Stoxx 600 regressa a janeiro de 2021. Petróleo sobe e juros agravam-se
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
- Europa de olhos no vermelho. Ásia negativa
- Petróleo sobe, com receios de quebra na procura. Gás desce
- Ouro segue perto de mínimos de dois anos
- Juros seguem em rota de alívio
- Euro ganha face ao dólar. Libra recupera de mínimos de 37 anos e Japão intervém no mercado cambial
- Europa de encarnado. Tecnologia tomba mais de 2%
- Wall Street arranca no vermelho após discurso da Fed
- Ouro recupera ligeiramente após intervenção de Japão no mercado de câmbio
- Bancos centrais animam câmbio. Iene cresce e franco suíço cede
- Petróleo aguenta ganhos apesar de fraco panorama económico global
- "Yield" da dívida portuguesa perto dos 3%. Juros das obrigações britânicas renovam máximos de 2011
- Bancos centrais atiram Europa ao chão. Stoxx 600 regressa a janeiro de 2021 e apaga mini "rally" de verão
As principais praças europeias estão a apontar para um início de negociação em terreno negativo, um dia depois da subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana em 75 pontos base.
De acordo com as projeções para os próximos aumentos dos juros diretores, a taxa de fundos federais só deverá aliviar a partir de 2024.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 perdem 1,5%.
Na Ásia, a negociação foi no vermelho, com o índice agregador das praças da região, o MSCI Asia Pacific, a tombar 1,4% e está assim a caminho da sexta semana consecutiva de quedas, a maior desde maio.
"Para a Ásia, o resultado da política monetária da Fed deve manter a pressão em ativos de risco no curto-prazo, especialmente em empresas exportadoras", revela o analista Tai Hui, do JP Morgan Asset Management, à Bloomberg.
Pela China, o Shangai Composite derrapou 0,27%, enquanto que no Japão o Topix cedeu 0,3%, ao passo que o Nikkei recuou 0,6%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,9% e na Coreia do Sul, o Kospi desceu 1%.
Esta quinta-feira realizam-se mais duas reuniões de política monetária. O Banco do Japão deverá manter as taxas de juro de referência inalteradas. Já o Banco de Inglaterra, que devia ter-se reunido na semana passada, mas adiou devido ao falecimento de Isabel II, deverá anunciar novo aumento dos juros diretores.
O petróleo está a valorizar ligeiramente, depois de dois dias em queda, numa altura em que os investidores estão a avaliar o impacto da subida das taxas de juro por parte da Fed nas previsões de procura por esta matéria-prima.
O petróleo chegou esta quarta-feira a ascender aos 3%, depois de Putin ter anunciado uma mobilização parcial das tropas russas, mas acabou por perder alguns dos ganhos com a decisão da Fed.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, sobe 0,43% para 90,22 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,45% para 83,31 dólares por barril.
No mercado do gás, os futuros estão a registar perdas, numa altura em que os países da Europa têm procurado aumentar o armazenamento para um inverno que se avizinha difícil.
Na próxima quarta-feira, a Comissão Europeia deverá apresentar um documento com os passos a tomar para diminuir a volatilidade e aumentar o volume negociado nos mercados energéticos.
Os futuros a um mês negociados em Amesterdão (TZT) - referência para o mercado europeu – perdem 4,6% para 181 euros por megawatt-hora.
O ouro segue a desvalorizar, cada vez mais perto de mínimos de dois anos, depois da decisão da Fed de subir as taxas de juro em 75 pontos base, anunciada esta quarta-feira.
Ao mesmo tempo, o dólar atingiu novos máximos, o que prejudica este metal que é negociado na moeda norte-americana. O metal precioso está assim cada vez mais perto de entrar em "bear market".
O ouro perde 0,88% para 1.659,17 dólares por onça.
"Nas últimas semanas, a maior dificuldade para o ouro tem sido a força persistente do dólar norte-americano", explica o analista Madhavi Mehta, da Kotak securities.
"A não ser que vejamos uma correção significativa do dólar, o ouro pode ter dificuldades em recuperar", esclarece ainda.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem em rota de alívio, com os investidores a avaliarem quanto mais o Banco Central Europeu pode subir as taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, recua 5,3 pontos base para 1,833%. Os juros da dívida francesa perdem 5,7 pontos base para 2,382%.
Já a "yield" da dívida soberana de Itália com a mesma maturidade alivia 9,8 pontos base para 4,016% e os juros da dívida espanhola cedem 6,3 pontos base para 2,950%.
Por cá, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade alivia 6,4 pontos base, fixando-se nos 2,843%. No Reino Unido, os juros da dívida a dez anos também recuam 4,4 pontos base para 3,262%, em antecipação da subida das taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra.
O dólar está a desvalorizar face ao euro, depois de dois dias ganhos e de uma subida de 1% registada esta quarta-feira, na sequência de uma decisão de política monetária norte-americana.
