsionar o setor tecnológico estão as contas da Netflix do último trimestre do ano em que registou um crescimento recorde de subscritores.

As cotadas de petróleo e gás valorizam 1,15%, com os preços do petróleo a recuperarem de uma queda de mais de 2% na terça-feira, em que foram penalizados por planos de Trump para aumentar a produção de crude nos EUA.

Também o setor da saúde sobe mais de 1%, com a Novo Nordisk a liderar os ganhos, ao avançar mais de 2%, recuperando das perdas das últimas sessões. Já o retalho também ganha, à boleia de um salto de 6% da Adidas, depois da marca ter revelado vendas preliminares do quarto trimestre acima do esperado.

Os ganhos da Adidas impulsionaram o índice alemão DAX para máximos históricos, acima dos 21.263,2 pontos, ao subir 1,05%. Também o parisiense CAC-40 soma 0,68% para 7.823,61 pontos, a caminho de máximos de junho.

"O mercado acionista europeu é um bom lugar para se estar neste momento, porque teremos alguns catalisadores importantes como as eleições na Alemanha em fevereiro", justificou à Bloomberg Alberto Tocchio, gestor da Kairos Partners.

"As tarifas são outro tópico a observar no curto prazo, mas o mercado está a ficar com a ideia de que não deverá ser tão mau como se temia", completou.

Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB ganha 0,42%, o britânico FTSE 100 sobe 0,38% e o espanhol IBEX 35 avança 0,18%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%. Por cá, o PSI soma 0,16%.

Wall Street segue tendência verde dos últimos dias. Netflix bate recorde
Wall Street segue tendência verde dos últimos dias. Netflix bate recorde

Wall Street negoceia no verde, com os principais índices norte-americanos a seguirem a tendência positiva das duas últimas sessões. A impulsionar os índices estão uma série de resultados empresariais robustos, incluindo da Netflix. Mas também sinais de que as tarifas que a nova administração Trump está a pensar aplicar sobre os parceiros comerciais poderão ser menos severas do que se temia, seguem a dar algum fôlego a Wall Street. 

"Houve apenas alívio pelo facto de, logo no primeiro dia, não terem sido aplicadas as tarifas que se esperavam", disse à Bloomberg Corinne Lord, da St. James Place Management. Mesmo assim, acrescenta a especialista, "ainda há muito nervosismo sobre o que pode vir pela frente".  

Trump disse que ainda está a considerar uma tarifa de 10% sobre todos os bens provenientes da China, após uma ameaça de decretar tarifas de até 25% sobre o México e o Canadá até 1 de fevereiro. No entanto, a única medida concreta que tomou até agora foi a convocação de uma revisão das práticas comerciais a ser feita até ao dia 1 de abril. 

O S&P 500 ganha 0,57% para 6.083,50 pontos. Já o Nasdaq Composite valoriza 1,24% para 20.002,31 pontos e o Dow Jones sobe 0,27% para 44.144,89 pontos. 

As empresas cotadas no índice tecnológico Nasdaq 100, seguem apoiadas pelos resultados trimestrais positivos da gigante de "streaming" Netflix.  

As ações da empresa subiram 15% com a abertura de Wall Street, o que representa o maior ganho intradiário desde outubro de 2023. Cada ação da empresa chegou a tocar nos 999 dólares, um novo máximo histórico. O crescimento das receitas da empresa atingiu, no último trimestre do ano passado, máximos de 2021 e o lucro líquido praticamente duplicou para os 1,87 mil milhões de dólares nos resultados do quarto trimestre. 

Ainda ligado à tecnologia, a Oracle, multinacional norte-americana de desenvolvimento de software, ganha mais de 6%. A empresa segue a valorizar depois de se ter tornado parceira de uma "venture" com o SoftBank Group e a OpenAI para financiar infraestruturas de inteligência artificial, conforme revelado pelo presidente norte-americano, de acordo com a Bloomberg. 

Durante o dia de hoje, após o fecho da sessão, os investidores seguirão atentamente a divulgação de resultados trimestrais por parte de grandes emnpresas, como é o caso da Procter & Gamble e da Johnson & Johnson. 

Entre as "big tech", a Nvidia ganha 4,49%, a Alphabet soma 1,02%, a Amazon sobe 0,71% e a Meta valoriza 0,81%. Já a Microsoft segue a avançar 2,58%, e a Apple mantém-se inalterada. 

Ouro perto de recorde impulsionado por incertezas de Trump
Ouro perto de recorde impulsionado por incertezas de Trump

Os preços do ouro estão a negociar perto de máximos históricos esta quarta-feira e atingiram máximos de três meses, impulsionados por um dólar mais fraco e pela falta de clareza das políticas do Presidente dos EUA, Donald Trump.

