Raramente em Portugal se vê alguém assumir a responsabilidade de um ato que tenha praticado ou de uma qualquer ação que tenha ocorrido em alguma área que tutele. Ou assobia para o lado a ver se ninguém dá por isso ou a culpa irá sempre recair sobre o subalterno ou o vizinho. Na estrutura do Estado esta atitude assume proporções bíblicas. Os casos Cabrita são todos eles um manual de más práticas e deviam ser objeto de estudo e de ensino nas escolas podendo começar logo no pré-escolar. Mas infelizmente não são caso único. A tentativa permanente de esconder as falhas e a promiscuidade existente entre o Estado e os interesses económicos é feita de truques e de expedientes de comunicação que já só iludem quem está muito desatento ou gosta de ser enganado.