A solidão de Putin
A invasão da Ucrânia, mais do que uma resposta à NATO, corresponde a um desejo de Vladimir Putin de reconstruir geograficamente a ex-URSS. Todavia, os seus intentos falharam, e, pior do que isso, começam a dar azo a uma onda de contestação interna.
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A Rússia, ao contrário da China, nunca teve ambições globais. No período da passada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a estratégia de Moscovo passou sempre por bipolarizar o mundo e financiar movimentos de libertação e partidos que se afirmassem como antagónicos ao modelo ocidental de democracia. Moscovo nunca pretendeu ter hegemonia económica ou controlar setores estratégicos fora dos países da chamada Cortina de Ferro.
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