O Banco de Portugal e a tradição de não ver nada
A leitura que se pode fazer de todo o processo é que, tal como na primeira década deste século (Vítor Constâncio nunca viu nada…), o Banco de Portugal continua a apanhar bonés. E a Justiça também.
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A operação Cartão Vermelho e a detenção de Joe Berardo tiveram a grande vantagem de nos mostrar que o mundo ante-troika não foi ainda totalmente desmantelado. A teia de negócios que envolvia o BES-CGD-BCP, apesar de seriamente afetada, continua a fazer estragos. E como se percebeu pela acusação da operação Cartão Vermelho, se se provar que essa teia de interesses se manteve com o Novo Banco (veja-se a venda da Imosteps, empresa de Luís Filipe Vieira, a um fundo, que depois a vendeu ao “rei dos frangos” e que de novo foi parar a Vieira – com a vantagem de serem desfeitos os avales…), o país vai perceber que a purga ficou por terminar. Isto é, que a Justiça continua muito branda. Pelo menos para alguns…
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