Eficiência e puro-sangue
A FRASE...
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"A saúde pública atravessa um momento em que os fundos estão a encolher e, numa situação destas, introduzir maior eficiência é uma opção muito melhor do que cortar orçamentos e serviços"
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Peter Carmel, Presidente da American Medical Association, Diário Económico, 31 de janeiro de 2014
A ANÁLISE...
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A saúde, se considerada um bem público, obedece, por definição, ao princípio da universalidade. Não exclui ninguém. Responde a direitos de cidadania, segundo os seus defensores. E materializa normas constitucionais, dizem os juízes. Por isso, justifica volumes muito extensos de impostos cobrados. Responde por milhares de empregos públicos. Pesa na economia nacional, regional e local. É um elemento poderoso do folclore político e eleitoral. Uma presa apetecível dos interesses mais diversos. Mas também um elemento fundamental no bem-estar dos cidadãos.
Para a eficiência no estado é irrelevante o volume dos fundos. Porque são fundos dos cidadãos. Obtidos de forma coerciva. Que, como tal, devem ser sempre usados com toda a eficiência. E o desafio da eficiência é o desafio do respeito. Pelos que pagam. E pelos que recebem. Para que uns paguem menos. E para que outros recebam mais. Porque eficiência é responsabilidade. E boa governação. E exercício ético do poder.
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Depois existem os cavaleiros. Que procuram cavalgar os dinheiros públicos. Onde quer que estejam. Manobrar as montadas, se a rédea for larga. Levá-las para o seu estábulo. A galope ou a trote. Pouco importa se são outros a pagar.
Governar bem é fazer mais com muito menos. Gerir com as melhores práticas. Ter a dignidade dos humildes. E manter a rédea curta na montada. Para que os dinheiros públicos não se deixem cavalgar por terceiros. E se utilizem com eficiência. Como verdadeiros puro-sangue lusitanos.
Este artigo de opinião foi escrito em conformidade com o novo Acordo Ortográfico.
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Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
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