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O potencial de Portugal para se tornar um hub verde

Com o tema “Energia: Competitividade na Reindustrialização”, a Portugal Energy Conference 2025 pretende enquadrar a importância estratégica da reindustrialização e da transição energética para o país.

10 de Dezembro de 2025 às 14:00
António Coutinho destaca o papel da energia como motor da reindustrialização e defendeque Portugal tem condições para assumir uma posição competitiva na transição energética.
António Coutinho destaca o papel da energia como motor da reindustrialização e defendeque Portugal tem condições para assumir uma posição competitiva na transição energética. Duarte Roriz
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António Coutinho destaca o papel da energia como motor da reindustrialização e defendeque Portugal tem condições para assumir uma posição competitiva na transição energética.

Debater a forma como a energia pode ser um catalisador de reindustrialização e analisar a ligação entre política energética, indústria e competitividade económica é o ponto central da Portugal Energy Conference 2025, que se realiza a 11 de dezembro na sala Almada Negreiros, no Centro Cultural de Belém. O encontro é organizado pela Associação Portuguesa de Energia (APE) e como sublinha António Coutinho, presidente da associação, representa uma das principais iniciativas do setor energético em Portugal. A conferência tem vindo a consolidar-se como um dos eventos mais relevantes da área, beneficiando da visão integrada da APE, a única associação generalista do setor. António Coutinho nota que esta abrangência permite abordar os temas com maior profundidade e lembra que a escolha do tema Energia Competitividade na Reindustrialização procura responder a um momento decisivo para o país. “Portugal atravessa uma fase em que a energia pode ser um motor estratégico para dinamizar a indústria nacional, seja na modernização das empresas existentes, seja na atração de novas indústrias ligadas à transição energética”, afirma. A edição de 2025 pretende enquadrar a importância estratégica da reindustrialização e da transição energética para a economia portuguesa.

Portugal atravessa uma fase em que a energia pode ser um motor estratégico para dinamizar a indústria nacional, seja na modernização das empresas existentes, seja na atração de novas indústrias ligadas à transição energética. António Coutinho, Presidente da Associação Portuguesa de Energia

Segundo explica António Coutinho, a conferência irá analisar “as vantagens estruturais de Portugal na produção de energia renovável a custo sustentável e o seu potencial para se tornar um hub verde”, que darão o mote aos trabalhos. As sessões da manhã serão dedicadas às vantagens competitivas para setores industriais já implantados, com enfoque “nos segmentos de difícil descarbonização, como o siderúrgico, o do papel, o do cimento, o do vidro e o cerâmico”. O presidente da APE realça ainda as oportunidades associadas às novas indústrias da transição energética, como “os data centers, os equipamentos, os novos vetores energéticos como o hidrogénio e outros combustíveis renováveis e as atividades ligadas à economia circular”.

Políticas de reindustrialização

A tarde assumirá um carácter mais estratégico, centrado nas políticas de suporte à reindustrialização e nas perspetivas de futuro da energia como fator de competitividade. O presidente da APE destaca que o programa contará com especialistas em geoestratégia, competitividade e industrialização, bem como “com os CEO das três principais empresas de energia nacionais”. A conferência contará ainda com a presença da ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho. No enquadramento institucional, António Coutinho descreve a missão da Associação Portuguesa de Energia como essencial para a reflexão e o debate qualificado sobre a transição energética e digital sustentável. “A APE tem por missão dinamizar a reflexão, o conhecimento e o debate sobre a transição energética e digital sustentável em Portugal.” O responsável sublinha que a associação integra entidades de toda a cadeia de valor da energia, desde a produção ao consumo, englobando fontes fósseis e renováveis, distribuição, comercialização, fabricantes de equipamentos, serviços energéticos, centros de investigação, consultoras e organismos públicos. O presidente da APE lembra ainda que a associação representa Portugal no World Energy Council. “Portugal é membro do World Energy Council desde a década de 1930 e a APE é o Comité Nacional Membro da organização”, recorda. Assinala também que a associação é herdeira da antiga Comissão Nacional do Congresso Mundial da Energia e a mais antiga entidade portuguesa de caráter global ligada ao setor.

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