Instabilidade na Grécia leva a subida dos juros
Os juros da dívida estão em alta na periferia da Zona Euro. A incerteza em relação à solvabilidade do Tesouro grego continua a dominar as atenções, com os investidores a penalizarem as "yields" das obrigações da Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
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Os juros da dívida de Portugal estão a subir esta terça-feira, 26 de Maio, em quase todas as maturidades, com a "yield" das obrigações a cinco anos a avançar 6,1 pontos base para 1,154%. Já a taxa da dívida a 10 anos sobe 8,7 pontos para 2,515% Ou seja, a variação reportada pela Bloomberg é face ao valor de fecho da passada sexta-feira.
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É que, tal como o Negócios avançou na edição desta terça-feira, os valores reportados pela Bloomberg na última sessão estariam errados – era apontada uma subida de 42,6 pontos na "yield" a 10 anos -, devido à falta de liquidez nos mercados. Reflexo disso mesmo é que, agora, a agência não atribui qualquer variação para a taxa de Portugal na segunda-feira.
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Mas a tendência é também negativa nos restantes países da periferia. Na Grécia, a "yield" das obrigações a 10 anos avança 56,7 pontos base para 11,940%, ao passo que em Espanha a taxa na mesma maturidade sobe 1,0 pontos para 1,847%. Itália acompanha a tendência com uma subida de 6,4 pontos para 1,920%, enquanto os juros das obrigações alemães a 10 anos, por outro lado, recuam 5,5 pontos para 0,551%.
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A pressionar os mercados continua a incerteza em relação a um acordo entre a Grécia e os parceiros europeus, que determinará a solvabilidade do país. O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, afirmou esta terça-feira, em entrevista ao jornal alemão Bild, que "estamos a trabalhar dia e noite para alcançar um acordo". Contudo, alertou, "sem um acordo com os credores, a Grécia não vai receber nenhum novo empréstimo. E, nesse caso, há o risco de insolvência".
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Isto depois de, no domingo, o ministro grego do Interior, Nikos Vutsis, ter afirmado que a Grécia não iria conseguir pagar ao FMI o empréstimo de 1,6 mil milhões de euros, cujo prazo termina em Junho.
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Declarações que Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo helénico, tentou suavizar na segunda-feira, ao garantir que o país irá honrar as suas obrigações enquanto conseguir. Contudo, no mesmo dia, Yanis Varoufakis, o ministro grego das Finanças, explicava num artigo que o ponto de discórdia nas negociações é a exigência de mais austeridade por parte dos credores.
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