"Este prémio contribuiu para o reconhecimento público da importância da questão da saúde no seio das sociedades e do papel dos prestadores de cuidados de saúde que são os que, em primeira linha, cuidam da saúde dos seus doentes" referiu Jorge Sampaio.
Dirigindo-se aos representantes dos projectos premiados, Jorge Sampaio sublinhou que mostraram que, "apesar das dificuldades, é possível manter e apoiar uma dádiva de esforço e de civismo militante, que importa registar, e nos dá renovada esperança".
Presidente do júri, ex-Presidente
O ex-Presidente da República aproveitou a oportunidade para afirmar que Fernando Pádua, que teve uma carreira na área da saúde "íntegra e única", foi, sobretudo, "um militante cívico na pureza que isso significa, arrostando contra tudo e contra todos, se necessário, mas fiel a alguns valores essenciais ao nosso dever colectivo".
Jorge Sampaio referiu-se ainda às questões que têm sido levantadas pelos movimentos que têm vindo a defender o fim de algumas vacinas, recordando que viveu as primeiras campanhas nacionais quando era um jovem licenciado nos anos 1960. "Foi um movimento geral no país, com os sinos das igrejas a tocar, as pessoas a irem para vacinação. Foi o início de uma enorme caminhada." O antigo chefe do Estado alertou por isso que "se recuarmos nos níveis que levaram à erradicação de um certo tipo de doenças, recuamos gravemente e vai levar muito tempo a recuperar desse atraso".