Portugal volta a pagar menos para emitir dívida de longo prazo
O IGCP realizou esta quarta-feira, 11 de Outubro, uma dupla emissão de obrigações com maturidade em 17 de Outubro de 2022 (cinco anos) e 14 de Abril de 2027 (10 anos), que ficou marcada por uma nova descida dos custos de financiamento.
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O instituto que gere a dívida pública colocou 500 milhões de euros em obrigações a cinco anos com uma ‘yield’ de 0,916%, que compara com a emissão de Junho, em que a taxa foi de 1,198%. Na emissão a dez anos, o IGCP colocou 750 milhões de euros com um juro de 2,327%. Esta yield é inferior aos 2,785% da anterior emissão comparável (Setembro) sendo a mais baixa, neste prazo, desde Fevereiro de 2015, altura em que Portugal pagou juros de 2,041% para se financiar a dez anos.
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Na emissão a cinco anos a procura superou a oferta em 2,65 vezes e na operação a dez anos a procura foi 1,96 vezes superior.
"É uma excelente notícia para Portugal estar a emitir dívida longa abaixo do custo médio da dívida portuguesa. Isso é que faz verdadeiramente a diferença nos custos da dívida e que permite reduzir esses encargos, criando uma folga maior", afirma Filipe Silva, director da gestão de activos do Banco Carregosa. "O risco do país tem descido substancialmente, o que pode ajudar as empresas portuguesas que pretendam financiar-se no mercado de dívida. Os investidores mostram continuar interessados na dívida portuguesa."
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No total, o Tesouro português colocou 1.250 milhões de euros, o tecto máximo desta emissão, o que significa que falta angariar menos de 2 mil milhões de euros para atingir a meta de financiamento prevista para o total do ano.
Esta foi a primeira vez que Portugal foi aos mercados depois de, a 15 de Setembro, a agência de notação financeira S&P ter tirado o rating do país do nível de "lixo". Também é o último teste antes da apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que está agendada para esta sexta-feira.
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(Notícia actualizada às 11:24)
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