Os investidores temem que as medidas do republicano possam desencadear uma guerra comercial e aumentar a volatilidade do mercado.

O metal amarelo avança 0,55% para 2.759,45 dólares por onça, perto do recorde de 2.790,15 dólares que atingiu a 31 de outubro. 

Crude tenta encontrar rumo após "emergência energética" de Trump
Crude tenta encontrar rumo após 'emergência energética' de Trump

As cotações de petróleo estão a negociar na linha d'água nos principais mercados internacionais, num momento em que os investidores pesam as tarifas impostas e outras propostas pelo novo Presidente dos EUA, Donald Trump.

Além disso, tentam avaliar o potencial impacto da emergência energética nacional declarada pelo mesmo na tomada de posse, que decorreu esta segunda-feira. A declaração surge para acelerar a obtenção de licenças, revogar proteções ambientais e retirar os EUA do Acordo de Paris.

O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,09% para 75,76 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza ligeiros 0,01% para os 79,28 dólares.

Dólar toca mínimos deste ano face ao euro com tarifas em foco
Dólar toca mínimos deste ano face ao euro com tarifas em foco

A moeda norte-americana está a perder terreno face às principais divisas e tocou mesmo mínimos de duas semanas, enquanto os "traders" esperam por mais detalhes em relação às tarifas comerciais dos EUA sobre o resto do mundo.

As taxas de 25% ao México e Canadá já parecem certas, mas a nova administração discute ainda as tarifas de 10% à China. Para a Europa, ainda não há novidades. 

Juros na Europa registam agravamentos. França foi exceção

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em praticamente toda a linha esta quarta-feira, à exceção de França, num dia em que as principais bolsas europeias fecharam divididas.

 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 1,1 pontos base, para 2,928%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 0,8 pontos, para 3,144%. 

 

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu em 0,7 pontos base, para 3,265%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 2,1 pontos, para 2,529%. 

 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, avançaram 4,2 pontos base para 4,630%. 

Europa fecha dividida. Stoxx 600 toca recorde

Os principais índices europeus fecharam a sessão de hoje divididas entre ganhos e perdas. Ainda assim, o índice de referência para o Velho Continente, Stoxx 600, chegou a atingir máximos históricos durante a sessão, tendo tocado nos 530,55 pontos. 

A suportar os ganhos do principal índice estiveram as primeiras declarações em relação às tarifas a aplicar aos parceiros comerciais dos Estados Unidos da América (EUA) por parte do presidente norte-americano, Donald Trump. Estas revelarem-se mais suaves do que alguns investidores temiam.  

O Stoxx 600 fechou o dia a ganhar 0,39% para os 528,04 pontos. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 1,01%, o francês CAC-40 subiu 0,86%. Do lado contrário, o britânico FTSE 100 deslizou 0,04%, o o espanhol IBEX 35 perdeu 0,37%, o italiano FTSEMIB derrapou 0,57% e o holandês AEX manteve-se praticamente inalterado, com perdas de 0,02%. 

As empresas europeias ligadas ao setor tecnológico acabaram por limitar as perdas dos índices do Velho Continente, depois de Trump ter anunciado a criação de uma "venture" nos EUA para financiar infraestruturas de inteligência artificial no valor de milhares de milhões de dólares.  

Os índices europeus têm superado o desempenho dos seus congéneres americanos durante o mês de janeiro. Ainda assim, os investidores continuam à espera de novas políticas por parte da administração dos EUA, que não excluiu a imposição de tarifas à União Europeia. 

"Há definitivamente uma certa sensação de alívio pelo facto de o presidente Trump não ter imposto tarifas no primeiro dia", disse à Bloomberg Marija Veitmane da State Street Global Markets.   

Entre os setores, o tecnológico acabou por ter o melhor desempenho, ao avançar 1,32%. Seguiram-se as seguradoras com uma valorização de 1,17%. Por outro lado, as "utilities" (água, luz, gás) fecharam o dia a perder 1,58%, seguido do imobiliário que desvalorizou 0,92%. 

Entre os movimentos de mercado, destaque para a Adidas que ganhou mais de 6%, depois de a gigante alemã de vestuário desportivo ter apresentado resultados preliminares do quarto trimestre melhores do que o previsto, com fortes vendas no período de fim de ano. A contrastar esteve a Barry Callebaut, processadora de cacau e fabricante de chocolate suíço-belga, que perdeu mais de 8%, após de ter reduzido as suas perspetivas de vendas. 

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