BPI paga 3,3% para emitir 425 milhões em dívida. Recompra antecipadamente 300 milhões
O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa está a avançar com duas operações. Por um lado, faz uma nova emissão de obrigações que contam para o reforço dos rácios e, por outro, vai buscar uma linha mais antiga.
O BPI vai avançar, na próxima semana, com uma emissão de dívida subordinada para reforçar os rácios de capital. São 425 milhões de euros em novas obrigações a 10 anos numa colocação que será totalmente subscrita pelo acionista CaixaBank, segundo anunciou esta segunda-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa anunciou que vai realizar uma emissão de dívida subordinada (Tier 2), no montante de 425 milhões de euros e prazo de vencimento fixado em março de 2032. Antes disso, pode contudo optar pelo reembolso opcional em março de 2027.
A nova emissão terá uma taxa de cupão indexada à Euribor a 6 meses acrescida de um "spread" de 3,3%. "A referida emissão será subscrita integralmente pelo CaixaBank, S.A. e a respetiva liquidação ocorrerá a 8 de março", explica.
Em simultâneo, o BPI vai avançar, a 24 de março, com o reembolso antecipado de uma emissão de dívida subordinada da mesma categoria que tinha igualmente sido totalmente subscrita pelo CaixaBank.
"A nova emissão aumenta a proporção de Tier 2 no rácio de capital total, otimizando a estrutura de capital do Banco BPI, tendo sido obtida autorização prévia do Banco Central Europeu para a referida substituição", aponta o banco sobre a emissão, que irá contribuir "igualmente para o reforço dos passivos elegíveis para cumprimento do requisito de MREL (Minimum Requirement for own funds and Eligible Liabilities)" ou seja para os requisitos regulamentares que tem de cumprir.
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