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Novo corte nas taxas de juro do BCE não está afastado, sugere líder do Banco da Finlândia

Oli Rehn contraria a opinião dos investidores que reduziram as expectativas de uma nova descida do preço do dinheiro na reunião do próximo dia 11. “Não há margem para complacência”, diz o responsável.

Olli Rehn (Banco da Finlândia) defende atenção à inflação na Zona Euro
Olli Rehn (Banco da Finlândia) defende atenção à inflação na Zona Euro Tarmo Lehtosalo/AP
31 de Agosto de 2025 às 11:17

O governador do Banco da Finlândia não afasta um novo corte das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) nos próximos meses, contrariando a opinião dos mercados financeiros de que uma redução adicional até ao final do ano está fora de questão, noticia este domingo o Financial Times.

Os riscos de inflação, diz o responsável, estão atualmente “inclinados para o lado negativo”, sublinhou em declarações ao jornal britânico, em antecipação ao encontro dentro de semana e meia, em Frankfurt.

Olli Rehn alertou contra a “complacência” em relação à estabilidade dos preços, mesmo que a inflação anual tenha estado em linha com a meta de médio prazo de 2% do BCE nos últimos dois meses.

Durante o verão, os investidores reduziram as expectativas de outro corte de um quarto de ponto na taxa de depósito do BCE este ano. Os contratos de derivados atualmente colocam a probabilidade de outro corte até o final do ano em menos de 40%, em comparação com mais de 50% no final de julho, de acordo com os dados da LSEG.

“Temos de estar atentos aos riscos de descida da inflação”, afirmou Rehn, apontando “a energia mais barata, um euro mais forte e a inflação dos serviços contida”. O BCE pretende evitar uma inflação excessiva ou insuficiente, e qualquer descida sustentada dos preços no consumidor abaixo da meta de 2% poderá desencadear mais cortes nas taxas.

Desde o início do ano, o euro valorizou 13% em relação ao dólar americano — tornando as importações para a Zona do Euro mais baratas —, enquanto o preço do petróleo caiu 9%. A inflação dos serviços, que está acima de 2% desde o final de 2021, caiu para o nível mais baixo em mais de três anos.

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