O euro soma assim 0,33% em relação à "nota verde" para 1,0131 dólares.
Já o iene, depois de ter registado mínimos contra o dólar, está neste momento a subir 1,23% para 0,0085 dólares. Isto após o Banco do Japão ter decidido manter inalteradas as taxas de juro, contrariando a tendência dos bancos centrais por todo o mundo, que tentam travar a inflação com subidas das taxas de juro. Ainda assim, a autoridade monetária revelou ter realizado uma intervenção no mercado cambial, pela primeira vez desde 1998, depois do dólar ter ultrapassado os 145 ienes, algo que não acontecia também desde 1998. O anúncio foi feito pelo responsável de câmbio do banco.
Ainda assim, a autoridade monetária revelou ter realizado uma intervenção no mercado cambial, pela primeira vez desde 1998, depois do dólar ter ultrapassado os 145 ienes, algo que não acontecia também desde 1998. O anúncio foi feito pelo responsável de câmbio do banco.
As principais praças europeias estão mergulhadas no vermelho esta quinta-feira. Os investidores estão assim a digerir a decisão de política monetária tomada pela Fed, de subir os juros de referência em 75 pontos base.
Esta quinta-feira foi a vez do Banco da Noruega e Banco da Suíça subiram as taxas de juro. O banco sediado em Berna e Zurique realizou um aumento em 75 pontos base, ao passo que no supervisor sediado em Oslo esse valor de 50 pontos base.
O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, perde 1,24% para 402 pontos, com apenas o setor alimentar em terreno positivo, mas ainda assim perto da linha de água.
A registar as maiores perdas está o setor das viagens, seguido pela tecnologia e serviços financeiros, que tombam mais de 2%.
Na quinta-feira, Isabel Schnabel, membro executivo do conselho do Banco Central Europeu indicou que a autoridade monetária deveria continuar a subir as taxas de juro diretoras, mesmo que Zona Euro entre numa recessão.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 1,18%, o francês CAC-40 desvaloriza 1,15%, o italiano FTSEMIB cai 1,06%, o britânico FTSE 100 cede 0,91% e o espanhol IBEX 35 recua 0,98%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 1,19%.
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira entre perdas e ganhos, numa altura em que os investidores analisam o caminho seguido pela Reserva Federal norte-americana (Fed), que esta quarta-feira subiu as taxas de juro em 75 pontos base. O presidente do banco central, Jerome Powell, sinalizou que a entidade está disposta a tolerar uma recessão para travar a inflação.
O "benchmark" S&P 500 desvaloriza 0,51% para 3.770,15 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,37% para 30.070,64 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,96% para 11.115,09 pontos.
O discurso de Powell deixou claro que o alívio ao agravamento monetário só está previsto para 2024, colocando um fim às expectativas geradas pela crença de que o pico da inflação já terá sido atingido.
O ouro está a negociar na linha de água, tendo recuperado das perdas registadas no início da manhã. A impulsionar o metal amarelo está a intervenção do Japão no mercado de câmbio, colocando o dólar sob pressão.
O metal precioso está a ceder 0,03% para 1.673,35 dólares por onça, mas durante a manhã chegou a cair 1,1%. Já a platina sobe 0,16% para 912,38 dólares e o paládio cresce 0,98% para 2.179,71 dólares.
No início da semana, o ouro viu alguma recuperação depois de o presidente russo ter anunciado uma mobilização parcial das tropas para a guerra na Ucrânia. Ainda assim, o metal continua a negociar perto de mínimo de dois anos. As subidas de taxas de juros por parte dos bancos centrais têm beneficiado o dólar, o que torna o ouro menos atrativo para os compradores estrangeiros, uma vez que este é negociado na nota verde.
O mercado cambial está particularmente agitado, durante a sessão desta quinta-feira, marcada por decisões de política monetária dos bancos centrais.
O euro desliza face ao dólar, que saiu reforçado pela decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) em subir as taxas de juro em 75 pontos base. A moeda única cai 0,19% para 0,9818 dólares.
Esta quinta-feira, a Fed aumentou a taxa de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva, dando força ao dólar, que já está a ser bastante procurado como ativo-refúgio devido à incerteza em torno da guerra na Ucrânia. O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – sobe 0,29% para 111,29 dólares.
Ainda na Europa, o franco suíço reage à reunião do banco central que esta quinta-feira subiu a taxa de juro de referência para 0,5%, tendo sido o último país do Velho Continente a subir os juros diretores acima de zero. A moeda de Zurique cai 1,44% para 1,0185 dólares e 1,29% para 1,0376 euros.
