“Hoje é um dia de celebração e reconhecimento da inovação em Portugal.” Com estas palavras, o diretor da Nova School of Business & Economics, Pedro Oliveira, abriu a sessão solene de entrega de prémios da 3.ª edição do Prémio Nacional de Inovação (PNI), transformando o auditório da Nova SBE num verdadeiro palco de inspiração. O evento reuniu cerca de 200 participantes, entre líderes empresariais, académicos, empreendedores e representantes institucionais, e distinguiu 17 projetos de excelência selecionados entre 261 candidaturas, num esforço conjunto para fortalecer a cultura de inovação e empreendedorismo em todo o território nacional.
Pedro Oliveira lembrou, logo no início, o percurso que conduziu a Nova SBE ao estatuto de knowledge partner do PNI. “Foi um privilégio servir como membro do júri e testemunhar o crescimento exponencial da qualidade das candidaturas.” O diretor sublinhou que o principal objetivo do prémio é “impulsionar uma cultura de inovação e empreendedorismo e distinguir os melhores talentos e projetos empreendedores”, realçando o papel fundamental dos parceiros na concretização desta missão.
Em tom entusiasta, Pedro Oliveira fez questão de agradecer “o enorme trabalho dos meus colegas, não só na organização deste evento, mas também na promoção diária de uma cultura de inovação com impacto real em Portugal”. O diretor explicou como o ecossistema de inovação da Nova SBE funciona na prática: “Muitos dos nossos programas nascem de conversas passadas nos corredores, onde alunos e professores trocam ideias. O mestrado em Impact Entrepreneurship and Innovation, por exemplo, tem visto um crescimento notável, formando profissionais capazes de gerar valor social e económico”.
Aos olhos de Pedro Oliveira, a aposta em conferências internacionais reforça a posição de Portugal no mapa global da inovação. “Nos dias 21 e 22 de julho somos anfitriões da Conferência Mundial da Open and User Innovation. Estarão connosco académicos de renome, como Karim Lakhani e Carliss Baldwin, da Universidade de Harvard; Eric von Hippel, do MIT; Catherine Strandberg, da NYU; Shannon Held, da Universidade de Chicago; e Jacqueline Lane, de Harvard”. Num momento em que a inteligência artificial e as metodologias abertas ganham preponderância, o diretor destacou o Open and User Innovation Knowledge Center e, de forma particular, o AI Experimentation Lab, integrado no D-Cubed Institute da Nova SBE, “um projeto irmão do instituto de Harvard em Cambridge, Massachusetts, que já está a desenvolver estudos pioneiros em IA aplicada à gestão”, explicou.
Além dos espaços de investigação, Pedro Oliveira apontou para o Haddad Entrepreneurship Institute como outro eixo de impulso ao empreendedorismo: “Muitos dos nossos alunos chegam com a ambição de serem inovadores e empreendedores. Cabe-nos apoiá-los na transformação dessas ideias em projetos de sucesso. É esse o compromisso da nossa escola”.
Diana Ramos, diretora do Negócios, destacou na cerimónia que, quando esta iniciativa foi lançada, há três anos, “provavelmente soava um pouco estranho que um jornal e dois parceiros relevantes, a Claranet Portugal e o BPI, estivessem interessados em discutir este tema”. Hoje, reforçou, “assistimos a sinais concretos da União Europeia sobre a urgência de investir em inovação e conhecimento”, numa intervenção marcada pela convicção de que Portugal precisa de dar passos cada vez maiores neste caminho de inovar.
“Este prémio evoluiu muito desde a primeira edição, mas não evoluiu muito pela grande transformação que o prémio fez em si mesmo. Evoluiu porque os projetos que a ele concorrem, ano após ano, têm melhorado significativamente. É também uma mostra de que há um caminho que tem vindo a ser feito e que há cada vez mais vontade em transformar a economia e o país”, afirmou Diana Ramos.
Num apelo final aos presentes, sublinhou a importância de continuar o caminho assente na inovação. “Quem for hoje distinguido, e todos os que apresentaram candidatura, estão a dar um passo importante, a acrescentar valor e a desenhar o futuro do nosso país. O Jornal de Negócios manter-se-á ao vosso lado, dando voz às ideias que transformam realidades.”
BPI destaca diversidade e visibilidade da inovação no encerramento do PNI
Teresa Silva e Sousa, diretora de Organização, Qualidade e Inovação do BPI, destacou a diversidade de modelos de inovação premiados e o papel do Prémio Nacional de Inovação na ampliação da visibilidade interna e externa dos projetos. Recordou as palavras de Luís Cabral, que sublinhou que a inovação vai muito para além do produto, abrangendo processos, organização e modelos de negócio, e que se aplica tanto a startups como a médias e grandes empresas.
Do lado do BPI, Teresa Silva e Sousa reforçou o valor dos prémios para reconhecer as equipas que trabalham arduamente para concretizar os seus projetos e para gerar visibilidade interna nas empresas e externa junto da sociedade. “É com muito orgulho que vemos, ano após ano, o aumento do número de candidaturas e o envolvimento crescente dos nossos parceiros em promover a inovação em Portugal”, afirmou.
“Orgulhoso” por ver talento português em Las Vegas
A encerrar a cerimónia, Alexandre Ruas, diretor executivo da Claranet Portugal, partilhou a experiência de ver tecnologia portuguesa num grande evento em Las Vegas. Recordou o momento em que assistiu, perante duas mil pessoas, à apresentação de uma solução que permite entrar numa loja, escolher produtos e sair sem passar pela caixa. Pensou que em Portugal já se fazia o mesmo, através da Sensei, empresa que está a escalar internacionalmente.
Num auditório onde se discutiam infraestruturas e inteligência artificial, e perante dados que mostravam quase 600 mil patentes registadas nos EUA num só ano, Alexandre Ruas confessou que se sentiu a “inchar de orgulho” ao ver Vasco Portugal, fundador da Sensei, apresentar nos Estados Unidos a mesma tecnologia que já tinha passado pelo palco do primeiro Prémio Nacional de Inovação. Sublinhou que, apesar dos obstáculos no ecossistema português, é possível ter sucesso.
Lançou ainda um apelo à resiliência e ao compromisso com uma estratégia sustentável, reforçando que o propósito da Claranet Portugal e do Prémio Nacional de Inovação é dar visibilidade a quem inova todos os dias. “Um bem-haja à inovação, ao Prémio Nacional de Inovação e confesso que fiquei muito feliz de estar representado nos Estados Unidos. Obrigado e até para o ano.”