O imobiliário em 2025
2025 será em termos do setor imobiliário um ano de crescimento!
O setor que assistiu a um aumento gradual nas transações e na atividade ao longo de 2024, parece pronto para ganhar ritmo sobretudo após as novas descidas verificadas na taxa de juro de referência do BCE para 2,5%, já distante do máximo de 4% alcançado em setembro de 2023. Aliviando-se assim a pressão sobre o setor e potenciando-se um aumento na atividade de investimento e o retorno do crescimento nos principais segmentos do mercado, sobretudo no residencial.
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Ao nível dos preços será de esperar incrementos médios na ordem dos 4% a 6% em termos gerais, muito em linha com a média de longo prazo verificada nos anos anteriores, no mercado de arrendamento as rendas deverão manter os seus níveis devido sobretudo à pouca oferta existente no mercado.
Outro aspeto positivo e dinamizador do mercado são duas novas medidas fiscais, já em vigor, de incentivo à compra de casa a jovens até 35 anos e a garantia do Estado no processo de concessão de crédito permitindo, através da isenção de pagamento do IMT, imposto de selo e emolumentos, uma real poupança nos custos fiscais da casa e um maior acesso ao crédito, em conjunto estão já a dinamizar este segmento de compradores que muitas vezes não reuniam condições económicas para a compra de casa, esperando-se um impacto muito positivo no incremento das transações e do mercado em geral.
A nova "lei dos Solos" terá também um fator dinamizador, embora a mais longo prazo, na construção de novas habitações, disponibilizando mais terrenos, sobretudo, para a construção de edifícios multifamiliares, esperando-se que nos próximos anos esse aumento na oferta possa estabilizar e baixar os preços médios de compra de uma habitação.
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No segmento de luxo o aumento dos preços deverá manter-se numa percentagem entre 6% e 8% em cidades como Lisboa e Porto, mas também em toda a linha costeira do Algarve, sobretudo nas áreas e freguesias "prime" ou de luxo. Este crescimento acompanha a tendência europeia, em cidades como Estocolmo, Madrid, Milão, Paris e Londres, aparecendo, a par de Lisboa, como as cidades de maior valorização em 2025. Mantendo-se, assim, a Europa como centro de riqueza global e um dos locais de maior atratividade e preferência para clientes internacionais de diversas origens.
Por fim destaco também cinco "key-issues" identificadas pelo setor como riscos potenciais que preocupam muitos dos investidores e promotores em diferentes locais do mundo.
Pela sua importância no momento da tomada de decisão, temos o risco da Instabilidade política e o incremento das guerras, o excesso de regulamentação no setor, o crescimento económico da zona Euro, os custos de construção e a disponibilidade de terrenos para construir. Mitigar estes riscos serão os desafios de muitos dos governos de modo a fomentarem um ambiente mais estável e de menor risco.
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