Apesar deste ter sido o aumento da taxa de referência mais agressivo em 20 anos, desiludiu o mercado, segundo os analistas, já que os investidores apontavam para uma subida de 100 pontos base. "A decisão [do Banco Nacional da Suiça] levou a um aumento do ‘short-selling’ sobre os pares euro e franco e libra franco, já que se esperava um aumento de maior dimensão", explicou Vasileios Gkionakis, estratega de câmbio do Citigroup, numa nota enviada aos clientes, citada pela Bloomberg.
No Reino Unido, a libra soma 0,20% para 1,1474 euros e negoceia na linha d' água face ao dólar (0,06%), após o Banco de Inglaterra ter subido as taxas de juro em 50 pontos base.
No bloco, destaque ainda para o zloty que negoceia perto de mínimos de um mês, estando a desvalorizar 0,3% para 4,789 euros. A moeda está ainda a ser pressionada pelo discurso de Vladmir Putin que esta semana anunciou uma mobilização militar parcial para a guerra na Ucrânia.
Fora do Velho Continente, o iene soma 1,53% para 0,0070 dólares e cresce 1,69% para 0,0072 euros, após o Banco do Japão ter decidido intervir no mercado cambial, pela primeira vez desde 1998, depois de o iene ter derrapado, na sequência do anúncio de que as taxas de juro do país se iam manter baixas.
Os preços do petróleo seguem a ganhar terreno, numa sessão volátil depois de novas subidas dos juros diretores por parte de bancos centrais como a Fed, Banco Nacional Suíço, Norges Bank e Banco de Inglaterra, numa demonstração de que o combate à inflação vai continuar – ainda que a expensas do crescimento económico.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,68% para 90,44 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,63% para 83,46 dólares por barril.
Os juros agravaram-se forma bastante expressiva tanto na Zona Euro como na Suíça e no Reino Unido, num dia marcado pela reação dos investidores às decisões de política monetária de vários bancos centrais em todo o mundo.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro –soma 7,6 pontos base para 1,962% estando perto dos 2%, como não é visto desde janeiro de 2014.
Por sua vez, os juros da dívida italiana somam 4,8 pontos base para 4,163%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos – agrava 5 pontos base para 2,958%, muito próximo da fasquia dos 3% alcançada pela primeira vez este ano em junho. Em Espanha, os juros das obrigações a dez anos acumulam 5,9 pontos base para 3,072%.
Apesar desta escalada, os "spreads" das dívidas face ao "benchmark" alemão permanecem estáveis. A diferença entre as "yields" da dívida italiana e das obrigações alemãs fixa-se em 219,2 pontos base, enquanto os juros das obrigações portuguesas com a mesma maturidade assumem também apenas um "spread" de 99 pontos base face às Bunds germânicas.
O mercado de dívida da Zona Euro reagiu esta quinta-feira à decisão da Fed que esta quarta-feira aumentou a taxa de juro diretora em 75 pontos base.
No Reino Unido, a "yield" das obrigações a dez anos escalam 18,6 pontos base para 3,492%, renovando máximos de maio de 2011, depois de esta quinta-feira o banco central britânico ter aumentado a taxa de referência em 50 pontos base.
Por fim, destaque ainda para os juros da dívida suíça a dez anos que agravam 5,3 pontos base para 1,270%, após o banco central ter também subido a taxa de juro diretora, passando a mesma para zero. Com este gesto, a Suíça foi o último país da Europa a retirar os juros diretores do terreno negativo.
A Europa terminou a sessão a apagar todos os ganhos arrecadados durante o mini "rally" de verão, regressando a mínimos de janeiro do ano passado. Os investidores digeriram o tom "falcão" da Reserva Federal norte-americana (Fed), Banco da Suíça e Banco de Inglaterra.
O Stoxx 600 derrapou 1,79% para 399,76 pontos. Entre os 20 setores que compõe o "benchmark" europeu por excelência, tecnologia e imobiliário comandaram as perdas.
Nas restantes praças europeias, Madrid perdeu 1,24%, Frankfurt derrapou 1,84%, Paris caiu 1,87% e Londres tombou 1,08%.
Por sua vez, Amesterdão caiu 1,85% e Milão deslizou 1,07%. Destaque ainda para a praça suíça: O SMI – que reúne as 20 maiores cotadas da Suíça e do Liechtenstein caiu 1,26% para 10.297,65 pontos.
Esta quinta-feira os investidores reagiram a várias decisões de política monetária. Ontem, a Fed subiu a taxa de juro de referência em 75 pontos base, tendo sido sucedida esta quinta-feira pelo Banco da Suíça que foi o último banco central da Europa a eliminar juros diretores abaixo de zero. O dia foi ainda marcado pela subida das taxas de juro britânicas em 50 pontos base.
Entre os principais movimentos de mercado destacam-se as ações do Credit Suisse, as quais caíram 5,49%, após as notícias de que o banco se prepara para dividir o negócio em três unidades, recorrendo ao modelo de "banco mau" para isolar os ativos de risco e de que o gigante suíço se prepara para sair dos EUA.
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