Citigroup prevê que apetite pela dívida portuguesa cresça em 2019

O banco de investimento americano mostra-se otimista quanto à evolução dos retornos entregues pela dívida portuguesa aos investidores, contando que compare bem relativamente a Espanha mas sobretudo em relação a Itália.
Cristina Casalinho IGCP
Pedro Elias/Negócios
Negócios com Bloomberg 04 de Fevereiro de 2019 às 07:58

As obrigações portuguesas parecem prontas a estenderem os ganhos acima das pares em 2019, depois de no último ano terem entregado aos investidores os melhores retornos entre os mercados de dívida entre os países periféricos europeus.

"Portugal pode ter um ainda melhor desempenho em relação a Itália nas próximas semanas", declarou um analista do Citigroup, Jamie Searle, citado pela Bloomberg. A justificar a afirmação está o apoio à emissão, o reinvestimento da dívida, que está a atingir a maturidade, pelo Banco Central Europeu e as perspetivas de melhoria dos ratings pelas agências especializadas.

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Este banco de investimento recomenda aos investidores que comprem a dívida de Portugal com maturidade em outubro de 2028 e que vendam a dívida italiana que vence em dezembro desse mesmo ano. Isto, numa altura em que o analista considera que o prémio de risco entre ambas se situe nos 144 pontos base.

Em janeiro, as obrigações portuguesas valorizaram 1,4%, de acordo com os dados do Bloomberg Barclays Euro Aggregate Index, ultrapassando o desempenho de Itália e ficando logo atrás de Espanha, com uma subida de 1,5%. No acumular de 2018, Portugal superou ambos os vizinhos, ao somar ganhos de 3%.

De realçar que o valor das obrigações tem uma evolução oposta à da taxa de juro implícita. Se os juros sobem, o preço da obrigações desce. Se os juros descem, o preço da obrigação sobe.

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