Portugal volta a financiar-se a juros ainda mais negativos
A agência que gere a dívida pública realizou esta quarta-feira, 17 de Maio, um duplo leilão, tendo colocado 1,5 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, um valor em linha com o estimado, que apontava para uma emissão global entre 1,25 e 1,5 mil milhões de euros.
PUB
Na emissão a 12 meses os juros associados foram de -0,153%, o que compara com -0,135% na última emissão comparável. É um novo mínimo histórico. A última emissão a 12 meses tinha sido realizada em Abril, altura em que a taxa de juro nesta emissão foi de -0,135%. Esta é a quinta emissão consecutiva a um ano em que o Estado português consegue financiar-se a juros negativos, o que significa que o Estado recebe juros dos investidores para se financiar, ao contrário do que é habitual.
Neste prazo, Portugal colocou 1.000 milhões de euros, com a procura a ser de 1,62 vezes a oferta.
PUB
PUB
"Depois de algum risco associado ao acto eleitoral francês, o mercado goza de um período em que os níveis de risco estão relativamente baixos", refere Marisa Cabrita, gestora de activos da Orey iTrade, adiatando que "os progressos em termos orçamentais reportados e a estabilização económica contribuem igualmente para um cenário positivo".
PUB
Ainda esta quarta-feira, 17 de Maio, foi noticiado que o Governo prevê antecipar o pagamento ao FMI de "6,5 mil milhões em 2018 e pelo menos 700 milhões de euros em 2019", num total de 7,2 mil milhões de euros.
PUB
Inicialmente, e sem qualquer antecipação dos reembolsos, estava previsto que Portugal começasse a devolver o dinheiro pedido ao FMI apenas em 2019, ano em que deveria pagar 2,5 mil milhões de euros, seguindo-se mais 4,9 mil milhões em 2020 e outros 4,3 mil milhões de euros em 2021.
(Notícia actualizada às 12:56 com mais informação)
Mais lidas
O Negócios recomenda