Contar a verdade, procurar a verdade, investigar a verdade, ter cuidado com a verdade, é algo com pouco interesse. Aliás, é sintomático que tenham surgido os programas de “fact checks”, praticamente todos os dias.
Já pensaram no que seria pelo mundo se tivesse sido Donald Trump a chamar assassino a Putin? E se a Rússia, por esse motivo, tivesse chamado a Moscovo o seu embaixador nos Estados Unidos?
Com as novas estirpes, com os RTS que descem e sobem, com a saturação dos confinamentos, há que vacinar tanto e tão depressa quanto possível. Se há razão que justifique o endividamento, é essa. Compremos, como outros fizeram e fazem, sem pruridos nem preconceitos.
Este espetáculo da sucessão de notícias que me indicam para varias autarquias e que quem lê pode considerar ridículo, tem uma só razão. As pessoas, os órgãos competentes para o efeito, querem-me. Assim tem acontecido agora.
E então as terapias, os remédios, os tratamentos, que possam trazer a cura? Porque não falam nisso? E dizia sempre a quem estava comigo: provavelmente é mais fácil, mais rápido, mais eficaz. Mas não! Passaram meses com o mesmo discurso, altamente desmoralizador.
Quando há duas semanas propus o adiamento das eleições autárquicas, não tinha falado com ninguém sobre o assunto. Foi, e é, uma opinião pessoal baseada no que considero ser uma questão de elementar bom senso.
Não se pretende golpe algum nem afastar o PS do Governo. Trata-se de bom senso e de uma proposta a pensar no que é melhor para Portugal e para os portugueses.
A expressão Governo de Salvação Nacional está gasta. Será, aliás, mais necessário não ser de salvação, mas sim de emergência. Governo de emergência nacional. Que, no caso, até é mundial. Trata-se de um imperativo de consciência, de um dever moral, de uma obrigação patriótica.
Há uma inércia, uma incúria, uma preguiça coletiva que, no plano legislativo, leva a manter em vigor disposições completamente ultrapassadas. A lei eleitoral para a Presidência da República é ainda de 1976.
Querem os cientistas explicar como é que o Presidente Trump se curou em quatro dias? Não foi vacina, foram terapias. Há esta concentração quase exclusiva na vacinação, mas é igualmente urgente uma terapia eficaz.
A escolha do voto em eleições presidenciais tem características muito especiais. Nas de Janeiro próximo, mais uma vez, é assim. Não são eleições partidárias e, por vezes, há dois candidatos do mesmo Partido, como aconteceu com Mário Soares e Manuel Alegre.