Uma prisão que é só o princípio
Ninguém é indiferente a José Sócrates. O antigo primeiro-ministro suscita paixões e ódios, sentimentos exacerbados e antagónicos, expressos com igual convicção. Por isso, o caso Sócrates é também um território de emoções onde se esgrimem argumentos que se baseiam na dicotomia gosto/não gosto.
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Este território especulativo foi ontem expurgado das análises, depois de o tribunal ter decidido colocar José Sócrates em prisão preventiva, a mais gravosa das medidas de coacção que pode ser aplicada por um juiz. Sinal de que existem indícios poderosos e credíveis de que o antigo primeiro-ministro praticou os crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Concluiu-se, assim, a primeira fase deste processo.
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