Não é só capital que não tem pátria
1. Não é só capital que não tem pátria
Dono da maior fortuna de França e da União Europeia já veio assegurar que o seu pedido de nacionalidade belga nada tem a ver com fugir aos impostos. A França inquietou-se quando, no prelúdio de um imposto sobre as muito altas fortunas, Bernard Arnault fez saber que meteu os papéis para cidadão da Bélgica.
O proprietário do grupo de luxo LVMH e da Christian Dior, opõe-se ao imposto que François Hollande quer criar. Mas assegura que "continuarei fiscalmente domiciliado em França cumprindo, como todos os franceses, as minhas obrigações fiscais".
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A dupla nacionalidade permite-lhe reforçar os laços com o homem de negócios belga Albert Frère e facilitará um "projeto sensível" de investimento na Bélgica, explicaram ontem os jornais. Num caso como noutro o episódio caracteriza na perfeição os tempos modernos: a diluição de valores como a nacionalidade na torrente de interesses económicos.
2. Glencore
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O aumento de 11% para 18% da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social levou o nome de Pedro Passos Coelho ao topo da imprensa internacional. Mais de 500 anos volvidos sobre as Descobertas, ainda que agora na qualidade de testa-de-ferro, Portugal volta a ser o exemplo a seguir pela Europa dos aflitos: antes de voltar a aumentar os impostos, baixa os salários através de um golpe de mágica institucional. A Alemanha deverá estar orgulhosa do "bom aluno".
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