“O JP Morgan acredita que a indústria cripto e blockchain valerá 16 biliões de dólares até 2030. Acredito que este número é baixo e que será significativamente mais do que isso”, afirmou David Long, Chief Commercial Officer da Crypto Valley Venture Capital (CV VC), na conferência “Portugal Investment by Global Citizens”, organizada pelo Bison Bank, com o Jornal de Negócios como media partner, sublinhando a adoção exponencial das stablecoins e de outras tecnologias blockchain.
A CV VC, sediada na Suíça, o país mais inovador do mundo em número de patentes per capita, estabeleceu há quatro anos um dos seus sete hubs globais em Portugal. "Nos últimos dez anos, Portugal tem trabalhado para se tornar um dos principais hubs de inovação da Europa. É uma combinação de geografia, sendo ponto de entrada para a Europa, as Américas, o Médio Oriente e África, com significativo apoio governamental e uma cultura vibrante", referiu David Long. Destacou o ecossistema suíço, "a Crypto Valley é a casa de 1.750 empresas, 17 unicórnios e um valor cumulativo de 600 mil milhões de dólares, incluindo Ethereum, Cardano e Near Foundation."
O gestor apresentou dados impressionantes sobre a adoção das stablecoins, cuja liquidação diária ultrapassa o que o PayPal e a Visa fazem combinados. "É quase o dobro do montante diário que o PayPal e a Visa liquidam juntos. Representa 60% do que o ACH processa diariamente. Stablecoins é o grande tópico de 2025."
Novo perfil dos investidores
David Long alertou para uma mudança radical no perfil dos investidores. "Mais de 70% da riqueza é detida pela geração baby boomer e pela geração silenciosa. As próximas gerações, como a X, os millennials e a Gen Z, estão preparadas para herdar mais de 100 biliões de dólares."
Segundo David Long, quando se pergunta às gerações mais velhas onde veem maiores oportunidades de crescimento, ainda acreditam em ações. "As gerações mais jovens nem incluem ações no top cinco. Acreditam que as maiores oportunidades estão no imobiliário, cripto, private equity e em criar as suas próprias empresas." David Long concluiu que "a inovação nunca foi tão rápida como hoje, mas nunca mais será tão lenta."
