Juros dos depósitos caem há 20 meses. Taxa fixa-se em 1,34% em agosto
O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares diminuiu 926 milhões de euros em agosto, totalizando 11.238 milhões de euros.
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Os juros a que os bancos remuneram as poupanças das famílias diminuem há 20 meses consecutivos. Em agosto, a taxa média fixou-se em 1,34%, o que compara com 1,39% no mês anterior, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Esta taxa já se reduziu 1,74 pontos percentuais (pp) desde dezembro de 2023, mês em que tinha atingido 3,08%, o valor mais elevado desde julho de 2012.
A tendência de quebra tem acompanhado a descida das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE), ou seja, o custo do dinheiro. Isto mesmo apesar de a autoridade monetária não ter mexido nos juros nas últimas reuniões, numa estratégia que o mercado espera que se mantenha.
Face a esta evolução, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares diminuiu 926 milhões de euros em agosto, totalizando 11.238 milhões de euros.
Nos novos depósitos com prazo até um ano - que representaram 94% dos novos depósitos em agosto -, a taxa de juro média diminuiu 0,05 pontos percentuais (pp), para 1,34%. Já a remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos manteve-se nos 1,39%, tornando-se a mais elevada entre as várias classes de prazo.
A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro reduziu-se 0,01 pp, para 1,76%. Portugal manteve o seu lugar entre os países da área do euro, sendo o país com a quinta taxa mais baixa.
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