A propósito do Dia Internacional da Mulher, entre discursos inspiradores e promessas de mudança, a realidade nua e crua continua a ser ignorada: o ecossistema empreendedor europeu e português ainda fecha portas às mulheres. Não por falta de talento ou ambição, mas porque as estruturas de poder e financiamento foram desenhadas por e para homens. O acesso a capital continua a ser uma barreira quase intransponível, a conciliação entre trabalho e vida familiar recai desproporcionalmente sobre as mulheres, e o setor do investimento permanece dominado por lógicas de “clubes de homens” que perpetuam a exclusão.