A Mota-Engil concretizou com sucesso a emissão de obrigações no valor de 110 milhões de euros, tendo a procura atingido os 140 milhões de euros.

Os resultados da operação foram anunciados na sessão especial de bolsa que decorreu esta tarde na Euronext Lisbon. Tendo em conta a oferta inicial de 65 milhões de euros, a procura mais do que duplicou a oferta. A construtora liderada por António Mota, contudo, decidiu elevar o valor da operação para 110 milhões de euros, pelo que a procura acabou por ficar 27% acima do montante disponível.

José Pedro Freitas, CFO da Mota-Engil, salientou que esta operação, conjugada com outras operações permite ao grupo concretizar o objectivo de diversificar as soluções de financiamento, reduzir o seu custo e alargar maturidades. O responsável frisou ainda o nível recorde da carteira de encomendas da Mota-Engil e destacou o facto de a emissão agora concluída ter atraído investidores de diversas origens. 

Os títulos, cada um com valor unitário de 500 euros, pagam uma taxa de juro fixa (bruta) de 4,5% ao ano. Os juros serão pagos semestralmente (a 28 de Maio e 28 de Novembro de cada ano).

Na emissão de novos títulos através da oferta pública de subscrição, a Mota Engil encaixou 55,2 milhões de euros. Através da operação pública de troca (OPT), que era dirigida aos investidores que já tinham em carteira títulos emitidos em 2014 e 2015, a subscrição atingiu 54,8 milhões de euros.

6 mil investidores

Participaram na OPT perto de 2 mil investidores (1.983), sendo que a parte mais significativa (764 ou 38,5% do total) subscreveu entre 500 e cinco mil euros. 599 investidores subscreveram entre 10.500 e 50 mil euros e 19 subscritores investiram mais de 250 mil euros cada um.

Na OPS foram 4.010 os investidores que participaram. Mais de metade (2.561 ou 64,6% do total) gastou entre mil e 5 mil euros, enquanto 21 aplicaram mais de 250 mil euros.

Foram assim mais de 6 mil investidores que participaram nesta operação de financiamento da Mota-Engil.   

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