Juros da dívida disparam após chumbo do Constitucional
Os juros da dívida pública portuguesa estão a reagir em alta acentuada ao chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento, que vão dificultar a execução orçamental deste ano.
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Foram chumbadas quatro normas do Orçamento, que representam um rombo de 1,3 mil milhões de euros no Orçamento deste ano. O primeiro-ministro disse ontem que esta decisão dificulta a vida do Governo e de todos os portugueses, anunciando que o Governo recusa aumentar impostos e vai implementar mais cortes da despesa.
A Comissão Europeia já reagiu, manifestando confiança na capacidade do Governo português para encontrar "rapidamente" novas medidas que compensem as normas orçamentais chumbadas pelo Tribunal Constitucional.
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A reacção dos investidores, tendo em conta o comportamento das obrigações no mercado de dívida secundário, mostra que com o chumbo do Constitucional aumentaram as dúvidas sobre a capacidade de Portugal cumprir as metas do programa de assistência financeira.
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Os juros da dívida a 10 anos, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg, avançam 20 pontos base para 6,55%, superando os 6,5% pela primeira vez desde Fevereiro. Esta “yield” já quebrou em baixa a barreira dos 6%, quando o Governo lançou a primeira emissão de obrigações de longo prazo desde que Portugal solicitou ajuda externa.
Nos restantes prazos a tendência também é de forte subida dos juros. Na maturidade a cinco anos a “yield” avança 31 pontos base para 5,3%, sendo que nos prazos acima de 3 anos o agravamento dos juros é sempre superior a 20 pontos base.
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Para já Portugal não está a contagiar a dívida dos restantes periféricos, já que as obrigações espanholas a 10 anos negoceiam com uma “yield” de 4,68%, 7 pontos base abaixo do fecho de sexta-feira.
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