Estará prestes a ser concluída a construção do Nord Stream 2, não terminando, contudo, a controvérsia em torno deste gasoduto que permitirá à Rússia duplicar o fornecimento de gás natural à Alemanha, curto-circuitando a Ucrânia. Por muito que a chanceler Angela Merkel tenha reiterado que este projeto contempla apenas uma dimensão comercial, a verdade é que o risco de a Rússia voltar a usar a energia como instrumento de coação – cortando o abastecimento ou aumentando o preço a países europeus – criou uma enorme divisão entre os Estados-membros da UE e gerou um confronto com os EUA, evidenciando a verdadeira dimensão aqui em jogo: a geopolítica do gás natural.