Ouro avança apesar de corte de juros pela Fed parecer improvável
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
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Ouro avança apesar de corte de juros pela Fed parecer improvável
O preço do ouro avança esta quarta-feira pelo segundo dia consecutivo com os investidores a aguardar pelas atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana bem como por dados macroeconómicos nos EUA, cuja divulgação foi atrasada pelo "shutdown" do Governo.
O metal amarelo beneficia do estatuto de ativo-refúgio e avança numa altura em que os investidores denotam algum nervosismo antes da apresentação, hoje após o fecho de Wall Street, dos resultados trimestrais da Nvidia.
A onça de ouro no mercado à vista ("spot") sobe 0,37%, para 4.082,67 dólares, enquanto a prata acompanha este movimento e avança 1,22%, até aos 51,3204 dólares por onça.
A platina ganha 0,64%, para os 1.542,39 dólares por onça, enquanto o paládio valoriza 1,03%, para 1.413,54 dólares por onça.
Sobreavaliação da tecnologia ensombra Ásia antes de contas da Nvidia
As bolsas asiáticas caíram pela quarta sessão consecutiva, antes da apresentação de resultados da maior cotada do mundo: a norte-americana Nvidia, que impulsionou os mercados acionistas a recordes. O setor tecnológico tem estado no centro das atenções do mercado devido a uma perspetiva de sobreavaliação das ações - que já resultou num "sell-off" mundial de 1,6 biliões de dólares no mercado mundial -, pelo que com o reporte de contas da fabricante de semicondutores os investidores vão "testar" esta teoria.
Além disso, vão ainda perceber qual o "guidance" da empresa para o próximo ano e ainda se os investimentos em inteligência artificial estão a dar retorno. Assim, o mercado estava mais cauteloso quanto a fazer grandes movimentações.
“Os investidores ainda estão nervosos”, disse Vey-Sern Ling, do Union Bancaire Privee, à Bloomberg. “As avaliações estão altas, o mercado de trabalho americano e as taxas da Reserva Federal ainda são incertos, estamos a entrar no final do ano com ganhos, então a maioria das pessoas quer reduzir o risco", acrescentou. Há, de resto, outros analistas que acreditam que o setor da IA irá sofrer uma "correção significativa", enquanto outros dizem que a turbulência dos últimos dia se trata apenas de uma "correção saudável".
A volatilidade voltou com força ao mercado. Na sessão de ontem, o chamado "indicador de medo" de Wall Street, o Índice de Volatilidade Cboe (VIX), ultrapassou os 24 pontos - acima do nível "chave" de 20 , que fez soar os alarmes entre os investidores - e atingiu o nível mais alto num mês.
No Japão, a preocupação com os planos de gastos governamentais exorbitantes fez com que as obrigações de longo prazo caíssem e os juros da dívida atingissem níveis históricos. Nas ações, o Topix cedeu 0,17% e o Nikkei 225 perdeu 0,34%.
Na China, o Shanghai Composite seguiu a tendência contrária e avançou ligeiros 0,18%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 0,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,61%.
Entre os principais movimentos empresariais, a Xiaomi cedeu 5,8% para o nível mais baixo em seis meses, depois de a empresa ter alertado que o aumento dos custos dos "chips" e a redução dos incentivos fiscais para veículos elétricos vão impactar as margens de lucro do próximo ano.
Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma abertura sem grandes alterações face ao fecho de ontem, enquanto os investidores também esperam pelos resultados da Nvidia para definir o sentimento de mercado.
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