DBRS mantém CGD um nível acima de "lixo"
A agência de rating DBRS reiterou a classificação da dívida de longo prazo da CGD em "BBB" (baixo) - qualidade de crédito adequada, que é o último nível da categoria de investimento -, sendo que a perspectiva continua "negativa".
No relatório a que o Negócios teve acesso, a agência aponta os factores com implicações negativas e positivas para a classificação do banco liderado por Paulo Macedo, apontando que a prioridade é reduzir o seu elevado volume de crédito malparado.
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Quanto aos factores com efeitos positivos para o rating da CGD, a agência destaca que antes de mais, poderá ser necessário elevar a notação soberana de Portugal, a par com um registo sustentado de rentabilidade doméstica sólida, um significativo alívio do risco do balanço e um reforço adicional da marca a nível nacional.
Além disso, o "outlook" pode passar a "estável" se a DBRS observar "mais avanços na concretização do seu plano estratégico, incluindo uma redução substancial do crédito malparado e uma melhoria da rentabilidade".
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No cenário oposto, a agência vê como implicações negativas para o rating quaisquer sinais de instabilidade na nova equipa de gestão do banco, bem como qualquer desvio material perante as metas chave anunciadas no plano estratégico. Exemplo? Não ser capaz de regressar à rentabilidade a nível doméstico nem reduzir materialmente o malparado nos próximos 12 a 18 meses.
A agência canadiana reforça esta visão, recordando que a CGD regista perdas desde 2011, "essencialmente sobretudo ao elevado nível de imparidades".
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Um outro factor que poderá levar a uma significativa deterioração da situação de capital da CGD prende-se com eventuais perdas operacionais superiores ao antecipado, sublinha o relatório da DBRS.
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(Notícia actualizada às 17:46)
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