A vida é dura para o fundador da Facebook. Desapontar Wall Street custou-lhe cair de 14º para 37º lugar da lista das pessoas mais ricas da Forbes, valendo uns meros 7.250 milhões de euros. Isto numa altura em que se anuncia que este ano a Google deverá arrebatar-lhe a liderança da venda de anúncios: segundo a eMarketer, a Google prepara-se para fazer o pleno da publicidade online juntando a publicidade em banners aos mercados do móvel e dos anúncios contextuais, que já liderava. Em jeito de resposta, a Facebook vai passar a cobrar às empresas que disponibilizem ofertas comerciais aos seguidores das suas páginas: quem quiser usar comercialmente a rede social terá de comprar espaço publicitário. E lançou a sua rede de publicidade para o mobile, que exibirá anúncios mesmo fora do Facebook. O objetivo é aumentar as receitas da empresa que, pressionada pelos investidores com a exigência de resultados, optou por estratégias arriscadas.

BILL GATES. Pelo 19º ano consecutivo, Bill Gates é o americano mais rico segundo a Forbes. A fortuna do fundador da Microsoft está estimada em 66.000 milhões de dólares — mais 7.000 milhões do que no ano anterior, apesar dos esforços gastadores da fundação com o nome do casal. Aliás, os 400 mais ricos dos EUA valem hoje mais 13% do que há um ano. Representam 1/8 do PIB americano. Está visto que o capitalismo benemérito não contribui para a diminuição da desigualdade.

JAMES MURDOCH/OFCOM. Não foi sem uma valente reprimenda do regulador britânico, mas o líder herdeiro da News Corp safou-se ileso do escândalo das escutas telefónicas que abalou o império Murdoch. A Ofcom criticou a conduta de James Murdoch durante os inquéritos, "indigna de um CEO e presidente". Mas determinou que a BSkyB — estação televisiva britânica da News Corp — é idónea para possuir as licenças de transmissão por satélite. E no final isso é tudo o que interessa.