Europa pinta-se de verde em dia de tomada de posse de Trump
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
- Mercados à espera de Trump. Futuros da Europa e Ásia em alta
- Petróleo sem tendência definida à espera de novos catalisadores
- Ouro em alta sustentado por dólar mais fraco
- Bitcoin alcança novo máximo histórico e dólar recua
- Juros sem tendência definida na Zona Euro
- Europa em alta antes da tomada de posse de Trump
- Euribor cai e a três meses para um novo mínimo desde março de 2023
- Adiamento de tarifas de Trump castiga dólar
- Petróleo cai com "traders" à espera de Trump
- Ouro ganha terreno com queda do dólar
- Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
- Europa pinta-se de verde em dia de tomada de posse de Trump
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão ligeiramente em alta, num dia em que todas as atenções vão estar viradas para a tomada de posse do 47.º Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os futuros do Euro Stoxx 50 somam 0,06%.
Com as bolsas norte-americanas encerradas devido ao dia de Martin Luther King, as primeiras reações vão ser visíveis no mercado cambial e depois na sessão asiática de terça-feira, uma vez que Trump só discursará após as 17 horas em Portugal.
Pela Ásia, a sessão inaugural da semana está a ser maioritariamente de ganhos, com os investidores otimistas após uma conversa telefónica entre o Presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente chinês, Xi Jinping. Entre os temas discutidos estiveram as relações comerciais, a rede social TikTok e o opióide fentanil.
Trump classificou a conversa como muito positiva, enquanto o canal estatal chinês CCTV disse que Xi afirmou que os dois países podem trabalhar como parceiros e amigos apesar das suas diferenças "inevitáveis".
"Toda a gente está à espera que estas negociações comerciais comecem e que se veja que tipo de atitude Xi Jinping assume em relação a Trump", afirmou Ken Peng, responsável pela estratégia de investimento na Ásia do Citi Wealth, citado pela Reuters.
"A relação entre os dois tornou-se muito importante como um indicador de políticas", acrescentou.
Na China, em Hong Kong, o Hang Seng ganha 1,68%, enquanto o Shanghai Composite avança 0,08%. Em contraciclo, no Japão, o Topix soma 1,19% e o Nikkei valoriza 1,17%. Na Coreia do Sul, o Kospi cede 0,14%.
Os preços do petróleo estão a negociar sem tendência definida, com a possibilidade de o Presidente-eleito dos Estados Unidos reduzir as sanções ao crude russo em troca de um acordo para terminar a guerra na Ucrânia a sobrepor-se aos receios das disrupções em torno dessas mesmas sanções.
O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – está inalterado nos 77,88 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,3% para os 80,55 dólares.
"Há uma quantidade razoável de incerteza nos mercados esta semana, dada a inauguração do presidente Trump e o conjunto de ordens executivas que supostamente planeia assinar ", explicam os analistas do ING numa nota.
"Combinado com o facto de ser feriado nos Estados Unidos hoje, significa que alguns participantes do mercado podem ter decidido tirar algum risco de cima da mesa", acrescentaram.
O ouro está a valorizar esta segunda-feira, sustentado por um dólar mais fraco, com os investidores a aguardarem o discurso de tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos, à procura de pistas sobre as suas políticas que deverão, por sua vez, permitir maior clareza relativamente ao futuro da inflação e do caminho de política monetária da Reserva Federal.
O ouro soma 0,14% para 2.706,93 dólares por onça.
"Se ouvirmos um tom mais conciliatório ou mais suave do Presidente Trump em relação às políticas comerciais, isso pode aliviar as preocupações inflacionistas, o que poderia pressionar o dólar e os rendimentos do Tesouro, e o ouro é potencialmente um ativo que pode beneficiar desse cenário ", explicou à Reuters Tim Waterer, analista da KCM Trade.
O dólar está a recuar e a bitcoin atingiu máximos históricos, acima dos 109 mil dólares, antes da tomada de posse de Donald Trump, cujo discurso deverá detalhar algumas das principais linhas orientadoras do seu segundo mandato.
No mercado cambial, o índice do dólar - que compara a força da "nota verde" contra outras divisas rivais - recua 0,26% para 109,061 dólares, enquanto o euro soma 0,41% para 1,0315 dólares.
Já a bitcoin, após ter superado os 109 mil dólares, segue a somar 4,88% para 108.553,41 dólares. Donald Trump prometeu um ambiente "crypto-friendly", através da criação de uma reserva de criptomoedas. É ainda esperado que o Presidente-eleito promova, numa das suas primeiras ordens executivas, o uso alargado de criptomoedas.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a negociar sem tendência definida e com movimentos muito ligeiros, com os investidores a aguardarem a tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos.
