Camilo Lourenço camilolourenco@gmail.com 25 de Março de 2009 às 12:05

A UEFA e as finanças dos clubes

A UEFA quer fiscalizar as finanças dos clubes para garantir condições de competitividade iguais a quem participa nas competições europeias. O assunto não é novo mas ameaça voltar, com força, à mesa das negociações...

A UEFA quer fiscalizar as finanças dos clubes para garantir condições de competitividade iguais a quem participa nas competições europeias. O assunto não é novo mas ameaça voltar, com força, à mesa das negociações. Cortesia das crises financeira e económica, que ameaçam estoirar as finanças dos clubes europeus. De tal forma que o próximo defeso pode trazer ao mercado dos passes de jogadores a mesma imagem dos parques de fabricantes de automóveis: excelentes produtos… mas sem comprador.

A UEFA tem razão? Tem, se não introduzir princípios socialistas na gestão de uma indústria que tão bem se tem regido pelas leis do mercado (o negócio do futebol tem crescido acima do PIB nominal na Europa…). Os salários são um bom exemplo: aquando da anterior discussão, a UEFA pensou impor um tecto salarial aos clubes. E até se falou na importação do modelo existente na Major League Soccer (campeonato de futebol dos EUA).

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Os tectos salariais têm utilidade se a UEFA não impuser valores absolutos (estilo os jogadores não podem ganhar mais do que um milhão de euros), estabelecendo antes uma relação entre as despesas com salários e receitas dos clubes. Qual deve ser esse valor? Qualquer coisa entre 50 e 55%. Seria uma boa forma de garantir o tal "level playing field" que a UEFA quer estabelecer entre clubes ricos e clubes pobres, evitando também que disparates de gestão levem à falência de instituições centenárias na Europa.

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