A desagregação do tradicional sistema de representação partidária está bem patente em Itália e também em França. No caso italiano, há um elemento adicional que merece reflexão, o de o atual primeiro-ministro, Mario Draghi, ter sido nomeado pelo Presidente da República para liderar um Governo, sem ter passado pelo crivo eleitoral. Draghi pediu agora a demissão ao chefe de Estado por considerar que se desmoronou “o pacto de confiança subjacente à ação” do seu executivo de unidade nacional, mas Sergio Mattarella pediu-lhe para verificar se ainda dispõe de uma maioria no Parlamento.