A internacionalização é a força propulsora da Galp. Em conversa com Miguel Frasquilho, Maria João Carioca, Co-CEO da empresa, destacou que mais de 70% das receitas e 80% do valor da Galp têm origem em mercados internacionais, sobretudo nos setores do petróleo e gás natural. A Galp atua em exploração e produção, refinação, combustíveis, petroquímicos, renováveis, distribuição e serviços de conveniência. O portefólio diversificado confere-lhe estabilidade perante a volatilidade do setor energético, permitindo transformar riscos em oportunidades de negócio. O Brasil e a Namíbia surgem como mercados estratégicos, ao lado de Angola, Moçambique e Espanha. A Galp combina investimentos de diferentes maturidades, com gestão ativa do risco e uma abordagem dinâmica de investimento e desinvestimento. Em Portugal, a empresa assume-se como o maior investidor industrial, com mais de mil milhões de euros anuais aplicados, sobretudo em Sines. Os projetos em curso, incluindo hidrogénio e HVO, representam uma das maiores reduções de emissões do país nos próximos anos. Maria João Carioca sublinha que a transição energética exige pragmatismo, disciplina de execução e credibilidade junto dos acionistas. O modelo de coliderança adotado em 2025 é visto como um acelerador da estratégia.