Fundos de pensões e seguradoras compraram mais dívida na emissão

Os chamados investidores “real money” ficaram com 15,5% dos títulos colocados na emissão de obrigações do Tesouro. A proporção supera os 12% da emissão a 10 anos em Maio. Quase 90% foi para o estrangeiro, sensivelmente o mesmo que na emissão de Maio.
Edgar Caetano 09 de Janeiro de 2014 às 18:50

A emissão contou com uma participação mais elevada de investidores chamados “real money”, ou seja, fundos de pensões e seguradoras. São um tipo de investidores que o IGCP pretende atrair porque são vistos como mais conservadores.

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Cerca de 15,5% dos títulos foram para esse tipo de investidores, mais do que os 12% na operação de Maio do ano passado, informou o IGCP em comunicado.

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No que diz respeito à procura total, que superou os 11 mil milhões, esta chegou de cerca de 280 investidores, “o que evidencia o vasto apoio nesta transacção importante”, diz o IGCP. “A transacção contou com uma participação particularmente robusta de investidores de ‘real money’, o que demonstra procura generalizada por activos portugueses nos mercados de capitais”, acrescenta.

 

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Ao contrário da emissão feita há quase um ano, que foi sobretudo absorvida por investidores mais especulativos (como os "hedge funds"), a colocação feita em Maio contou com uma maior variedade de investidores. A presença de fundos de pensões e seguradoras nessa operação tem sido, desde então, uma "bandeira" do Tesouro nas suas apresentações junto dos potenciais investidores.

 

O facto de a participação de “real money” ter aumentado de 12% em Maio para 15,5% nesta emissão será também um sinal importante para enviar à troika. Recorde-se que, no início do ano passado, o Fundo Monetário Internacional afirmou que a base de investidores na dívida portuguesa era, em grande parte, "investidores especulativos". Ou seja, que não dão garantias de permanecer investidos e que mais rapidamente despejam os títulos em períodos de instabilidade.

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Uma vez mais, a maior parte dos títulos foram para gestoras de activos tradicionais: mais de 60%. O restante dividiu-se entre bancos, “hedge funds” e bancos centrais (3,1%).

 

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Na repartição geográfica, os investidores britânicos dominaram (38,3%), com 11,8% a ficar em Portugal e o restante a dividir-se pelas geografias habituais (Europa Central, Itália, Espanha, países escandinavos e EUA).

 

(Notícia actualizada às 19h20 com mais informação)

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