A saúde e a parede
Os próximos tempos dirão qual o caminho que o Governo pretende seguir. Se for pela sustentabilidade financeira do sistema (e não um empurrar para a frente rumo a uma parede) merece o apoio daqueles que defendem o SNS e não confundem o interesse geral com um qualquer interesse corporativo.
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Temos tido oportunidade de alertar, neste e noutros espaços, para a trajetória de completa insustentabilidade do crescimento da despesa pública com saúde. Só em 2025, face a 2024, a despesa encontra-se a crescer cerca de 10,5% (despesa com SNS) e a 12,1% (despesa com pessoal). Este crescimento é superior ao dobro do crescimento nominal da economia portuguesa, i.e., amplamente acima do crescimento da base fiscal que suporta esta despesa e das possibilidades da economia no seu conjunto. A continuação desta trajetória é, evidentemente, uma aceleração a alta velocidade contra uma parede. Isto faz com que o total da despesa pública em saúde se situe em cerca de 18.000 milhões de euros anuais, i.e., cerca de 6% do PIB Nacional.
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