Durante o fim de semana, a membro do conselho executivo do Banco Central Europeu Isabel Schnabel afirmou que a nova administração norte-americana leva a que um conflito comercial seja "muito provável".
Os juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Zona Euro, recuam 0,1 pontos base para 2,529% e a "yield" equivalente de França regista um acréscimo de 0,1 pontos base para 3,310%.
Por cá, as "yields" da dívida portuguesa também a dez anos somam 0,2 pontos base para 2,947%. No país vizinho, a rendibilidade da dívida espanhola avança 0,3 pontos para 3,171% e a da italiana desce 0,5 pontos para 3,638%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida soberana britânica, com maturidade a dez anos, agravam-se 1,6 pontos base para 4,673%.
Os principais índices europeus seguem a negociar em alta esta segunda-feira, após quatro semanas consecutivas de ganhos, com os investidores a anteciparem anúncios de políticas que o novo Presidente dos Estados Unidos pretende implementar. No entanto, a reação das bolsas europeias ao discurso de tomada de posse de Donald Trump será conhecida amanhã, uma vez que só discursará após as 17 horas em Portugal.
O índice de referência europeu, Stoxx 600 soma 0,14% para 524,33 pontos, com a maioria dos setores a oscilar entre ganhos e perdas ligeiras. O setor da banca é dos que mais ganha ao subir mais de 0,5%, enquanto o das "utilities" (água, luz, gás) perde 1%.
O setor das telecomunicações cede 0,02%, pressionado pela Telefonica, que cai quase 3%, depois de o conselho de administração da empresa espanhola ter noemado Marc Murtra como presidente executivo, como parte de uma mudança pelos acionistas dos lugares cimeiros da companhia.
"A volatilidade poderá ser mais elevada hoje e durante a semana com a tomada de posse de Trump: espera-se que ele comece rápido e em força", afirmou á Bloomberg Andrea Tueni, analista do Saxo Bank.
A sessão de hoje deverá, no entanto, ter menor volume de negociação, uma vez que as bolsas dos Estados Unidos estarão encerradas nesta segunda-feira, por ocasião do feriado em memória do ativista Martin Luther King. As negociações retomam amanhã, com os investidores a entrarem na era Trump 2.0.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,08%, o francês CAC-40 valoriza 0,31%, o britânico FTSE 100 sobe 0,28% e o espanhol IBEX 35 avança 0,14%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,3%.
Em contraciclo, o italiano FTSEMIB recua 0,25%.
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, tendo baixado no prazo mais curto para um novo mínimo desde março de 2023 e no mais longo para um nível abaixo de 2,5%.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,677%, continuou acima da taxa a seis meses (2,619%) e da taxa a 12 meses (2,483%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,619%, menos 0,023 pontos do que na sexta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou hoje, para 2,483%, menos 0,041 pontos e pela primeira vez abaixo de 2,5% desde 7 de janeiro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 2,677%, menos 0,027 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 16 de março de 2023.
Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
A notícia de que Trump não deverá avançar no imediato com novas tarifas segue a penalizar o dólar, que cai a esta hora cerca de 1,08% para os 0,962 euros.
A informação foi avançada esta tarde pelo Wall Street Journal, que cita um memorando interno do Presidente dos EUA que serve de alívio para países que temiam que Trump avançasse com a imposição de tarifas adicionais logo no seu primeiro dia de mandato.
O Índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda norte-americana face às principais rivais – perde 1,01% para os 108,246 pontos. Já a libra segue a avançar 0,99% face ao dólar, enquanto a divisa nipónica também ganha terreno. O dólar perde a esta hora 0,42% para os 155,650 ienes.
O memorando é uma das várias ações executivas que se antecipa que Donald Trump assine assim que assumir a presidência.
Os preços do petróleo estão a registar recuos a esta hora, enquanto os "traders" aguardam pela tomada de posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos da América (EUA), na esperança de obter alguma clareza sobre a agenda política da nova administração norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – segue a cair 1,62%, para os 76,62 dólares por barril. Já o Brent, que serve de referência para o continente europeu, cede 1,23%, para os 79,80 dólares por barril.
No que toca ao mercado do petróleo, incerteza parece ser a palavra de ordem. O foco está agora nas ordens executivas que Donald Trump irá assinar nas próximas 24 horas.
"Tendo em conta o desempenho do mercado até agora este ano, é razoável ver algumas pessoas a realizar mais-valias antes que o ‘modus operandi’ da administração Trump se torne mais claro", referiu à Reuters um analista de petróleo da PVM, Tamas Varga.
Trump, que tomará posse esta segunda-feira, deverá fazer uma série de anúncios políticos nas primeiras horas do seu segundo mandato. Entre elas, perspetiva-se o fim de uma moratória sobre as licenças de exportação de gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, como parte de uma estratégia mais ampla para fortalecer a economia do país. Deve ser também declarada uma "emergência energética nacional", desbloqueando uma série de restrições à indústria petrolífera.
Já no que toca ao panorama geopolítico, as sanções adicionais contra a Rússia, impostas recentemente pela administração cessante dos EUA liderada por Joe Biden, fizeram subir os preços do crude do Médio Oriente. Scott Bessent, nomeado por Trump para o cargo de secretário do Tesouro, disse na semana passada que apoiaria a adoção de medidas contra a indústria petrolífera russa, o que provavelmente significará um aumento da perturbação no mercado petrolífero.
O abrandamento das tensões no Médio Oriente, com a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, segue a conter uma subida dos preços do crude.
O ouro segue a valorizar a esta hora, apoiado por um dólar mais fraco que continua a perder terreno, depois de a notícia avançada pelo Wall Street Journal de que Trump não deverá avançar de imediato com a imposição de tarifas continuar a impactar a moeda norte-americana. A crescente incerteza face ao rumo económico e geopolítico em torno da nova administração dos Estados Unidos da América (EUA) também segue a apoiar aos preços do metal amarelo.
O ouro sobe sobe a esta hora 0,17% para os 2.707, 870 dólares por onça.
Com o regresso de Trump à Casa Branca, os investidores aguardam agora pelo discurso de tomada de posse do presidente eleito para obter pistas sobre o impacto das suas políticas futuras na economia e nas perspectivas de redução das taxas diretoras do lado de lá do Atlântico.
Taxas diretoras mais altas costumam beneficiar o metal amarelo, que não paga juros. Também a incerteza aumenta o apetite por ativos refúgio, como é o caso do ouro.
"Acredito que a [presidência] de Donald Trump resultará numa maior volatilidade do mercado, enquanto algumas das suas políticas poderão manter a inflação mais elevada durante mais tempo. Isto deverá continuar a apoiar ativos refúgio como o ouro", disse à Reuters Giovanni Staunovo, analista do UBS.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta segunda-feira, num dia de ganhos para a grande maioria das bolsas europeias.
As Bunds alemãs a 10 anos caíram 0,5 pontos base para 2,525%, enquanto os juros dos títulos equivalentes de França recuaram 1 ponto base para 3,299%.
Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro a 10 anos aliviaram 0,8 pontos base para 2,937%, enquanto os juros dos títulos espanhóis, com a mesma maturidade, cederam 1,1 pontos base para 3,157%. Já os juros da dívida italiana aliviaram 2,7 pontos base para 3,616%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas mantiveram-se inalterados nos 4,657%.
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão semanal com ganhos, à exceção de Itália, num dia marcado pela tomada de posse de Donald Trump enquanto 47.º presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
A liderar os ganhos esteve o setor automóvel, que beneficiou da notícia de que Trump não deverá avançar com a imposição de tarifas comerciais no seu primeiro dia de mandato, de acordo com informação avançada pelo Wall Street Journal.
O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – avançou 0,05%, para os 523,87.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,42%, o holandês AEX registou ganhos de 0,36%, o francês CAC-40 subiu 0,31% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,23%. Já o italiano FTSEMIB perdeu 0,34%.
O setor automóvel foi o grande catalisador da sessão desta segunda-feira, tendo subido mais de 1% depois de Trump ter sinalizado num memorando interno que não planeia impor novas tarifas no seu primeiro dia de mandato, ao contrário das expectativas de muitos países. Entre os produtores automóveis do Velho Continente, a Volkswagen ganhou 1,69% e a Mercedes Benz subiu mais de 2%.
A beneficiar da notícia referente ao adiamento da imposição de tarifas esteve, também, o euro e a libra, que ganharam terreno face ao dólar.
"O relatório do Wall Street Journal sobre as tarifas desencadeou a mudança, que também teve impacto nos mercados cambiais e elevou o euro face ao dólar", disse à Bloomberg Andrea Tueni, diretor de negociação de vendas do Saxo Banque France.
Entre os principais movimentos de mercado, as ações da Telefónica - multinacional espanhola de telecomunicações -caíram 2,62% depois de o governo socialista liderado por Pedro Sánchez ter surpreendido os investidores com a demissão do presidente executivo e do diretor executivo de longa data da empresa.
Por outro lado, a Belimo Holding, fabricante suíço de equipamentos de aquecimento, subiu mais de 2%, após ter registado vendas anuais que superaram as estimativas dos analistas.
Segue-se agora alguma incerteza, com os mercados a mostrarem-se particularmente sensíveis às ordens executivas que Trump deverá assinar no primeiro dia da sua presidência. As mesmas deverão abranger vários setores, entre eles a energia, as criptomoedas, a plataforma de comunicação social TikTok e mais.
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